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REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°92 - OUTUBRO DE 2005

Produtividade

Móveis e madeira com potencial para crescer

A participação do setor de base florestal é expressiva no mercado interno. Entretanto ainda representa pequena parcela das exportações do Brasil, se comparada com seu potencial. As vendas externas de produtos de base florestal estão concentradas no estágio inicial de processamento, ou seja, produtos de baixo valor agregado.

Grande parte da matéria prima é proveniente de florestas plantadas - pinus e eucalipto.A maior concentração de áreas reflorestadas ocorre, principalmente, nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Bahia e Santa Catarina. O Brasil apresenta forte potencial competitivo das áreas reflorestadas no mercado externo devido aos seguintes fatores: a) clima propício ao rápido crescimento das florestas plantadas – em geral, entre 12 e 14 anos, contra período médio de corte de 50 anos nos climas temperados; b) domínio da tecnologia florestal; e c) extensas áreas disponíveis.

As principais espécies cultivadas em áreas reflorestadas são os gêneros Pinus e Eucalipto, com 36% e 64% de área plantada no país respectivamente. Com o desenvolvimento de tecnologia para a exploração de florestas e para a transformação industrial da madeira, o País alcançou o maior rendimento na produção de Eucalipto e Pinus no mundo, apresentando custo inferior a países como Nova Zelândia, África do Sul, Chile e EUA.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Silvicultura (SBS), as áreas florestais no Brasil somam 544 milhões de hectares. Nessas florestas, encontra-se a maior biodiversidade de espécies e ecossistemas do planeta e uma das mais diversas e amplas concentrações de povos e culturas indígenas. A partir de dados gerais da utilização do solo, observa-se que o País é formado por cerca de 66% de florestas nativas, 0,5% de áreas plantadas ou reflorestadas e 33,5% destinados à agricultura, pecuária, áreas urbanas e infra-estrutura, dentre outras. A área florestal brasileira é a segunda maior do mundo, atrás apenas da Rússia.

Dados do Ministério de Meio Ambiente indicam que 69% (374,6 milhões de hectares) da cobertura florestal do território nacional têm potencial produtivo. Essas florestas encontram-se em sua maior parte (67%) sob domínio privado, que se constituem, basicamente, de florestas nativas, mas existem 6,4 milhões de hectares de florestas plantadas. As áreas públicas, que somam 123,2 milhões de hectares, dividem-se em reservas extrativistas, florestas nativas e áreas indígenas, sendo estas últimas correspondentes a 84% do total.

Os principais ecossistemas de florestas nativas correspondem à Floresta Amazônica, à Mata Atlântica e ecossistemas associados (sul, sudeste e nordeste), Caatinga (nordeste) e Cerrados (centro-oeste). A composição da floresta natural é dada pelas florestas densas (64%), florestas abertas (10%) e outras formas de vegetação natural (26%). O maior potencial econômico é encontrado nas florestas densas, que são as mais utilizadas pelas indústrias de processamento mecânico.

Pinus e eucaliptos

O consumo de toras de Pinus, nos últimos 10 anos, cresceu a uma taxa média de 7% ao ano. Porém, a oferta destes produtos não acompanhou esse crescimento e, desta forma, a produção sustentada das áreas de reflorestamento pode não ser suficiente para responder às necessidades da indústria nacional. A solução momentânea para essa situação está sendo resolvida às custas da utilização de estoques existentes de madeira.

As estimativas do Ministério do Meio Ambiente indicam uma provável necessidade de importação de matéria-prima, pela indústria processadora de madeira. Entretanto, as importações de madeira sólida ainda representam uma parcela pequena, quando relacionadas ao estoque existente no Brasil, bem como ao volume exportado. No que se refere à concentração de plantações de Pinus, os estados que mais se destacam são: Paraná, Santa Catarina, Bahia e São Paulo. Juntos, somam cerca de 73% do total plantado.

Quanto ao plantio de Eucalipto, verifica-se uma maior concentração na região sudeste do país. Essa distribuição justifica a existência de indústrias de papel e celulose e de siderurgia na respectiva região. Algumas dessas indústrias estão investindo no fornecimento de subprodutos de madeira de Eucalipto para as indústrias de móveis e de construção, uma vez que suas características estruturais e sua aparência são bastante atrativas. Contudo, esta fonte de matéria-prima ainda não supera a madeira de Pinus na produção da indústria moveleira.

