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REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°94 - FEVEREIRO DE 2006

Adesivos

Colagem define resistência dos produtos de madeira

De nada adianta escolher excelentes espécies de madeira, ou mesmo tratá-las com os melhores produtos, se a cola for frágil. Por isso, é importante conhecer os processos de colagem e investir em qualidade.

Hoje em dia, tanto na construção civil como a indústria do mobiliário se está utilizando cada vez mais madeiras tropicais, que são mais duras, densas e pouco porosas, o que dificulta a colagem. Os adesivos que estão sendo usados, na maioria das vezes, são os de dispersão aquosa. Esses adesivos devem ter, como mínimo, uma classificação D³, de acordo com norma alemã, para poder ser utilizada em ambientes úmidos. Atualmente, a utilização deste tipo de adesivo permite melhorar significativamente os resultados de aderência.

É importante observar que nem todas as colas D³ são iguais. A formulação da base que utilizam a maioria dos fabricantes de adesivos permite melhorar de forma significativa os resultados de aderência. A penetração na madeira e a resistência também são importantes em todos os casos, mas especialmente com as madeiras tropicais.

Um detalhe importante é que a cola deve resistir ao impacto da prensagem. As condições de prensagem em que são realizadas as colagens são muito importantes na resistência final dos produtos fabricados. Neste sentido, foi realizado, na Espanha, um estudo da resistência da madeira com três espécies tropicais. Com todos os adesivos ensaiados os melhores resultados ocorreram quando as madeiras foram prensadas a frio (de 2 a 5ºC). As temperaturas altas mostraram menor resistência porque provocam o aumento da umidade natural da madeira, o que dificulta a resistência da colagem.

A pesquisa fez, também, um ensaio de resistência ao calor seguindo o procedimento indicado com o método de ensaio alemão –Watt91. Com as espécies do tipo teca dois tipos de madeiras mais duras e resinosas, os valores de resistências que se obteve no ensaio foram inferiores a os obtidos com outra espécie. Isso porque as altas temperaturas fazem com que as madeiras mais resinosas liberem líquidos que são prejudiciais a colagem.

Ao realizar um processo de colagem é preciso considerar que cada espécie de madeira requer uma análise diferente para definir o tipo de cola a ser usada. Isso porque as espécies apresentam características muito diferentes e o adesivo que é bom para uma espécie pode ser desaconselhável para outra.

Além da escolha do adesivo é importante definir o processo de colagem ideal para cada espécie, além de considerar, também, o tipo de fabricação e o nível de impacto que o produto vai passar.

Para fazer a análise é preciso levar em conta a densidade de cada espécie, sua porosidade, dureza e conteúdo de resinas para, assim, estudar a aceitação do adesivo.

Assim como existe uma imensa variedade de espécies madeireiras, o mercado já dispõe de uma ampla gama de adesivos para atender a diferentes necessidades. Cada adesivo apresenta diferente velocidade de colagem. Além disso, a resistência ao calor e a umidade também muda.

Ao iniciar um trabalho que exija alta resistência da colagem, é recomendado que a empresa procure um laboratório de controle de aderência altamente equipado, capaz de estudar e recomendar o adesivo mais adequado para cada caso. Na colagem de madeira não se pode generalizar nem confiar em colas que se dizem ótimas para todos os casos. No Brasil, entidades como o Senai podem orientar as empresas sobre processos de colagens.

Fonte: Indústrias Químicas Löwenberg, Madrid