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REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°100 - NOVEMBRO DE 2006

Pisos de Madeira

Pisos e decks de madeira são clássicos na arquitetura

Originalmente utilizados na navegação, os versáteis decks ganham espaço nas residência, sobretudo em jardins e ambientes com piscina e sauna. Historicamente, os decks de madeira estão relacionados à navegação, utilizados em navios e marinas. Mas, o toque rústico da madeira, mesmo diante dos materiais mais modernos disponíveis no mercado, ganha destaque em terraços, escadas e jardins.

Os decks podem ser a melhor solução para viabilizar diferentes idéias nos ambientes externos. Utilizando a madeira, é possível combinar o revestimento do piso, com jardineiras, bancos, mesas, cadeiras e outros. Além disso, possibilita a sensação de contato com a natureza, devido a madeira. Além de combinar vários tipos de madeira, os arquitetos que utilizam decks defendem a liberdade de mesclar pisos, afim de realçar os efeitos das madeiras.

Além da estética, uma grande vantagem dos decks é o fato de serem impermeáveis. Após uma chuva, não precisam de limpeza. Conforme afirma o projetista e consultor Giacomo Alsieri, o deck pode ser comparado a “um grande ralo”. Um deck perto do solo, só necessita de pedriscos ou uma camada qualquer de drenagem sob a madeira. Se estiver em lugar alto, basta sustentá-lo com uma estrutura de pilares, apoiada em uma fundação. No caso de haver construções sob o deck, uma laje deve ser feita para sustentar o material de drenagem e uma canaleta de escoamento.

Em qualquer um dos casos, o especialista afirma ser um excelente meio para a preservação da natureza. “Por conta dos decks, em geral sustentados por estruturas pontuais (como as pilastras), o solo praticamente não sofre alterações”, justifica. Além disso, contribui com a proteção da vegetação nativa, uma vez que podem ter fendas para que o tronco de uma árvore centenária, por exemplo, escape com sua copa para o alto.

Em meio a tantas vantagens, entretanto, não seria correto afirmar que os decks de madeira esquentam mais ou menos que as pedras. Conforme explica o projetista, “tudo depende da coloração e do tratamento que o material recebe”. Por isso, quem pretende ter em casa um material que não esquenta muito deve optar por tonalidades mais claras e avisar o fornecedor desde o início do projeto, a fim de que ele estude o melhor tratamento a ser dado à madeira.

Antigamente, era muito utilizado o verniz brilhante, que infelizmente esquenta muito sob a incidência de sol. De um tempo para cá, os projetistas começaram a usar a madeira (tratada) nua e crua”. A decoradora Zeila Fachada concorda com a desvantagem do verniz e acrescenta: “além de tudo, para manter o brilho constante, a manutenção não é fácil - devem ser feitas de duas a três aplicações ao ano”.



Características

O Deck é formado por um sarrafo de 10 cm de largura, sendo que seus lados são boleados, evitando qualquer tipo de acidente. São utilizados demais em pisos ao redor de piscinas, razão pelo nome “Deck de Piscina”, hoje em dia esta havendo um aproveitamento “Deck melhor dessas tábuas: como em mezaninos, portões, decks em geral e seu o valor comercial é bem menor que do assoalho.

Nenhum produto se compara a um deck de madeira, quer pela sua utilidade, pela ampliação de espaços e beleza que acrescenta. Para os adultos oferece um espaço ao ar livre para o lazer, tomar sol, churrascos e refeições, e para as crianças uma excelente e segura área externa para brincadeiras. São peças moduláveis, com dimensões de 50 x 50 cm.

Tratamento da madeira

Produzidos com madeira de reflorestamento, é um recurso natural e ecologicamente correto. São tratados contra o apodrecimento e ao ataque de fungos e insetos. Sendo impregnadas a vácuo e pressão, com um composto químico especialmente desenvolvido para conferir durabilidade às madeiras, recebendo um tratamento especial chamado de autoclave, que consiste em retirar toda a água da madeira, e injetar produtos fungicidas e inseticidas. O processo torna imune aos cupins e ao apodrecimento, com garantia de uso, que supera as tradicionais madeiras.

Os decks são utilizados em: terraços, varandas, sacadas, caminhos, piscinas coberturas e churrasqueiras. Possui fácil montagem, não requer mão-de-obra especializada, aplicável diretamente sobre pisos, terra ou gramados.

