O Brasil figura como um dos maiores exportadores mundiais de madeira de Pinus e seus componentes. O sul e sudeste do país concentram a maior parte de suas florestas. Sua área total é de 1,9 milhão de hectares plantados, que, no conjunto da cadeia produtiva florestal geram 2,7 milhões de empregos diretos e indiretos em 25 mil empresas atuantes no setor. O consumo é de mais de 300 milhões de metros cúbicos ao ano, gerando US$ 7,5 bilhões em divisas ( incluindo madeira, móveis, papel e celulose)
O Paraná é o maior produtor de Pinus do país com um terço do total, isto representa 9,28 % do VBP do Estado (R$ 2,72 bilhões) e 12,52% das exportações. O consumo é de mais de 35 milhões de metros cúbicos ao ano, sendo o Paraná o estado onde o setor do agronegócio que mais cresceu, cerca de 112%. A área utilizada é de 2,8% do território paranaense, que gera 300 mil empregos ao longo de sua cadeia produtiva, com 1.8 mil empresas atuantes.
Apesar de possuir muitas virtudes e ser uma importante alternativa para o desenvolvimento de muitas regiões, a cultura do Pinus carece de estímulo governamental e sofre muitos ataques. Os mitos que rondam as culturas de Pinus precisam ser esclarecidos para que se possa perceber a vantagem competitiva natural que o país tem, e transformar isso em fonte de geração de riqueza e renda.
Este foi um dos objetivos principais do II Congresso Internacional do Pinus que aconteceu nos dias 12, 13 e 14 de setembro, no Centro de Convenções da FIEP, em Curitiba/PR. O Evento, promovido pelo Revista da Madeira e co-promovido pela Embrapa Florestas e UFPR, reuniu cerca de 500 pessoas entre especialistas, empresários, estudantes, profissionais dos setores madeireiro e moveleiro, representantes de entidades e instituições do setor.
O Congresso passou a ser, desde 2004, quando aconteceu pela primeira vez no Brasil, um fórum que discute temas sobre a evolução da espécie. Sua participação nos mercados nacional e internacional, a relação entre oferta e demanda, as políticas de incentivo e investimento, entre outros temas relevantes são discutidos de maneira clara e concisa durante o evento.
A realização da 2ª Edição do Congresso Internacional do Pinus foi uma ação oportuna para avaliar o atual estágio desta espécie no Brasil, bem como projetar sua evolução e participação no mercado nacional e internacional. O Congresso contou com a presença de técnicos e especialistas de vários países que introduziram inovações e melhoramentos silviculturais e que utilizam tecnologias avançadas no processo de beneficiamento da madeira.
Para promover o conhecimento na área de desenvolvimento florestal no Brasil, foram ministradas as palestras: importância estratégica das atividades florestais no Brasil; Sementes de qualidade; Lei da Inovação Tecnológica; Fomento florestal e desenvolvimento de plantações florestais em pequenas propriedades; alternativas de financiamento de plantios florestais; Alternativas de negócios para resíduos florestais; MDL: Oportunidades para o setor florestal.
As palestras específicas sobre o desenvolvimento do Pinus foram: Integração agrossilvipastoril nos plantios com Pinus; Produtividade e qualidade no processamento do Pinus; Produção e mercado de madeira de Pinus com valor agregado; Preservação de madeira de Pinus e seu potencial para o Brasil; Avaliação dos impactos ambientais nos plantios de Pinus; Mercado Brasileiro de Madeira de Pinus; Produção de painéis e artefatos de madeiras de Pinus; Mercado e tendências do setor moveleiro no uso de madeira de Pinus; Tecnologia e equipamentos de melhoria na qualidade e produtividade do processamento do Pinus; Política de incentivos a plantios e processamento de Pinus no Chile; Aproveitamento da resina do Pinus e perspectivas de mercado. O Congresso contou com o apoio de diversas entidades e universidades
Dois eventos de grande importância ocorreram paralelamente ao Congresso: a Mostra Benefício das Florestas e o Desenvolvimento Florestal Sustentável; e o Workshop sobre Oportunidades de Investimento na Atividade Florestal, promovido pela Embrapa Florestas em parceria com o Senar/Pr, UFPR e Seab-Divisão de Produtos Florestais. |