De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel) , sob o aspecto do comércio internacional, o mercado de Eucalipto reúne algumas características que o tornam particularmente lucrativo. Diferentemente do mercado internacional de Pinus (segmento “softwood”) – “commodity”, cuja comercialização dá-se em grandes volumes, o mercado de Eucalipto (segmento “hardwood”) caracteriza-se por pequenos volumes de produção, alta qualidade e preços mais elevados.

A indústria de serrados envolve os serrados tropicais e os serrados de pinus. A série histórica do comércio internacional de madeira serrada tropical indica que o crescimento das exportações tem sido inversamente proporcional às importações do produto, principalmente, devido aos preços internacionais, que vêm incentivando o intercâmbio. Os principais mercados de exportação são China (15,8%), Espanha (10,9%), França (10,1%) e EUA (9%). O destaque maior é dado para a China, que aparece como um novo mercado para a madeira serrada tropical brasileira.

Compensados

O Brasil é o 6º maior produtor mundial de compensados (Tropical e Pinus), respondendo pelo volume de 2,6 milhões de m³. Esse volume representa, em termos relativos, aproximadamente 5% da produção total mundial, atualmente no patamar de 55,5 milhões de m³ . Grande parte do volume atualmente produzido é direcionado à exportação.

Os remanufaturados, representados por blocks, blanks, molduras, painéis, portas, entre outros, agregam maior valor ao produto primário, sendo, assim, denominados produtos de maior valor agregado (PMVA). As principais espécies utilizadas em sua fabricação são o pinus e algumas espécies nativas, como o ipê, imbuia, jatobá, e outras. O Eucalipto é uma espécie que vem ganhando importância como PMVA.

As molduras, que são perfis obtidos a partir do reprocessamento da madeira serrada ou dos blocks e blanks, são absorvidas primordialmente pela construção civil. O volume produzido está, praticamente, todo orientado para o mercado externo, sendo os EUA o principal mercado de destino, representando cerca de 90% do total produzido.br>
Indústria de móveis

A indústria nacional de móveis é formada por mais de 14.000 micro, pequenas e médias empresas que geram em torno de 190.000 empregos. Entretanto, a informalidade é elevada nessa indústria e esses números podem ser bem maiores. Além disso, a indústria, de capital, em sua maior parte, nacional é caracterizada por forte fragmentação, diversidade tecnológica e verticalização, em conseqüência da ausência de fornecedores de partes e componentes.

São, em geral, empresas de capital nacional e localizam-se em sua maioria na região centro-sul do País, constituindo em alguns estados pólos moveleiros, sendo os principais, no que se refere às exportações, o de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul e São Bento do Sul, em Santa Catarina.

Quanto às matérias-primas utilizadas pela indústria de móveis de madeira, destacam-se os serrados de florestas nativas, plantadas, compensados e painéis reconstituídos (chapas de fibras, aglomerados e MDF).

No que se refere às exportações brasileiras de móveis, o pólo moveleiro de São Bento do Sul (SC) constitui o maior centro exportador do país, participando com cerca de 40% das exportações nacionais, destinando cerca de 80% da sua produção de móveis residenciais de madeira de pinus, para o mercado externo.

De acordo com dados da Abimóvel, relacionados a todos tipos de móveis, os móveis de madeira correspondem a cerca de 70% das exportações. Os assentos e as cadeiras representam 7% das exportações totais de móveis e destinam-se, principalmente, aos Estados Unidos. Os móveis de madeira aglomerada, os de metal e os de plásticos apresentam baixa participação nas exportações totais, além de pouca competitividade, e destinam-se, principalmente, para o Mercosul.

A estrutura das exportações brasileiras de móveis vem se modificando, principalmente em função da ampliação das restrições de caráter ambiental na Europa, onde o maior potencial refere-se a móveis que utilizam matéria-prima de áreas reflorestadas, como o pinus.

