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REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°68 - DEZEMBRO DE 2002

Plantio

Plantio

Atualmente, é comum nas empresas reflorestadoras a aplicação de técnicas silviculturais semelhantes no que se refere ao replantio, e que consiste na queima da serrapilheira e dos resíduos da exploração florestal. Depois disso o preparo do terreno e o plantio e replantio propriamente dito.

Existem variações quanto a isso, e normalmente estão ligadas aos diferentes tipos de relevo e métodos de exploração utilizados.

Entretanto, nos últimos dez anos novas abordagens têm sido dadas aos mesmos problemas e soluções alternativas têm sido encontradas, principalmente dentro de uma política mais conservacionista.

Nesse sentido temos um exemplo que consiste em uma nova metodologia para o replantio, e substitui a queimada pelo cultivo mínimo ou plantio direto.

O plantio direto através do cultivo mínimo, com reaproveitamento dos resíduos, é feito atendendo as seguintes etapas:

após o corte e retirada da madeira, espera-se mais ou menos um mês para que os galhos sequem um pouco;

o preparo do terreno é feito através de um rolo-faca, puxado por um trator de esteira D4SR, que quebra e acama os galhos resultantes da exploração florestal;

os galhos são arredados com enxada, para possibilitar o plantio das mudas (20cm x20cm);

imediatamente após, é possível entrar com o plantio das mudas.

A primeira vantagem a considerar é o ganho de tempo, comparando com o método da queimada que era necessário esperar aproximadamente 10 meses para secagem e transporte da madeira.

Além disso, o método traz inúmeros benefícios ambientais:

redução da erosão, através da permanência dos resíduos protegendo o solo e aumentando a absorção da água;

manutenção da fertilidade a longo prazo, pois os resíduos sobre o terreno, reduzem as perdas por erosão hídrica e eólica, a qual seria muito maior com os resíduos sendo mineralizados através da queima, ficando assim muito mais suscetíveis a ventos e enxurradas. A presença dos resíduos também reduz a incidência direta da radiação solar, diminuindo assim a perda d’água por evaporação e a amplitude de variação térmica e hídrica. Estas condições favorecem os organismos do solo, adequando sua sobrevivência e multiplicação, beneficiando assim a fertilidade e a ciclagem de nutrientes, a qual depende de suas condições biológicas.

diminuição da quantidade de CO2 liberado à atmosfera. Como se sabe, devido a sua alta taxa de crescimento e eficiência fotossintética, as florestas plantadas possuem uma alta capacidade de seqüestro de carbono da atmosfera. Nos resíduos remanescentes destas florestas, o CO2 também está presente e o ideal é evitar que através da queima seja liberado de imediato para a atmosfera. Este tema ainda é objeto de estudo, mas é certo que existem vantagens neste sentido.

Finalmente, as vantagens econômicas aparecem, pois comparando-se os custos de implantação de florestas com a espécie Pinus taeda, o sistema de plantio direto com reaproveitamento de resíduos utilizando o rolo-faca, em relação ao sistema anterior com a queima dos resíduos, proporciona uma economia de 14,59%,de acordo com dados da Placas do Paraná S.A. Este sistema tem sido usado pela Placas do Paraná S.A. desde 1994, no município de Campo do Tenente (PR).

Maio/2003