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REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°94 - FEVEREIRO DE 2006

Exportação

Exportações chegam a US$ 7,5 bilhões em 2005

A queda do valor do dólar no mercado brasileiro e o aumento na competitividade internacional não foram parâmetros decisivos para desestimular as exportações brasileiras de produtos de base florestal. Em 2005 as vendas externas de produtos de base florestal – madeira, moveis, papel e celulose - atingiram a cifra recorde de US$ 7,51 bilhões, superando em 8% o total do ano anterior.

A reação nas exportações veio do segmento de papel e celulose que aumentou em 17% suas vendas externas em relação a 2004. No total foram US$ 3,4 bilhões exportados em 2005, sendo US$ 2 bilhões em pasta e celulose e US$ 1,37 bilhão em papel e papelão.

As exportações brasileiras de madeira praticamente mantiveram-se estáveis em 2005, em relação ao ano anterior. Mesmo com a forte queda no volume exportado, especialmente no segundo semestre, as vendas externas atingiram US$ 3,03 bilhões em 2005, contra um valor de US$ 3,04 bilhões no ano anterior.

Já a indústria de móveis totalizou US$ 1,07 bilhão em 2005, o que representou um aumento de 7,2% em relação ao ano anterior. Considerando-se apenas móveis em madeira, o valor ficou em US$ 978 milhões.

Os Estados Unidos continuam sendo o maior mercado importador de produtos de base florestal do Brasil, totalizando no último ano US$ 2,47 bilhões, o que representa 32% do total exportado.

No Brasil, o Paraná é o estado maior exportador, fechando o ano de 2005 com US$ 1,44 bilhão em produtos de base florestal saídos pelos portos do estado. São Paulo vem a seguir com US$ 1,40 bilhão e Santa Catarina, com US$ 1,19 bilhão.

No segmento de papel de celulose o item pasta e celulose chegou a US$ 2 bilhões, com um aumento de 18% em relação ao ano anterior. O mercado dos Estados Unidos é o principal importador, vindo a seguir a Holanda e a China. Enquanto isso papel e papelão fecharam o ano em US$ 1,37 bilhão, com um aumento de 15% em relação ano anterior, tendo como principais mercados importadores a Argentina, os Estados Unidos e Chile.

As exportações do item madeira sofreram um duro impacto com a queda do valor do dólar no último ano. O cumprimento de contratos efetivados anteriormente forçaram a uma grande queda de rentabilidade nos negócios internacionais de grande parte das empresas exportadoras do setor. Aliado a isso, a grande concentração de vendas a um único mercado inibe as empresas brasileiras a ganhos em competitividade. Os Estados Unidos são responsáveis por 50% das importações de produtos de madeira do Brasil, totalizando no último ano US$ 1,49 bilhão.

Dos US$ 3,03 bilhões exportados, a madeira serrada representou 28%, com US$ 882 milhões, apresentando um aumento de 5,2% em relação ao ano anterior. A madeira compensada é o segundo item mais importante. Mesmo com uma queda de 12% em relação a 2004, o ano passado as exportações deste item chegaram a US$ 785 milhões. A seguir vem a madeira perfilada, que fechou vendas externas em US$ 426 milhões, com um crescimento recorde de 50% em relação ao ano anterior. O item portas, janelas e armações teve uma pequena queda de 5% em valor exportado, mas mesmo assim fechou ano com um total de US$ 414 milhões.

Alguns itens da pauta de exportações deste segmento, mesmo com oscilações do mercado mostram crescimento constante nos últimos anos. É o caso, por exemplo, das vendas externas de painéis de fibra que aumentaram em 15% em 2005, chegando a US$ 126 milhões e a de cavacos, que cresceu 18%, atingindo o valor de US$ 102 milhões.

Os portos do Paraná foram responsáveis por 36% de todo o volume exportado no item madeira, totalizando US$ 1,1 bilhão, vindo o Pará a seguir, com US$ 575 milhões e Santa Catarina, com US$ 566 milhões.

Apesar da concentração nas vendas ao mercado norte-americano, existe um grande equilíbrio nas exportações para outros países. O segundo mais importante mercado para produtos de madeira do Brasil é o Reino Unido, que importou US$ 159 milhões no ano passado, com a China a seguir, com US$ 148 milhões, a França com US$ 141 milhões, a Bélgica, com US$ 109 milhões e a Espanha , com US$ 103 milhões.

No caso de móveis, a situação não é muito diferente. Em móveis e componentes de madeira as exportações chegaram a US$ 978 milhões, embora agregando a outros item e com outras matérias primas (capítulo 94 da NBM) este volume chegue a US$ 1,07 milhão. Móveis para quarto em madeira é o item de maior importância, com vendas externas no último ano de US$ 311 milhões. O item assentos e suportes também é expressivo, com vendas em US$ 211 milhões.

Em móveis para cozinha as exportações chegaram a US$ 39 milhões, bastante próximo das exportações de móveis de escritório, que totalizaram US$ 35 milhões, com um crescimento de 18% em relação ao volume do ano anterior.

O maior estado exportador continua sendo Santa Catarina, com 45% do total comercializado, que ficou em US$ 449 milhões no último ano. O Rio Grande do Sul aparece como segundo colocado, com US$ 277 milhões, e o estado de São Paulo como terceiro colocado, com US$ 130 milhões.

Semelhante ao mercado da madeira, o grande destino do móvel brasileiro é os Estados Unidos. O mercado norte-americano importa 40% de nossa produção comercializada no exterior. A França é o segundo mais importante mercado comprador dos produtos brasileiros, atingindo US$ 97 milhões no último ano, vindo a seguir o Reino Unido, com US$ 76 milhões, a Argentina, com US$ 52 milhões e a Alemanha, com US$ 44 milhões.

As projeções para o ano de 2006 indicam que as vendas externas tendem a crescer em todos os itens dos produtos de base florestal. A recuperação do valor o dólar no mercado interno e a diversificação de mercados importadores são duas variáveis muito positivas que poderão garantir a continuidade de crescimento das vendas externas.