As novas perspectivas de mercado têm se concentrado nos Emirados Árabes, Rússia, Polônia e África do Sul que apresentam maiores possibilidades de crescimento para setor do que os mercados já consolidados. Os EUA, dada a dimensão do seu mercado interno, representam um parceiro potencial para as exportações brasileiras de móveis, tanto de móveis de madeira maciça, quanto de móveis populares. Devem ser considerados o baixo volume relativo, a proximidade geográfica e o fato de as restrições de caráter ambiental serem inferiores às européias.

Mercados exportadores

Os Estados Unidos são o maior mercado, individual, dos produtos de madeira e móveis brasileiros. Os países que formam a Comunidade Européia representam também um mercado significativo para os produtos brasileiros. A experiência brasileira no setor de base florestal e o cumprimento de prazos têm assegurado uma crescente demanda por parte do mercado americano. Atualmente, o Brasil tem chance de ocupar, nesse setor, o espaço dos exportadores da Espanha, Itália e Suécia, que estão perdendo mercado devido a alta do Euro.

Os Estados Unidos são grandes importadores de madeira serrada e compensados, brasileiros, tanto os produzidos com matéria-prima tropical quanto de pinus. Considerando-se os produtos remanufaturados, as exportações de moldura também são significativas. No caso específico de móveis, a participação brasileira no mercado norte-americano ainda é muito pequena, representando cerca de 1%. A maior parte dos móveis importados nos Estados Unidos são provenientes da China, que processa a matéria-prima importada de países como o Brasil, e reexporta o produto acabado para os Estados Unidos.

O Brasil é o 9º país exportador de móveis para os Estados Unidos, mercado que movimenta aproximadamente US$ 75 bilhões por ano. Vale ressaltar, também que, nos últimos cinco anos, as exportações brasileiras de móveis para os Estados Unidos obtiveram um incremento de cerca de 294%.

Nos Estados Unidos existem nichos específicos de mercado para a indústria de móveis, já que o mercado consumidor é extremamente diversificado. É possível encontrar tanto grandes redes de lojas, que adquirem produtos focando no menor preço, quanto compradores que exigem que os produtos atendam a requisitos específicos, como medidas especiais, design diferenciado, qualidade e certificação ambiental, ou seja, comprovação de que aquele móvel é produzido com madeira proveniente de uma floresta certificada.

No que se refere às exportações brasileiras de móveis de madeiras reflorestadas, para a Europa, há possibilidade de crescimento principalmente com a utilização de pinus. Cabe destacar, ainda, o crescente potencial para móveis de Eucalipto, ainda pouco explorado. Apesar dos consumidores europeus demonstrarem preferência por móveis de madeira maciça, eles são raros devido as restrições ambientais internas e outras originárias dos países exportadores de madeira.

Nos EUA, a importação de toras, madeira serrada e outros produtos de madeira bruta possui requisitos para a importação desses produtos e concede autorizações para entrada da madeira em território americano.

As autorizações são válidas por três anos. No que se refere às madeiras serradas, a legislação americana estabelece que todas as madeiras duras (“hardwood”) originárias de regiões temperadas devem passar por processo de tratamento antes da passagem ou desembarque no porto dos Estados Unidos.

Com relação às madeiras moles (“softwood”), todas aquelas que passam pelo porto dos Estados Unidos, sem desembarcar, devem estar consignada sob uma estrutura operacional aprovada segundo um acordo de conformidade com o programa “Plant Protection and Quarantine”, do USDA, no momento em que a madeira é importada. A madeira serrada deve ser tratada dentro de 30 dias a partir do momento de liberação do porto de primeira chegada.

Os requisitos estabelecidos para as madeiras duras de origem tropical definem que os “pallets” (suportes de madeira) e outras embalagens de madeira estão sujeitas à inspeção e devem ser liberadas para desembarque, quando aparentemente livres de pragas, ou deverão ser tratadas à base de calor (método “heat treatment”), fumigadas com brometo de metila ou tratadas com preservantes.

Não apenas as medidas de cunho obrigatório, mas também as de caráter voluntário, como as normas, podem trazer implicações ao acesso dos produtos exportados aos EUA, uma vez que esses requisitos são estabelecidos setorialmente, por exemplo, pela “American Lumber Standard Committee” (ALSC), tornando difícil para o exportador atender a todas as especificações de mercado.

