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REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°91 - AGOSTO DE 2005

Pisos

Industrialização viabiliza custo da madeira

Clássico, o piso de madeira nunca saiu de moda e hoje vai do maciço ao laminado. Com as sobras do assoalho comum se faz o taco e com este o parquê. Enquanto um assoalho de ipê chega a custar 45% mais do que tacos do mesmo material, a diferença entre os tacos e o parquet é de 22%. Preço mais acessível e colocação rápida tornam o laminado, o piso estruturado, o popular carpete de madeira, opções atraentes para quem deseja economizar.

O laminado é fabricado com a fibra da madeira encapada com papel no padrão escolhido e revestido de filme de óxido de alumínio. O carpete é um “sanduíche” de folhas no padrão escolhido, recheadas com chapas de madeira. O laminado custa de 10% a 15% menos do que o estruturado.

O parquet é, sem dúvidas, o mais versátil dos pisos. É resistente, fácil de aplicar e é adequado a qualquer estilo decorativo. Requer manutenção mínima e possibilita a restauração ao invés da substituição.

As características específicas de cada um dos principais tipos de pisos de madeira encontrados no mercado - assoalhos, carpetes, laminados, tacos e parquetes - variam bastante, apesar da semelhança entre eles após a instalação. O quadro abaixo identifica cada tipo:

Assoalho

Muito usado em áreas sociais, o assoalho pode ser natural ou composto por fibras e um tipo de resina. A madeira deve estar adequadamente seca de modo a evitar o envergamento com o passar do tempo.

Quanto aos assoalhos naturais, devem ser utilizados os assoalhos feitos com madeira mais escura, pois são mais duras e resistem mais ao tráfego pesado e aos cupins, comparando-se com as mais claras.

Na instalação, o primeiro cuidado é impermeabilizar o contrapiso para evitar que a umidade passe para o assoalho, provocando o apodrecimento precoce na madeira. Em seguida, há dois caminhos a escolher: parafusar as tábuas diretamente no contrapiso ou em barrotilhas de madeira chumbadas no contrapiso.

Em ambos os sistemas os parafusos ou pregos devem ser escondidos com cavilhas que são peças semelhantes a uma rolha, feita do mesmo tipo de madeira. O toque final é a raspagem do assoalho e a aplicação de sinteco, cera ou seladora.

Material: madeira

Finalidade: Residencial

Características: Durabilidade e conforto termo/acústico

Resistência: Média

Lavabilidade: Cera

Assentamento: Fixados com pregos sobre barrotilhas de madeiras fixas sobre contrapiso com argamassa.



Carpetes de madeira

Os carpetes de madeira normalmente são produzidos em compensados de jacarandá, jatobá, tauari, ipê e cerejeira imperial, espécies cujos veios apresentam grande beleza ou, ainda, em MDF. São encontrados no mercado nas espessuras de 2,5, 4,0 e 7mm. A madeira utilizada passa por um tratamento prévio. Inicialmente, a tora é desbastada, a casca retirada, e é cortada em blocos e cozida. Em seguida, as peças são laminadas em espessura de 1,5 a 2,0mm e levadas à estufa para secagem.

A seguir, é feito um tratamento à base de inseticida contra cupins e fungos, e só então as lâminas são coladas e depois prensadas. Entre a capa e a base é colocada uma sucessão de camadas de madeiras consideradas menos nobres.

Ao sair da prensa, a madeira é lixada e cortada. Como impermeabilização, as réguas recebem duas camadas de selador e são levadas ao forno ultravioleta. Por fim, é feito o acabamento em verniz acrílico importado, seguido por uma secagem no forno.

Dependendo de sua espessura, o carpete de madeira pode ser colado (2,5 e 4,0mm) ou encaixado pelo sistema macho-e-fêmea (7,0mm). As empresas associadas na venda deste material geralmente não se responsabilizam pela aplicação do carpete sobre outro tipo de piso que não seja o de cimento bem nivelado.

A única exceção é para o carpete flutuante de 7mm, que pode ser aplicado sobre tacos. Sua instalação requer cimentados ou tacos revestidos por uma manta de poliuretano, que também funciona como isolante contra umidade.

