A grande alternativa para a indústria de base florestal concorrer no mercado mundial, com maior vantagem, está em agregar maior valor ao produto final. Esta, aliás, está sendo uma tendência de muitos países que já projetam seu crescimento baseado em um aumento no valor do produto exportado.
Um estudo recente revela que, a nível mundial, o comércio de produtos de maior valor agregado chegou a US$ 41,5 bilhões em 2000, o que representou um aumento de 27% sobre o valor de 1996. Isso significa um crescimento de 6,5% ao ano. A venda de matéria prima em bruto já não é a melhor opção para garantir mercado e muito menos para aumentar os valores exportados. É necessário adequar-se as necessidades do mercado e oferecer um produto mais elaborado.
O grande exemplo desta estratégia vem dos países asiáticos. A China, a Indonésia e a Malásia lideram as exportações de produtos de maior valor agregado em madeira. Somente a China exportou US$ 5 bilhões em 2000 com produtos de madeira com maior valor. Os Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália e Espanha são os maiores importadores, cabendo somente aos Estados Unidos importações de US$ 13,4 bilhões em 2000.
Na verdade, a China é vista como o grande mercado do momento. O mercado interno local está crescendo consideravelmente, em especial alguns segmentos como o de pisos residenciais. Em 20 anos este mercado triplicou, passando da média de 3,7m2 por habitante para 9,6 m2 . A expectativa, entretanto, é ainda mais animadora considerando-se que a projeção somente de pisos de madeira deva chegar a média de 18 m2 por habitante em 2010.
Estes exemplos devem ser tirados pela indústria madeireira e moveleira do Brasil, que ainda não focou sua produção a produtos de maior valor agregado. Diferencial este que permite não só aumentar os valores exportáveis como também garantir um novo espaço no comercio internacional. Modernização, aumento de produtividade e pesquisa internacional ainda são ações que precisam ser melhor tratadas. |