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Madeira da América do Norte é fonte de um dos alimentos mais tradicionais do cardápio estadunidense e canadense
A madeira da Maple Tree, árvore de nome científico Acer saccharum, é um dos produtos florestais mais conceituados do mundo, mas tem um lado que nem todo mundo conhece. Além de ser a madeira extraída da árvore símbolo dos estados americanos de Winsconsin, Vermont, Nova Iorque, Virgínia do Oeste e do Canadá, ela proporciona um toque de originalidade à alimentação norte-americana, principalmente no café da manhã. O Maple Syrup, um xarope parecido com melado, muito apreciado para acompanhar panquecas, waffles, torradas, pães de milho e sorvetes, tem origem nas entranhas da Sugar Maple. Durante as noites frias e os dias quentes do fim do inverno, a árvore está mais propensa a verter uma seiva de sacarose, de onde se extrai um líquido claro como água, que se transforma em Maple Syrup. O processo de extração é muito semelhante ao do látex, nos seringais brasileiros, com a abertura de fendas no tronco, por onde a substância escorre. Para se fazer um litro de Maple Syrup é necessário extrair trinta litros da seiva da Maple Tree.
A produção do Maple Syrup está concentrada no nordeste dos Estados Unidos, em associação com a cidade de Quebec, já que o Canadá produz 80% do Maple Syrup do mundo. Em 2005 o país fabricou 26,5 milhões de litros do xarope, a maior parte em Quebec. Os Estados Unidos produziram 3,8 milhões de litros, em 2007.
A folha vermelha no centro da bandeira canadense é uma folha de Maple e, quem for ao Canadá e não provar o Maple Syrup estará perdendo a oportunidade de conhecer um item essencial da cultura gastronômica norte-americana.
A lenda
Conclui-se que os índios americanos foram os primeiros a fazer o Maple Syrup, já que foram os primeiros habitantes da América no Norte e que lá é o único lugar do mundo onde é possível obter a seiva, dadas as condições apropriadas que o ambiente oferece.
Conta-se que, um dia, no começo da primavera, um chefe índio chegou em casa depois de um longo dia de caçada e fincou sua machadinha no tronco de uma árvore, perto de sua tenda, assim como já tinha feito em várias noites anteriores. Como as Maple Trees eram muito abundantes naquela área, o chefe acabou fincando o machado em uma delas.
Na manhã seguinte o chefe acordou e partiu para uma nova caçada, puxando o seu machado do tronco e levando consigo. Por acaso, uma tigela havia sido deixada junto ao tronco da árvore, logo abaixo da rachadura feita pelo machado do chefe. Assim que o calor do sol de primavera bateu na árvore e a aqueceu, a seiva começou a fluir pela rachadura, gotejando direto na tigela.
Ao entardecer, a filha do chefe começava a preparar o jantar, quando notou que precisava de água para cozinhar a comida. Quando passou pela árvore, a caminho do riacho, notou a tigela cheia do que lhe pareceu ser água. Em vez de ir até o riacho, decidiu utilizar a “água” que encontrara na tigela. Ao ferver o jantar no que pensava ser água, a índia notou que o líquido se transformara naquilo que seria o primeiro Maple Syrup produzido. Mais tarde, fazendo pequenas experiências, o chefe e sua filha acabaram descobrindo como e quando fazer aquele novo adoçante natural. Daquele dia em diante o Maple Syrup se transformara em parte importante da dieta dos nativos norte-americanos.
Fonte: Porthus Comunicação
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