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REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°67 - OUTUBRO DE 2002

Exportações

Exportações podem ultrapassar US$ 11 bi

As exportações brasileiras de produtos florestais têm potencial para saltar dos US$ 4,3 bilhões, faturados em 2001, para mais de US$ 11 bilhões, em 2010. Atualmente, o Brasil possui apenas 1,5% do comércio mundial do setor, estimado em US$ 300 bilhões por ano. No mercado mundial destacam-se Canadá, com 20,5% do faturamento total, os Estados Unidos com 11,6% e a Finlândia com 7,6%.

O setor torna-se atraente por subsidiar a fabricação de produtos com grande representatividade como celulose, papel, carvão vegetal, geração de energia, móveis e madeira sólida.

O faturamento total do setor florestal no Brasil é de cerca de US$ 21 bilhões anuais. Apenas a silvicultura é responsável por US$ 16,1 bilhões, aproximadamente 3% do PIB de 2001, conforme dados da Sociedade Brasileira de Silvicultura – SBS. Neste total o setor de papel e celulose contribuiu com 57,1%; indústria moveleira com 15,5%; siderurgia, 14,3% e o setor de madeira sólida, 13,1%.

O segmento moveleiro é visto por especialistas como o de maior potencial de crescimento no mercado externo. Segundo informações do Promóvel as exportações de móveis saltaram de US$ 45 milhões em 1990 para US$ 500 milhões em 2001. A meta para este ano é de embarcar 20% a mais, US$ 600 milhões. De janeiro a julho, o setor exportou US$ 289,9 milhões, alta de 5% em relação ao mesmo período do ano passado. Os Estados Unidos compraram US$ 131,8 milhões desse total, o que representou um aumento de 57,2% em relação a 2001. Em 2004, as estimativas de faturamento com exportações de móveis apontam para a casa de US$ 1 bilhão.

Um fator que dificulta o cumprimento das metas de exportação é a falta de incentivos fiscais. É preciso considerar que o Brasil concorre com o Uruguai que conta com um programa de bonificação que dá 75% de retorno ao investidor.



Para aumentar as exportações, além da abertura de mercados e de incentivos fiscais, o setor florestal brasileiro precisa ter estoque de matéria-prima. Mas, a falta de políticas que estimulem o cultivo de florestas a longo prazo dificultam a vida do pequeno produtor que acaba plantando apenas para o consumo rápido, não acumulando matéria-prima para poder aumentar a oferta. Segundo o Programa Nacional de Florestas (PNF), do Ministério do Meio Ambiente, com o risco de déficit no suprimento da madeira a partir de 2004, o Brasil precisaria plantar aproximadamente 600 mil hectares por ano de florestas (incluindo expansão e reforma de áreas) por um período de 10 anos. Porém, o reflorestamento tem contribuído apenas com 250 mil hectares por ano. Dados do PNF mostram que seriam necessários aportes de R$ 600 milhões anuais para atingir a meta do programa de reflorestamento para uso industrial, em 10 anos.

Nos últimos 30 anos foram investidos US$ 500 milhões em pesquisas cooperativas. Nesse período, quando foi iniciado efetivamente o plantio de árvores em larga escala no Brasil, a produtividade do setor era de 20 m³ de ha por ano. Hoje, já se alcança em determinadas áreas 60 m³ da ha por ano, com média de 45 m³ ha/ano.