Para os demais carpetes, o indicado é preparar o contrapiso com uma argamassa a fim de corrigir as possíveis imperfeições. Em seguida, é aconselhável passar uma cobertura de cimento para deixá-lo totalmente liso. O tempo de secagem deve ser de três dias. Só então pode-se colar o carpete de 2,5 ou 4,0mm, ambos com o rodapé também colado, ou fixar o de 7,0mm, com rodapé parafusado na parede.

Para que o produto tenha uma vida útil mais longa, é recomendável a aplicação em locais onde o tráfego de pessoas é leve, como salas ou bibliotecas. O consumidor também tem a opção do tipo de desenho que será aplicado no ambiente. Porém, no caso de colocá-los em diagonal, a metragem necessária pode se elevar em até 20% em relação à aplicação em linha reta (devido ao desperdício de material que ocorre nesse tipo de aplicação, uma vez que as réguas são cortadas, resultando em pedaços inaproveitáveis).

Também o aumento do tempo médio de colocação, que costuma ser de 70m² por dia, desde que o imóvel esteja completamente pronto, faz com que o custo da mão-de-obra seja maior. Os rodapés, com opções de modelos e tamanhos, e os arremates, como as chapas, usadas para evitar empenamentos e ligar o carpete a outros pisos, normalmente não estão inclusos no preço.

Com acabamento final em verniz acetinado ou fosco, a manutenção do carpete de madeira é bem simples, bastando apenas um pano úmido com álcool para limpá-lo e conservá-lo bonito. Porém, alguns pontos devem ser levados em consideração:

• deve-se escolher bem a revenda para que não haja problemas posteriores como falta ou excesso de cola na instalação, contrapisos frágeis ou irregulares e ausência de espaço na dilatação;

• nunca se deve instalar o carpete de madeira em locais que tenha muita umidade;

• não deve ser instalado em locais onde haja incidência direta do sol;

• não colocar objetos muito pesados, como cofres, sobre o produto;

• produtos químicos, como solventes e ácidos, danificam o material.

Algumas

Angelim - Madeira dura, de cor castanha avermelhada clara, grã irregular, aspecto fibroso, textura grosseira, com cheiro e gosto indistintos. Apresenta-se resistente ao ataque de fungos e cupins.

Usos: Madeira amplamente usada na construção civil (carpintaria e marcenaria), interna e externa, inclusive esquadrias e assoalhos. Uso crescente na manufatura de móveis, inclusive móveis de boa qualidade, tanto em madeira sólida como em forma de lâminas decorativas. É usada também na fabricação de cabos de ferramentas, cutelaria e utensílios variados.

Imbuia - Cerne muito variável, indo do pardo-claro-amarelado ao pardo-escuro-avermelhado, normalmente com a presença de veios mais escuros, paralelos ou ondulados. Grã direita a reversa; superfície irregularmente lustrosa e lisa, odor característico e agradável; sabor amargo e adstringente.

Usos: contraplacado, pisos, prateleiras, objetos decorativos, mobiliário de luxo, peças torneadas, painéis compensados e divisórias. Em construção civil como vigas, caibros, ripas, marcos ou batentes de portas e janelas, molduras, lambris e similares; ou em partes externas como esteios, estruturas.

Peroba – Madeira amarela a amarelo-rosado, é pesada dura e durável.

Usos: interiores, decoração, pisos, painéis entalhes, esquadrias, móveis, peças torneadas, cabos de ferramentas, tacos, tábuas para assoalhos, vagões, carrocerias, e outros.

Sucupira - Durável e resistente ao ataque de fungos e cupins de madeira seca.

Usos: interior / exterior, pisos, escadas, cabos de ferramentas, construção civil e naval, móveis, faqueados decorativos, tacos para assoalhos, bilhar, tanoaria, dormentes, estacas, carpintaria, postes, laminados decorativos, esquadrias, lambris, vigas, caibros, ripas, dormentes, pontes, e outros.

Jacarandá-paulista - Madeira pesada, de cor castanha avermelhada escura, aspecto fibroso atenuado, textura grosseira e grã irregular, com gosto indistinto e cheiro agradável.