Além disso, no que se refere à certificação florestal, existem três diferentes esquemas conhecidos entre as empresas que adquirem produtos florestais nos EUA, o “Forest Stewardship Council” (FSC), o “Sustainable Forest Initiative” (SFI) e o “CSA International”, desenvolvido para as operações florestais industriais canadenses.

Comunidade Européia

Segundo dados da Comissão Européia , o total de áreas florestais na Europa equivale a 130 milhões de hectares, totalizando 36% do total da área terrestre da região. Já no Brasil, de acordo com dados da SBS, as áreas florestais somam 544 milhões de hectares, ocupando mais de 60% do território nacional.

De acordo com a Comissão Européia, a certificação de florestas e de produtos florestais pode ser um importante instrumento de mercado, fornecendo aos consumidores a oportunidade de contribuir com o manejo florestal sustentável.

Outra iniciativa da União Européia trata-se da marcação CE, que representa a conformidade dos produtos comercializados na Europa com as diretrizes definidas pela Comunidade Européia.

O rótulo de qualidade M dourado é o único rótulo oficialmente reconhecido para um móvel completo na Alemanha. As análises para a obtenção desta logomarca são as mais abrangentes que existem na RFA/Europa para o setor moveleiro. O produto deve passar por testes de durabilidade, estabilidade, qualidade de fabricação, insensibilidade à luz, "solidez" ao atrito (dependendo do móvel) e substâncias prejudiciais à saúde.

Além disso, devem ser observados limites máximos de concentração de várias substâncias. Trata-se de um rótulo de qualidade obtido após aprovação nos testes e exames segundo os requisitos/parâmetros do Instituto Alemão de Segurança de Qualidade e Rotulagem (Ral) da Associação Alemã de Qualidade de Móveis "Deutsche Gütegemeinschaft Möbel (DGM)".



Certificado de qualidade

O certificado LGA atesta que o produto possui boa qualidade, é seguro e inofensivo à saúde. É concedido pelo Instituto de Inspeção de Móveis LGA (LGA-Möbelprüfinstitut) e aplica-se a partes e acessórios, baseando em métodos de análises e perfis de requisitos bem definidos. Serve, entre outros, como parte da inspeção para a Associação Alemã de Qualidade de Móveis "Deutsche

Gütegemeinschaft Möbel (DGM)".

O rótulo ecológico “Öko-Tex Standard 100 – Textiles Vertrauen” é relevante para o setor de móveis e decoração. Mundialmente, 18 institutos de inspeção/exames fornecem este rótulo para produtos têxteis (também para tecidos empregados na fabricação de móveis e colchões). Os requisitos necessários são para o produto final. Produtos têxteis certificados com este rótulo são submetidos a análises/testes de diversas substâncias prejudiciais à saúde, por exemplo, metais pesados, e controlados quantitativamente quanto aos limites máximos permitidos. Substâncias (corantes) que podem provocar o câncer são proibidas. Na Alemanha, o órgão responsável pelas análises (e licença) é o Instituto de Pesquisa Hohenstein. Informações sobre a matéria podem ser obtidas junto à certificadora "Deutsche Zertifizierungsstelle Öko-Tex".

Certificação Florestal

O projeto trata de um programa de certificação, no qual pretende-se avaliar o manejo sustentável de florestas plantadas e nativas, analisando o manejo florestal e a cadeia de custódia de florestas. A estrutura do Cerflor é composta de uma Comissão Técnica de Certificação Ambiental do Comitê Brasileiro de Avaliação da Conformidade, que é coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente – MMA e tem como Secretaria Executiva o Inmetro. Essa comissão reúne representantes do governo, grupos ambientais e de consumidores, indústria, institutos de pesquisa e comitês de normalização, tem autoridade decisória e é o órgão formulador da política e das diretrizes a serem seguidas.

O Cerflor, que foi criado para atender uma demanda do setor produtivo, foi elaborado em uma estrutura aceita internacionalmente, na qual um organismo elabora as normas e outro faz o credenciamento de organismos, sendo este modelo aceito e praticado pela ISO. No Brasil, o organismo responsável pelas atividades de normalização é a ABNT e o organismo credenciador é o Inmetro.

