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REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°67 - OUTUBRO DE 2002

Empresas

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Novos adesivos para marceneiros



A Alba Adesivos, líder de mercado no segmento de colas e adesivos com os produtos Cascola e Durepoxi, acaba de lançar dois novos adesivos: Cascorez Secagem Rápida e Cascorez Resistente à Umidade. A empresa investiu no desenvolvimento destes novos produtos com objetivo de atender necessidades específicas dos marceneiros.

O Cascorez Secagem Rápida tem como principal vantagem à redução no tempo de prensagem da peça em até 50%, o que resulta no aumento da produtividade do marceneiro. O produto é indicado para colagens de madeira em geral, laminados, tacos, parquetes e outros materiais porosos. As colagens realizadas com Cascorez Secagem Rápida apresentam elevada resistência térmica. Já o Cascorez Resistente à Umidade é indicado para peças que, apesar de não ficarem em ambientes externos, são expostas à umidade como móveis de cozinha, banheiro, área de serviço e varandas. Com a utilização do novo produto, as colagens ganham em durabilidade e resistência, além de evitar as descolagens causadas pela falta de resistência à umidade.

Este produto também é indicado para uso em regiões muito úmidas e quentes. A linha Cascorez, indicada para a colagem de artefatos de madeira, laminados plásticos e outros materiais porosos, tem uma variedade de produtos que atende todas as necessidades dos marceneiros. A Alba Adesivos possui unidade fabril e administrativa em Boituva (SP) e escritório de venda localizado em São Paulo.



Tratamento antimofo para madeira verde



O Jimo Ecomofo, feito à base de extrato vegetal, é usado no tratamento da madeira verde, recém serrada. Os resultados obtidos nos testes de campo, nas serrarias, mostram eficácia no controle das manchas de origem fungicida (mancha azul) sobre as madeiras recém-serradas, através da presença de seus componentes naturais derivado de um extrativo vegetal. Por ser um produto natural, Jimo Ecomofo não apresenta riscos para a saúde das pessoas, e ao meio ambiente.

Nos testes de campo realizados pelos técnicos com Jimo Ecomofo, foram banhados, em uma solução com 4% do produto, tábua de pinus ellioti, que permaneceram expostas às interpéries por 45 dias, com precipitação pluviométrica média de 232mm/mês (condição altamente favorável para formação de mofo). O resultado foi que 95% das tábuas tiveram índices de 0% de formação de mofo.





Belgo-Mineira investe na CAF



Além de desistir de vender a CAF, a Belgo resolveu dobrar a capacidade da empresa. Ao todo a empresa investirá R$ 180 milhões para expandir as florestas de eucalipto da CAF. A meta é aumentar a produção em pelo menos 800 mil m³ de carvão vegetal por ano até 2009. Com isso, vai elevar o volume dos atuais 900 mil m³ por ano para 1,7 milhão de metros anuais.

Não será necessário comprar novos terrenos para duplicar a produção. Graças à evolução tecnológica no plantio, como as técnicas de clonagem, será possível recuperar o volume dos anos 90 (cerca de 1,8 milhão de m³ numa área 25% menor). A duplicação da produção de carvão será feita ao longo dos próximos seis anos. Serão plantados 12 mil ha de florestas por ano. O investimento anual entre 2003 e 2009 será de R$ 30 milhões.

Além do aumento na produção de carvão, o investimento permitirá o aumento da produção de madeiras serradas e tratadas para as indústrias da construção civil e de móveis.

A serraria acabou tornando-se um negócio melhor do que o esperado. Com rentabilidade maior que a do carvão, hoje, a serraria representa 20% do faturamento da CAF, aproximadamente R$ 12 milhões dos R$ 60 milhões registrados em 2001. Pelo menos 15% das florestas serão destinadas à atividade. A produção da serraria é de 55 mil m³ de madeira serrada por ano.



Partek faz trinta anos no Brasil



A Partek iniciou sua trajetória no Brasil, na cidade de Pinhais, PR onde está até hoje. A direção da empresa apostou na linha Implemater, fundada por Severino e Antonio Freitas, que em 1990 teve 85% de seu capital adquirido pela finlandesa Valmet Corp. Hoje a diretoria é composta pelos irmão Lonard e Gilson dos Santos.

A experiência de mercado da Implemater associado a tecnologia Valmet, deu um salto na modernização e capacidade de produção da empresa. Os engenheiros brasileiros adaptaram as máquinas para as condições do país, contando com o suporte tecnológico de um dos mais tradicionais fabricantes de equipamentos florestais do mundo.

Para se ter uma idéia da evolução tecnológica da Partek nestes trinta anos, em 1972, um dia normal de colheita rendia em média 3 t/h de madeira. Hoje um Harvester e um Forwarder juntos, podem colher cerca de 20 toneladas por hora trabalhada.