Usos: Por ser de aparência agradável, e possuir propriedades mecânicas entre alta e média, pode ser usada na construção civil pesada externa, na construção civil leve interna e esquadrias. Utilizada ainda como assoalhos domésticos, mobiliário de alta qualidade, laminados e compensados, na fabricação de instrumentos musicais, decoração e adorno.

Ipê - Cerne pardo-acastanhado ou pardo-claro, geralmente uniforme, sendo comum apresentar reflexos esverdeados. Superfície pouco lustrosa, medianamente lisa ao tato; textura de fina a média, uniforme; grã direita a reversa, cheiro e gosto imperceptíveis.

Usos: A madeira de Ipê pode ser utilizada em obras externas tais como postes moirões, estacas, esteios, dormentes, cruzetas, estruturas; em construção civil na forma de vigas, caibros, ripas, batentes ou marcos de portas e janelas, caixilhos, tacos, tábuas de assoalho e similares; mobiliário comum, peças torneadas, cabos de ferramentas, carrocerias, construção naval, instrumentos musicais, degraus de escada, bolas de boliche e bocha, e outros.

Muiracatiara – A madeira de cerne (âmago) avermelhado, demarcado com faixas castanho escuro em sentido vertical, de espaçamento variável, com belas figuras bem distintas. Grã regular, textura média, cheiro e gosto imperceptíveis. Recebe bom acabamento.

Usos: Construção civil pesada externa; Construção civil leve interna decorativa, tábuas assoalho, taco, móveis , embarcação (quilhas, convés, costado, cavernas); lâminas decorativas, cabos de ferramentas, cutelaria, utensílios domésticos, decoração e adorno.

Guariuba - Madeira moderadamente pesada; cerne de cor amarelo intenso passando para um tom castanho queimado com o passar do tempo bem diferenciado do alburno branco palha; recebe bom acabamento; um tanto difícil de desdobrar apresentando uma perda de fio da serra suave a moderada; boa de aplainamento; boa de colagem e fixação de parafuso; boa de processamento.

Usos: Lambris; painéis; molduras; mobiliário; embarcações (cobertura, pisos e forros ); chapas compensadas para partes internas de móveis, armários; forros; divisórias; cabos de ferramentas ( formão, plainas, martelos, pás, enxadas, etc.); cutelaria; facas; cepos; macetas, etc.

Andiroba - madeira moderadamente pesada; cerne castanho escuro um tanto uniforme; superfície ligeiramente áspera ao tato; grã direita às vezes ondulada; fácil de serrar; boa de colagem; recebe bom acabamento. O óleo dessa árvore é muito utilizado na medicina alternativa como cicatrizante.

Usos: Mobiliário, ebanisteria; vigas; caibros; ripas; tacos, tábuas de assoalho; tampos de mesa; cobertura, pisos e forros de embarcação; canoa; chapas compensadas para uso não-decorativo como para parte interna de móveis, ármários, forros e divisórias; tanoaria (barris, pipas, tanques); instrumentos musicais; marchetaria; escultura e entalhe; molduras.

Piquiarana - madeira pesada de cerne amarelo um tanto pardacento, pouco diferenciado do alburno; grã regular; textura média; cheiro um tanto acre quando recém cortado; gosto não pronunciado; durabilidade natural baixa.

Usos: Construção civil ( lambris, painéis, molduras, vigas, caibros); tacos e tábuas para assoalho; coberturas, pisos e forros de embarcações; cabos de ferramentas; cutelaria; utensílios domésticos; barris; tonéis; cubas.

Freijó - Madeira moderadamente pesada; cerne de cor pardo-castanho-claro; superfície um tanto lustrosa; um tanto áspera ao tato; grã direita; textura média; cheiro peculiar; sem gosto. Madeira fácil de desdobrar, boa de aplainamento e para colagem; fixação de prego um tanto regular.

Usos: lambris; painéis, molduras; cobertura, pisos e forros de embarcações; chapas compensadas para partes internas de móveis, armários, forros, divisórias; lâminas decorativas para face de compensado.

>Fontes: IPT, Portal Remade e ANPM.