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Conforme os dados da Comex Stat do Ministério do Indústria, Comércio Exterior de Serviços, o ano de 2023, foi marcado por uma grande contração nas exportações acreanas de madeira que saíram de 16,3 bilhões de dólares, de janeiro a outubro de 2022, para 4,7 bilhões para o mesmo período de 2023, uma queda de mais de 71%. Questões ambientais dificultaram as exportações desse produto florestal acreano. Vamos analisar os dados das exportações acreanas no período de janeiro a outubro de 2023.
Em outubro de 2023 a exportações acreanas atingiam 1,81 milhão de dólares, sendo os principais produtos exportados os seguintes: 658 mil dólares de suínos (36,3%), 400 mil dólares de madeira (22,1%), 348 mil dólares de castanha (19,2%) e 196 mil dólares de bovinos. Em outubro de 2022, as exportações atingiram 2,91 milhões de dólares, portanto, para o mesmo mês de 2023, a queda foi de 37,8%.
Quando os dados são para o ano inteiro (janeiro a outubro de 2023), a soja assume o primeiro posto com um total de mais de 18,6 milhões de dólares, sendo 45,5% do total exportado. Em seguida vieram a castanha com mais de 5,3 milhões (12,8%), a madeira com mais de 4,7 milhões e pelos suínos com mais de 4,0 milhões, conforme pode ser observado no gráfico a seguir. A queda das exportações em 2023, referente ao mesmo período de 2022 foi de 21%, saindo de US$ 52,1 milhões para US$ 41,1 milhões.
As exportações dos meses de junho, julho e agosto, foram fortemente impactadas pelas exportações de soja, que acontece nesses meses do ano. Comparando os períodos de janeiro a outubro de 2022 com 2023, as exportações de soja aumentaram quase 17% saindo de US$ 16,0 bilhões para US$ 18,7 bilhões.
Por outro lado, a abertura das exportações de carne suína para o Peru, estimularam grandemente o setor dominado pela empresa Dom Porquito. Para o período (jan a out) de 2022/2023, as exportações aumentaram 193%, saindo de U$ 1,4 para US$ 4,1 milhões.
A Catanha também viu reduzida suas exportações em 44,8%, saindo de US$ 9,6 para US$ 5,3 milhões no mesmo período. Queda também nas exportações de carne bovina em 27%, saindo de US$ 4,8 para US$ 3,5 milhões de dólares.
A recuperação das exportações de madeira é esperada e é salutar para a economia acreana. O seu potencial e a sua importância na extração florestal e na produção industrial geram muitos empregos e dividendos econômicos em toda a cadeia produtiva, envolvendo também, várias atividades comerciais e de serviços. Espera-se que um entendimento entre os órgãos ambientais e os agentes envolvidos na produção madeireira possa restabelecer os níveis normais das exportações.
Orlando Sabino escreve às quintas-feiras no ac24horas
Fonte: ac24horas