Entre os destaques da empresa está o Valmet 360/370 com controle de corte inteligente, ideal para cortes pesados. O controle de corte está ligado à medição do diâmetro. O computador regula a velocidade do sabre a partir do diâmetro e termina o corte quando o diâmetro correto é atingido. Assim, minimizam-se os riscos de serrar uma pedra. O sistema ECO-oiler ajuda ao mesmo tempo a quantidade de óleo de corrente conforme as necessidades da unidade de corte, com um mínimo de desperdício de óleo, bom para o meio ambiente e para a economia.

O Valmet 370 foi projetado com a finalidade de executar cortes finais com árvores de grandes diâmetros e de desgalhamento difícil. E com o objetivo de realizar estes cortes com a máxima eficiência possível. Para isso, além dos princípios de qualidade utilizados nas máquinas anteriores, foram inseridas tecnologias inovadoras. O 370 não é apenas o maior cabeçote, como também o mais produtivo.







Descascadores auto-descarregáveis



Os descascadores de madeira M 360 Masi possuem mesa de entrada e braço de saída auto-descarregável articulados, visando um enleiramento perfeito da madeira descascada. Possui sistema de rolos e guias, minunciosamente dimensiondos, evitando o desalinhamento ou a rotação da tora.

O sincronismo dos rolos alimentadores feito por setor circular com dentes em aço temperado. As molas dos braços descascadores projetadas para dar maior rapidez na operação permitem o descasque sem interrupção de toras de diâmetro mínimo e máximo.

O equipamento hidráulico auxiliar para abertura do rolo alimentador, facilita a entrada de toras grossas. O sistema de regulagens simples proporciona menor tempo para o início da operação de descasque.

O projeto é desenvolvido também para a opção estacionária, tracionado por motor elétrico ou diesel. O sistema de montagem com eixos e buchas estriadas, baseadas em normas ISO, facilitam a manutenção da máquina.



Nova fase do TCP é promissora

A mudança do perfil de Paranaguá, que passa de porto exportador de produtos agrícolas para grande movimentador de cargas manufaturadas da América Latina, pode ser comprovada pela evolução da movimentação de contêineres. Em 1998, foram movimentados 140.000 TEUs, número que saltou para 257.530 TEUs em 2001 e que deverá chegar a 280 mil TEUs neste ano, exatamente o dobro de quatro anos atrás.

Criado em 1998, a partir da privatização dos portos brasileiros, o Terminal de Contêineres de Paranaguá é especializado nas operações portuárias que envolvem contêineres – carga e descarga de navios, armazenagem, entrega e recepção de contêineres, fornecimento de energia e monitoramento de contêineres frigorificados, armazém alfandegado para operações de desunitização e unitização de cargas. Além disso, a empresa também oferece soluções logísticas customizadas para otimizar e integrar o transporte portuário com outros modais.

O Projeto TCP prevê a modernização e ampliação do Terminal em quatro fases. A primeira recebeu investimentos de R$ 128 milhões em obras e equipamentos, garantindo a estrutura adequada para operar com índices de eficiência comparáveis aos principais portos do continente.

A principal obra civil realizada no Terminal foi a pavimentação em concreto e fibra de aço de 230 mil m² de área para a armazenagem de contêineres. O terminal está inaugurando também quatro portões de acesso ao pátio, totalmente informatizados e equipados com balanças para pesagem de contêineres.

Um prédio administrativo, com 4 andares e 2 mil m², foi construído para abrigar a comunidade portuária do setor de full container e organismos oficiais envolvidos nas operações do terminal, facilitando o trabalho e agilizando os trâmites processuais. Foi construída também uma oficina mecânica de 1.130 m² para a manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos portuários.

No início do próximo ano, entrará em operação um armazém de 12 mil m², onde serão realizadas operações de importação e exportação, com a unitização e desunitização de cargas, entre outros serviços oferecidos. Para agilizar os processo, o TCP está passando de uma movimentação média de 8 contêineres/hora por guindaste de bordo para 20 contêineres/hora por STS. Mas, nos próximos três meses, essa média deverá crescer ainda mais, chegando a 25 contêineres/hora por STS.

Desde a privatização, o TCP tem investido na oferta de novos serviços. O mais recente foi a implantação da "viagem redonda". A partir de agora, os exportadores que depositam diretamente seus contêineres no Terminal podem, com o mesmo caminhão, aproveitando a mesma viagem, coletar contêineres vazios que estão no pátio do TCP.

Uma ferramenta importante para agilizar o desembaraço aduaneiro é a Linha Azul, um sistema expresso que permite maior velocidade na liberação de cargas importadas junto à Receita Federal. Para disponibilizar mais esse serviço aos seus usuários, o TCP se credenciou junto ao órgão fiscalizador e fez investimentos de R$ 1,5 milhão na aquisição de um scanner para contêineres SilhouetteScan 140-5, importado da Alemanha.