São tratados com stain, um impregnante que penetra nas fibras da madeira sem formar película superficial, portanto não trinca e dispensa raspagem na manutenção. Com ação fungicida e inseticida, protegem a superfície da madeira contra o ataque de fungos, mofos, cupins e brocas. Repelente a água, proporciona maior proteção contra a chuva e o sol, podendo ser usado em ambientes internos e externos. Deve ser renovado a cada dois anos, em locais de intensa agressão por intempéries.

Madeira para pisos

De acordo com a ANPM - Associação Nacional dos Produtores de Pisos de Madeira as principais espécies de madeira usadas para a fabricação de pisos são: Cabreúva - Vermelha, Jatobá, Pau Amarelo, Cumaru, Maçaranduba, Pau Marfim, Goiabão, Muiracatiara, Tatajuba, Ipê, Muirapiranga e Tauari.



Cabreúva - Vermelha

Nome científico: Myroxylon balsamum (S.) Harms., Leguminosae

Outros nomes populares: bálsamo, cabreúva, cabriúva, óleo-balsa, óleo-de-bálsamo, óleo-pardo, óleo-vermelho, pau-de-bálsamo, quina-quina, sangue-de-gato.

Características Gerais: Cerne e alburno distintos pela cor, cerne castanho-avermelhado; cheiro perceptível agradável e gosto levemente adstringente; densidade alta; dura ao corte; grã revessa; textura média; superfície irregularmente lustrosa.

Durabilidade e Tratamento: A madeira apresenta alta resistência a fungos e insetos xilófagos. Em ensaios de campo com estacas no solo, esta madeira apresentou uma vida média de oito anos. O cerne e o alburno são impermeáveis. Apresenta baixa retenção às substâncias preservativas.

Características de Processamento

Trabalhabilidade: A madeira de Cabreúva-vermelha é difícil de ser trabalhada, mas apresenta bom acabamento. Embora não possua sílica, provoca desgaste nas ferramentas.

Játoba

Nome científico: Hymenaea sp., Leguminosae.

Outros nomes populares: copal, courbaril, jataí, jataíba, jatobá-curuba, jatobazinho, jutaí, jutaí-açu, jutaí-grande, jutaí-do-igapó, jutaí-mirim, jutaí-vermelho, quebra machado.

Características Gerais: Cerne e alburno distintos pela cor, cerne de cor variável do castanho-amarelado ao castanho-avermelhado, alburno branco-amarelado; cheiro e gosto imperceptíveis; densidade alta; dura ao corte; grã regular a irregular; textura média; superfície pouco lustrosa.

Durabilidade e Tratamento: A espécie H. courbaril é considerada altamente resistente aos térmitas e fungos de podridão branca e parda, mas susceptível aos perfuradores marinhos. Em contato com o solo H. stilbocarpa apresentou vida média inferior a 9 anos sendo considerada moderadamente durável, já em ensaios de laboratório apresentou resistência média a alta ao ataque de organismos xilófagos. Em ambiente marinho a madeira de Hymenaea sp. ensaiada foi intensamente atacada por organismos perfuradores. A espécie H. courbaril é considerada impermeável à impregnação com preservantes de madeira.

Trabalhabilidade: A madeira de jatobá é moderadamente fácil de trabalhar, pode ser aplainada, colada, parafusada e pregada sem problemas. Apresenta resistência para tornear e faquear. O acabamento é bom. Aceita pintura, verniz e lustre.

Secagem: A madeira seca ao ar com poucas deformações. Observa-se a presença de rachaduras e empenamentos quando a secagem é muito rápida. A secagem ao ar deve ser realizada em local protegido da luz solar direta, com boa ventilação, para evitar rachaduras radiais.

Pau-Amarelo

Nome científico: Euxylophora paraensis HUber, Rutaceae.

Outros nomes populares: amarelão, amarelinho, amarelo, amarelo-cetim, cetim, limãorana, muiratana, pau-cetim, piquiá-cetim.

Características Gerais: Cerne e alburno indistintos pela cor, amarela; brilho moderado; cheiro e gosto imperceptíveis; densidade média; moderadamente dura ao corte; grã direita, às vezes revessa; textura média a fina.

Durabilidade e Tratamento: A madeira de pau-amarelo apresenta baixa resistência ao ataque de fungos. É considerada resistente ao ataque de térmitas, o alburno é susceptível ao ataque de brocas-de-madeira do gênero Lyctus e, em contato com o solo, pode apresentar durabilidade de 1 a 15 anos. A madeira de pau-amarelo não é tratável com creosoto nem com CCA-A, mesmo em processo sob pressão.