Nesse sentido, foram elaboradas normas brasileiras no âmbito da ABNT e normas internas para credenciamento e operacionalização do Cerflor, no âmbito do Inmetro.

Os Fóruns de Competitividade são um espaço de diálogo entre o setor produtivo e o governo para promover o debate sobre problemas, oportunidades e desafios de cada cadeia produtiva. Desta forma, as informações são concentradas em um único diagnóstico do setor e estabelece, de forma participativa e em consenso, metas e ações que visem melhorar a competitividade do setor.

Tem como meta elevar a competitividade industrial das principais cadeias produtivas do País no mercado mundial, com ações relativas à geração de emprego, ocupação e renda, ao desenvolvimento e à desconcentração regional da produção, ao aumento das exportações, à substituição competitiva das importações e à capacitação tecnológica das empresas.

Para tanto, cabe a cada um dos Fóruns traçar o diagnóstico dos determinantes de cada cadeia produtiva, com o intuito de identificar em que medida as empresas elaboram ou implementam estratégias de ação relativas aos diferentes fatores da competitividade, além de verificar se possuem a correta percepção dos condicionantes essenciais de seu sucesso competitivo.

Recentemente, foram apresentadas algumas iniciativas brasileiras relativas à produção e exportação de madeira e móveis. Como ação futura, deve-se ressaltar a Rodada de Negócios que reunirá empresários dos 4 países, com o intuito de ampliar as negociações comerciais entre os países do Bloco, bem como com outros países. Em paralelo à Rodada, acontecerá um seminário no qual serão apresentadas iniciativas de cada país relacionadas ao tema.br>
Programa de qualidade

A partir de abril de 2004, os requisitos da norma EN 13986 passaram a ser exigidos pela Comunidade Européia, através da Diretiva 106/89, que especifica requisitos para produtos estruturais utilizados na construção civil. A fim de atender a estas exigências (obter marcação CE nos produtos), bem como garantir qualidade para a madeira processada no Brasil, a Abimci, que reúne os exportadores brasileiros de compensados, estabeleceu um acordo com a BM Trada (órgão europeu notificado), através do programa nacional de qualidade da madeira (PNQM), que será o representante do órgão europeu no Brasil para emitir a marca de conformidade.

A Abimci passou a coordenar o Comitê Brasileiro CB-31 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que trata das normas de madeira como matéria-prima, após reativação do mesmo em função da necessidade de responder às demandas externas relacionadas ao setor de madeira. Com o intuito de possibilitar o reconhecimento do Programa internacionalmente, foi instalada uma comissão técnica, formada pelo Instituto Nacional de Metrologia,

No caso dos móveis brasileiros, o Promóvel foi criado como um programa de modernização das fábricas e de exportação que conta hoje com a participação de cerca de 438 empresas, gerenciado pela Abimóvel e com o apoio da Apex. Surgiu com a percepção, por parte dos setores público e privado, da potencialidade de expansão das exportações do setor moveleiro brasileiro.

As empresas participantes dos Grupos do Promovel, participam hoje das seguintes ações, entre outras: cultura exportadora, estruturação e negócios, que por sua vez envolvem missões empresariais, aquisição de know-how, adequação de plantas fabris, sensibilização ISO 9000 e 14000, mostras no exterior, capacitação gerencial, rótulo ambiental, publicações e normalização.

Entre os temas cobertos pelo programa estão: cultura exportadora, estruturação e negócios (que por sua vez envolvem missões empresariais, aquisição de know-how, adequação de plantas fabris, sensibilização ISO 9000 e 14000, mostras no exterior, capacitação gerencial, rótulos ambientais, publicações e normalização.

Fontes: Ana Luisa Guéron - Engenheira Civil (UFRJ), Mestre em Planejamento Ambiental (COPPE/UFRJ) e Técnica da Coordenação Geral de Articulação Internacional do Inmetro.

Viviane Garrido - Economista (UFF) e Técnica da Coordenação Geral de Articulação Internacional do Inmetro.