O TCP já iniciou a segunda etapa das obras de ampliação e instalação de novos equipamentos. Até agosto de 2003, deverão ser consumidos um total de R$ 43 milhões. Desse valor, cerca de R$ 28 milhões serão investidos em obras civis, como o aterro e pavimentação da área 4, num total de 80 mil m2, a ampliação do cais em mais 170 metros, a construção de uma plataforma de descarga e três dolphins para a atracação de navios PCCs (Pure Car Carriers), que hoje compartilham o cais com navios full containeres. O TCP já assinou contrato com a empresa IMPSA para a aquisição de mais um STS e um RTG, no valor total de R$ 15 milhões.



Gethal é exemplo em manejo sustentado



A empresa conta atualmente com uma unidade de manejo florestal sustentado certificada para produção de toras com área de 37.410 ha (localizada no município de Manicoré, AM), e com a cadeia de custódia para a produção de produtos compensados e serrados, em unidade industrial localizada no município de Itacoatiara, AM.

O processo de manejo florestal da Gethal começa dois anos antes da primeira extração, com um mapeamento detalhado de toda a área e um inventário de 100% das árvores no talhão a ser explorado. Com base no inventário pré-exploratório é feito o planejamento, com auxílio do computador, detalhando quais árvores serão exploradas, as que devem ficar como matrizes, as preservadas para as próximas colheitas e ainda, a definição das áreas de preservação permanente.

As trilhas a serem traçadas pelas máquinas são programadas previamente, para a escolha do melhor caminho a ser percorrido, considerando sempre a topografia local, diminuindo os impactos causados pelas incursões na floresta. Cada árvore é identificada, numerada e cadastrada possibilitando o monitoramento até o final do processo produtivo. Somente algumas árvores sadias, das espécies comerciais, com diâmetro acima de 45 cm são exploradas, de acordo com a lei. Durante 25 a 30 anos a área não sofre novas intervenções de exploração, sendo realizados apenas os tratamentos silviculturais e o inventário florestal contínuo.

Atuante no Brasil há mais de 50 anos, a Gethal comercializa regularmente com a Alemanha, Estados Unidos, Holanda, Inglaterra e para o Mercosul. A empresa produz compensados em tamanhos e especificações adequadas às necessidades dos clientes. O compensado “Certiply” é o primeiro produzido com madeira tropical certificada pelo FSC. A Gethal Amazonas planta mais de 100.000 mudas por ano. As espécies mais plantadas são Sumaúma, Paricá, Copaíba, Muiratinga, Fava-Maracá, Marupá, Teca e outras.





PenzSaur adapta gruas para florestas brasileiras



A grua 12.80 H tem como ponto forte a robustez e agilidade mesmo em terrenos inclinados. As diversas gruas deste modelo no mercado trabalham em média 18 horas por dia no carregamento de caminhões. Com o projeto adaptado a realidade brasileira das florestas esta grua tem o alcance de 8,00m. Confeccionada em chapa de alta resistência tem todos os cilindros cromados, e os componentes soldados normalizados.



No Brasil desde 2000 a PensSaur está comercializando gruas modelos: 5.75 H, 5.57 T , 7.78 H, além da 12.80 H e, mais recentemente, a grua modelo 5.53 H para ser montada em carretas florestais (autocarregável) Nesta linha a empresa dispõem de dois modelos de carretas de acordo com a comprimento da madeira a ser transportada. As garras florestais nos modelos L-30, L-40 e L-50 e rotatores Indexator GV-06, GV-12, GV-17, AV-12 S, também são comercializados separadamente pela empresa.



Para o transporte de toras em terrenos acidentados a empresa comercializa os cabos aéreos da Koller tendo dois conjuntos K-501 instalados na Berneck Aglomerados S/A, em Curitiba.



Fazem parte, também, dos produtos da PenzSaur as Gruas Estacionárias Penz que atendem com eficiência os picadores em indústrias de madeira e celulose. Os pontos relevantes neste tipo de equipamento são: baixo custo de investimento inicial, custo fixo mensal reduzido, boa visão na operação da máquina, melhora a limpeza e organização do pátio, melhora a logística de transporte interno, além de proporcionar maior agilidade ao processo.



As gruas estacionárias Penz disponíveis em diversos modelos e capacidade. atendem a necessidade específica de cada cliente, no que diz respeito a quantidade de madeira a ser carregada e descarregada, a distância entre a carga e a descarga e o comprimento da madeira. Instaladas no Brasil nos modelos 36.11 S, 27.80 S e 16.80 S, contam com assistência técnica e garantia prestada por pessoal treinado na fábrica da Penz.



Na Saur, uma equipe de engenheiros e técnicos é responsável pela adaptação do projeto austríaco à realidade brasileira do transporte florestal. Distribuidores, representantes e vendedores além da equipes de assistência técnica, centralizada em Panambi -RS e São Paulo- SP, vem auxiliando a PenzSaur no atendimento ao cliente, na divulgação da marca e no pós vendas.