Trabalhabilidade: A madeira de pau-amarelo é difícil de aplainar, porém apresenta bom acabamento. As operações de torneamento, fixação, faqueamento e colagem são fáceis.

Secagem: A secagem feita ao ar livre apresenta forte tendência a gerar empenamento. A secagem em estufa é muito rápida, apresentando tendência ao torcimento.

Cumaru

Nome científico: Dipteryx odorata (Aublet.) Willd., Leguminosae

Outros nomes populares: camaru, camaru-ferro, cambaru, cambaru-ferro, champanha, cumaru-amarelo, cumaru-da-folha-grande, cumaru-escuro, cumaru-ferro, cumaru-rosa, cumaru-roxo, cumaru-verdadeiro, cumbari, cumbaru-ferro, muirapagé.

Características Gerais: Cerne e alburno distintos pela cor, cerne castanho-claro-amarelado; brilho moderado; cheiro e gosto imperceptíveis; densidade alta; dura ao corte; grão revessa; textura fina a média, aspecto fibroso atenuado; superfície pouco lustrosa.

Durabilidade e Tratamento: O cerne apresenta alta resistência e durabilidade ao ataque de organismos xilófagos. Foi considerada com durabilidade superior a 12 anos de serviço em contato com o solo. No entanto, apresentou baixa resistência, em ensaios de campo, aos xilófagos marinhos. É impermeável às soluções preservativas, o cerne não é tratável com creosoto (oleossolúvel) e nem com CCA (hidrossolúvel) mesmo em processo sob pressão.

Trabalhabilidade: A madeira de cumaru é difícil de ser trabalhada, mas recebe excelente acabamento no torneamento. Acabamento ruim nos trabalhos de plaina e lixa, é difícil de ser perfurada. Devido à natureza oleosa, a madeira apresenta dificuldade em ser colada. Aceita polimento, pintura, verniz e lustre.

Secagem: É relativamente fácil de secar ao ar, com pequena tendência a racha superficialmente, apresenta empenamento moderado. A secagem artificial é lenta, porém praticamente isenta de defeitos.

Maçaranduba

Nome científico: Manilkara spp., Sapotaceae.

Outros nomes populares: aparaiú, balata-verdadeira, maçaranduba-de-leite, maçarandubinha, maçaranduba-verdadeira, maparajuba, marapajuba-da-várzea, paraju.

Características Gerais: Cerne e alburno distintos pela cor, cerne vermelho-claro tornando-se vermelho-escuro com o tempo; sem brilho; cheiro e gosto imperceptíveis; densidade alta; dura ao corte; grã direita; textura fina.

Durabilidade e Tratamento: A madeira de maçaranduba é resistente ao ataque de fungos apodrecedores e cupins subterrâneos. Apresenta moderada resistência aos cupins-de-madeira-seca e baixa resistência aos xilófagos marinhos. A espécie M. huberi foi considerada altamente durável em contato com o solo, apresentando uma vida útil superior a oito anos. M. longifolia e M. elata, em ensaios de laboratório, demonstraram ter resistência de moderada a alta ao apodrecimento. O cerne é impermeável às soluções preservantes hidrossolúveis (CCA – A), mesmo em tratamento sob pressão.

Trabalhabilidade: A madeira de maçaranduba é moderadamente difícil de cortar e aplainar, porém é fácil de tornear e colar. Tende a rachar se pregada ou parafusada sem furação prévia. Recebe bom acabamento, pintura e verniz.

Secagem: A secagem ao ar é difícil, apresentando rachaduras, empenamentos e severo endurecimento superficial. A secagem em estufa deve ser lenta e controlada cuidadosamente.

Pau-Marfim

Nome científico: Balfourodendron riedelianum (Engl)., Rutaceae.

Outros nomes populares: farinha-seca, farinha-seca-branca; gramixinga; guamuxinga; guarataia; guataia; guataio; guatambu; guatambu-branco; guaximinga; marfim; mucambo; pau-chumbo; pequiá-branco; pereiro-preto; pau-cetim; pau-liso; pequiá-marfim; pequiá-mamão; pequiá-mamona.

Características Gerais: Madeira pesada; cerne branco-palha-amarelado, escurecendo para amarelo-pálido, uniforme; alburno aparentemente não demarcado, branco levemente amarelado; grã irregular à revessa; textura fina; superfície lisa ao tato e medianamente lustrosa; cheiro imperceptível; gosto levemente amargo.

