A madeira é o material tradicional para produção de janelas e caixilhos nas edificações. Nas construções antigas a madeira desempenhou uma grande importância e até pouco tempo continuava sendo trabalhada artesanalmente.
Com o desenvolvimento tecnológico de outros materiais, a madeira começou a sofrer concorrência de outros materiais, mas nos últimos anos o seu uso tem se fortalecido, tornando-se o material mais nobre na fabricação de esquadrias.
A madeira utilizada na produção de esquadrias é encontrada, principalmente, na região amazônica, embora os grandes fabricantes mantenham suas instalações industriais no Paraná e Santa Catarina. As janelas de madeira são escolhidas, antes de tudo, pelo custo e facilidade de manuseio e, em menor escala, pela durabilidade. O seu aspecto só influi nas madeiras que vão ficar à vista, sem pintura.
Na fabricação de esquadrias tem que se levar em conta dois critérios: a resistência á umidade e a sua maneabilidade na fabricação. Com essas duas qualidades, os fabricantes buscam espécies que respondam as suas necessidades industriais. As madeiras que têm sido mais usadas são o mogno e a imbuia.
No processo de fabricação a madeira deve estar seca, pois se ao iniciar a produção dos perfis a madeira ainda estiver verde, ela continuará o seu processo de secagem, podendo sofrer deformações irreversíveis.
A primeira etapa do processo de fabricação é quando ocorre o corte que dará forma aos perfis. Depois a madeira deverá passar por um tratamento anti-séptico que a protegerá de ataques de insetos e microorganismos. O tratamento da madeira é feito pela imersão total das peças em tanques que contenham os produtos químicos que irão dar proteção.
Após receber o tratamento, as peças passam por máquinas que eliminam possíveis deformações dando o acabamento desejado aos perfis de madeira. Com as peças acabadas, inicia-se o processo de montagem e colagem da esquadrias. Ao chegar na obra, a madeira é entregue sem qualquer proteção superficial e a pintura ou o envernizamento definitivo é feito após a instalação.
Outros materiais
As janelas metálicas são de notável antigüidade e surgiram há vários séculos. Caíram em desuso durante um longo período até aparecer de novo na segunda metade do século XIX.
Inicialmente eram produzidas artesanalmente, sob medida. As esquadrias eram rebuscadas no estilo e no desenho, muito diferente dos padrões de hoje. Somente nos últimos 40 anos, os perfis tubulares e os perfis abertos obtidos a partir de chapas de aço, passaram a ser utilizados na fabricação de esquadrias no Brasil. Somente há duas décadas atrás, as esquadrias começaram a ser industrializadas e de formatos padronizados.
O aço veio a substituir as antigas esquadrias de ferro, oferecendo várias vantagens e concorrendo em igualdade de condições de resistência e de desenvolvimento tecnológico com outros materiais
As esquadrias feitas sob medida, nas serralherias, não recebem qualquer tipo de tratamento superficial, sendo preciso superdimensionar as espessuras das chapas e perfis utilizados. Estas esquadrias requerem manutenção periódica e mesmo assim são mais fáceis de se deteriorar por oxidação que as esquadrias industriais.
Outro tipo de material utilizado é o alumínio, que surgiu no final do século XIX e hoje é o metal mais utilizado para diversas aplicações. No Brasil, só eram produzidas esquadrias de aço e de madeira devido á abundância de matéria-prima no país. O alumínio só foi introduzido na década de 50 apenas como um componente das esquadrias de aço. Com o desenvolvimento da tecnologia, as esquadrias de alumínio foram se aprimorando e ganhando espaço no mercado.
A intensificação do uso do alumínio em esquadrias se deve à facilidade de conservação do material, à sua leveza e grande resistência mecânica, que lhe permite facilidade de manuseio e colocação. Também à durabilidade do material, imune à ação das intempéries ou quaisquer outros agentes agressivos naturais como a maresia e a poluição.
