O sul do Pará vem se destacando como um dos mais importantes pólos da indústria madeireira do Estado. Municípios como Marabá, Nova Ipixuna, Jacundá, Goianésia do Pará, Tailândia, Breu, Tucuruí e Novo Repartimento são os principais produtores de madeira serrada, beneficiada, laminados e compensados.
Outro fator de destaque na região é o crescimento que vem ocorrendo na fabricação de móveis rústicos, que usam parte da matéria prima e dos resíduos produzidos pelas serrarias locais, além de tronarem-se potenciais consumidores de madeira serrada.
Experiências bem sucedidas, como já vem ocorrendo em outras regiões do Estado – um exemplo é Paragominas – estão fazendo parte do dia a dia nas cidades da região. Autoridades municipais, empresários e entidades como o Sebrae e Senai estão promovendo cursos técnicos para produção de móveis, artesanato, beneficiamento de madeira e outros, em parceria com escolas municipais e estaduais. O objetivo é ampliar a oferta de produtos derivados da madeira, melhoria na qualidade, visando atender a demanda cada vez maior existente no mercado e propiciando melhores condições de vida de seus trabalhadores.
Os programas de replantio de florestas já existem em três municípios ( Marabá, Novo Repartimento e Goianésia do Pará). Outros dois estão sendo viabilizados em Tailândia e Jacundá.
Os sindicatos das indústrias da madeira da região estimam que 2,5 milhões de m3 de madeira serrada deixam a região todos os anos em direção ao Sul do País, Europa, Estados Unidos, Ásia e outros continentes.
A uma distância de aproximadamente 300 km do principal porto ( Vila do Conde), o embarque dos produtos de madeira em navios para exportação ou cabotagem para o Sul do País é extremamente facilitado. A partir do segundo semestre deste ano será inaugurado a eclusa na barragem de Tucuruí, no Rio Tocantins, favorecendo ainda mais o transporte fluvial a todos os municípios que estão a margem da barragem, com portos a menos de 100 km das indústrias madeireiras, propiciando assim aos madeireiros uma nova opção de logística, e aumentando a competitividade.
A região conta ainda com boas estradas de acesso, como a BR 153 – principal rodovia de ligação do norte ao sul do Brasil.
Com o intuito de dar continuidade a atividade madeireira, empresários e entidades representantes do setor criaram um projeto de reflorestamento que prevê a recuperação de áreas degradadas e a reposição florestal, coordenado pela ASSIMAR – Associação das Indústrias Madeireiras de Marabá e Região.
O projeto teve início em maio de 2000 e já conta com um investimento de R$ 4,5 milhões, provenientes de recursos patrocinados pelos 50 associados da entidade, em uma área de 500 hectares doados por um empresário de Marabá, onde está localizado o laboratório de análise de sementes e adequação de culturas em solos da região.
Fevereiro/2002 |