Durabilidade e Tratamento: Baixa resistência natural ao apodrecimento e ao ataque de organismos xilófagos. Boa permeabilidade às soluções preservantes, quando submetida a tratamento sob pressão.

Trabalhabilidade: Pode ser serrada e trabalhada sem dificuldades. Apresenta fácil acabamento e colagem satisfatória.

Secagem: Moderada. Normalmente não apresenta defeitos na secagem ao ar. A secagem artificial deve ser lenta, para evitar empenamento e endurecimento superficial.

Goiabão

Nome científico: Pouteria pachycarpa Pires (sinônimo Planchonella pachycarpa Pires), Sapotaceae.

Outros nomes populares: abiu-casca-grossa, abiurana, abiurana-amarela, abiurana-goiaba.

Características Gerais: Cerne e alburno indistintos pela cor amarelo-pálido, brilho moderado; cheiro e gosto imperceptíveis; densidade alta; moderadamente dura ao corte; grã direita; textura fina

Durabilidade e Tratamento: Madeira suscetível à ação de fungos e cupins.O cerne e o alburno são fáceis de preservar, em processo sob pressão, tanto com creosoto (preservativo oleossolúvel) como CCA (preservativo hidrossolúvel).

Trabalhabilidade: A madeira de goiabão é fácil de ser processada, podendo receber bom acabamento. É fácil de tornear e furar. É moderadamente fácil de aplainar e lixar. Recomenda-se furação prévia à colocação de pregos.

Secagem: A secagem pode ser muito rápida em estufa, apresentando tendência a encanoamento, rachadura de topo e torcimento, em programas de secagem muito agressivos. Neste caso, recomenda-se uma secagem mais lenta para se evitar ou diminuir estes defeitos.

Muiracatiara

Nome científico: Astronium lecointei Ducke, Anacardiaceae.

Outros nomes populares: aderno-preto, aroeira, aroeirão, baracatiara, gonçaleiro, gonçalo-alves, maracatiara, maracatiara-branca, maracatiara-vermelha, muiracatiara-rajada, muiraquatiara, sanguessugueira.

Características Gerais: Cerne e alburno distintos pela cor, cerne variável do bege-rosado ao castanho-escuro-avermelhado, com estrias mais escuras; brilho moderado; cheiro e gosto imperceptíveis; densidade alta; dura ao corte; grã irregular; textura média.

Durabilidade e Tratamento: A madeira de muiracatiara é muito durável, não sendo atacada por insetos ou cupins de madeira seca. Em ensaios de campo, demonstrou durabilidade natural inferior a sete anos. Em ambiente marinho, foi intensamente atacada por organismos perfuradores. Cerne impermeável ou de muito baixa permeabilidade às soluções preservantes.

Trabalhabilidade: A madeira de muiracatiara é fácil de ser trabalhada e permite excelente acabamento. Recebe bem pintura e verniz.

Secagem: Na secagem ao ar a madeira de muiracatiara apresenta problemas de empenamentos e rachaduras. Se a secagem artificial for muito drástica, poderão ocorrer rachaduras profundas e endurecimento superficial.

Tatajuba

Nome científico: Bagassa guianensis Aubl., Moraceae.

Outros nomes populares: amaparirana, amarelo, amarelão, bagaceira, cachaceiro, garrote.

Características Gerais: Cerne e alburno distintos pela cor, cerne amarelo-dourado, escurecendo para castanho-amarelo; brilho moderado; cheiro e gosto imperceptíveis; densidade média; moderadamente dura ao corte; grã revessa; textura média.

Durabilidade e Tratamento: O cerne é resistente ao ataque de fungos de podridão branca e parda. A madeira de tatajuba, em ensaios de campo na Amazônia, demonstrou ter durabilidade natural superior a sete anos. Considerada moderadamente resistente ao ataque de perfuradores marinhos e, em contato com o solo, pode apresentar vida útil superior a 25 anos. A madeira de tatajuba é difícil de ser tratada com soluções preservantes, mesmo em processo sob pressão.

Trabalhabilidade: A madeira de tatajuba é fácil de ser trabalhada, com ferramentas manuais ou mecânicas, produzindo ótimo acabamento. Não aceita pregos com facilidade. Recomenda-se a furação prévia à colocação de pregos.

Secagem: A secagem ao ar é lenta sem a ocorrência de defeitos. Na secagem em estufa a madeira apresenta leve tendência ao empenamento, torcimento e encanoamento. Recomenda-se controle cuidadoso do processo para evitar defeitos.

Ipê

Nome científico: Tabebuia spp., Bignoniaceae.