Também difundido está o Policloreto de Vinila (PVC), que é o plástico mais utilizado na fabricação dos perfis para esquadrias em todo o mundo. As esquadrias de PVC começaram a surgir nos anos 50 e 60 na Alemanha Ocidental. No início o PVC foi pouco utilizado no mercado, mais só nos anos 70 houve uma fase de rápido desenvolvimento, atingindo 45% do mercado nos anos 80. A partir daí, o PVC propagou-se pela Europa e Estados Unidos, sempre conseguindo parcelas significativas dos mercados locais.
No Brasil, as primeiras tentativas de produção e comercialização de perfis de PVC datam de meados da década de 70. Porém, os produtos da época apresentavam características de qualidade consideravelmente diferentes das atuais.
Uma das principais características do PVC é a vantagem de que as cores utilizadas sejam conseguidas a partir da pigmentação da própria matéria-prima, não requerendo qualquer espécie de pintura após a fabricação. Durante muitos anos a cor do caixilho se mantém, com custos de manutenção mínimos, apenas com simples lavagens e sem precisarem de pintura ou repintura periódicas.
Outra matéria prima é o vidro plano, que foi inicialmente produzido no século XI. O processo artesanal não produzia um vidro de boa qualidade, apresentando distorções. Os métodos de fabricação do vidro foram se aperfeiçoando até hoje, onde podemos obter vidros de boa qualidade e transparência.
O vidro está presente na arquitetura sob diversas formas, desde sua aplicação em janelas, sob a forma de lâminas, chapas planas ou curvas, até sua utilização na forma de blocos e mesmo de fibras e podem ser usados para diversos fins.
Portas de madeira
Os marcos das portas de externas fazem-se de madeira dura, resistente às intempéries. No sul do Brasil emprega-se o louro, a cabriúva, o angico e outras essências. O cedro está sendo muito usado na atualidade em virtude da escassez e do alto preço das madeiras duras. O uso do pinho está restrito às construções de madeira.
As folhas fazem-se geralmente de louro, porém nas construções de menos importância ou quando há razões de economia, encontram-se também de cedro ou de madeira compensada. O pinho tem o inconveniente de empenar facilmente, exigindo o emprego de espessuras mais fortes.
Entre as principais madeiras utilizadas para produção de portas estão o Cedro; Peroba do Campo; Peroba rosa; Canela; Imbuia ;Jacarandá ;
Existe uma utilização crescente de madeiras amazônicas também no caso de esquadrias. As mais procuradas e de maior custo são o mogno e a cerejeira; contudo, outras espécies têm sido também empregadas, como o angelim e a cupiúba. As madeiras para esquadrias são escolhidas, em primeiro lugar, atendendo ao custo e a facilidade de manuseio e, depois, a durabilidade. O aspecto só influi nas madeiras que irão ficar aparentes, sem pintura. Alguns tipos de madeira valorizam o acabamento aparente.
Em geral são usados os tipos de madeiras: pinus (pouca resistência) e angelim (pesada e dura). Estas duas são madeiras mais baratas. As madeiras leves são madeiras mais caras: cedro-rosa, mogno, cerejeira. Estas três são madeiras mais nobres. Também podem ser usadas esquadrias mistas, como por exemplo, com o uso do compensado.
O freijó é bastante resistente às interpéries, e por isso é usado em esquadrias. Têm cor parda escura com veios pretos. A imbuia é uma madeira de lei que também pode ser empregada para este fim. O pinho é empregado principalmente em esquadrias externas. É perfumado e muito resinoso, resiste às interpéries e é de cor branco-avermelhado.
Madeiras utilizadas em esquadrias
Sem tratamento preservativo
Angico preto, Capriúva vermelha, Combarú, Coração de negro, Guarantã, Ipê-roxo, Jatobá, Piquiarana, Sapucaia vermelha, Vinhático, Capriúva parda, Caviúna, Copaíba, Faveiro,
Ipê-pardo, Mogno brasileiro, Piquiá, Sacambu, Sapucai amarela
Com tratamento preservativo
Canafístula, Freijó, Pelada, Pindabuna, Caovi, Oiticica amarela, Peroba rosa |