Outros nomes populares: ipê-amarelo, ipê-do-cerrado, ipê-pardo, ipê-preto, ipê-roxo, ipê-una, ipê-tabaco, ipeúva, pau-d’arco, pau-d’arco-amarelo, peúva, piúna, piúna-amarela, piúna-roxa, piúva, piúva-do-serrado.

Características Gerais: Cerne e alburno distintos pela cor, cerne pardo ou castanho com reflexos amarelados ou esverdeados, alburno branco-amarelado; superfície sem brilho; cheiro e gosto imperceptíveis; densidade alta; dura ao corte; grã irregular a revessa; textura fina.

Durabilidade e Tratamento: A madeira de ipê, em ensaios de laboratório, demonstrou ser de alta resistência ao ataque de organismos xilófagos (fungos e cupins). Em experimento realizado em ambiente marinho foi moderadamente atacada por organismos perfuradores. Em ensaio de campo, com estacas em contato com o solo apresentou vida média de 8 a 9 anos. Em observações práticas, é considerada muito resistente ao apodrecimento. Em tratamento sob pressão demonstrou ser impermeável às soluções preservantes.

Trabalhabilidade: A madeira de ipê é moderadamente difícil de trabalhar, principalmente com ferramentas manuais que perdem rapidamente a afiação. Recebe bom acabamento. São relatados problemas de colagem. O aplainamento é regular, é fácil de lixar e excelente para pregar e parafusar.

Secagem: A secagem ao ar é de média a rápida e apresenta pequenos problemas de rachaduras e empenamentos, a secagem artificial (em estufa) pode agravar a incidência de defeitos.

Muirapiranga

Nome científico: Brosimum paraense Huber, Moraceae.

Outros nomes populares: conduru, conduru-de-sangue, conduru-vermelho, falso-pau-brasil, pau-brasil, pau-rainha, pau-vermelho.

Características Gerais: Cerne e alburno distintos pela cor, cerne vermelho-coral a castanho-avermelhado, com veios mais escuros, alburno marrom-claro; brilho moderado; cheiro e gosto imperceptíveis; densidade alta; dura ao corte; grã direita ou revessa; textura média a fina.

Durabilidade e Tratamento: A madeira de muirapiranga é muito durável e altamente resistente a fungos e cupins. Cerne e alburno suscetíveis ao ataque de brocas quando deixados por um mês na floresta. O alburno é fácil de ser tratado e o cerne é moderadamente difícil de tratar com soluções preservantes, mesmo em processo sob pressão.

Trabalhabilidade: A madeira de muirapiranga é moderadamente fácil de ser trabalhada tanto com ferramentas manuais como mecânicas. Proporciona ótimo acabamento, cola bem. Aceita prego.

Secagem: Seca bem ao ar e não apresenta problemas de rachadura e empenamento. A secagem em estufa é lenta, apresentando tendência a rachaduras de topo, encanoamento e torcimento.

Tauari

Nome científico: Couratari spp., Lecythidaceae.

Outros nomes populares: imbirema, tauari-amarelo, tauari-morrão, estopeiro.

Características Gerais: Cerne e alburno indistintos pela cor, branco-amarelado a bege-amarelado-claro; brilho moderado; cheiro variável de pouco perceptível a perceptível, neste caso, desagradável; gosto levemente amargo; densidade média; macia ao corte; grã direita; textura média.

Durabilidade e Tratamento: Apresenta baixa resistência ao ataque de organismos xilófagos (fungos e cupins). Algumas espécies apresentam tendência a manchar (mancha azul), ocasionada por fungos, devendo ser utilizadas secas e protegidas da umidade. Em ensaio de campo, com madeira em contato com o solo, esta madeira foi considerada como não durável, com vida inferior a dois anos. A madeira de tauari, em ensaios de laboratório, quando submetida a tratamento sob pressão, demonstrou ser permeável às soluções preservantes.

Trabalhabilidade: A madeira de tauari é moderadamente macia ao corte, apresentando um bom acabamento, apesar de às vezes a superfície ficar com aparência felpuda. Algumas espécies possuem sílica, o que contribui para desgastar as ferramentas.

Secagem: A velocidade da secagem ao ar é moderada, com leve tendência ao empenamento e rachaduras superficiais. A secagem em estufa é rápida, sem defeitos significativos. Couratari guianensis pode apresentar problemas de secagem como rachaduras e torcimento moderados.

Fontes: ANPM - Associação Nacional dos Produtores de Pisos de Madeira e Planeta Imóvel.