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REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°90 - JUNHO DE 2005

Estados Unidos

Estados Unidos é principal parceiro comercial do Brasil

Durante décadas, móveis feitos com madeiras nobres como sucupira, mogno e jacarandá eram indispensáveis no mercado. Diante da crescente onda pela preservação ambiental e da fiscalização cada vez mais rigorosa para controlar a derrubada de matas nativas, consumidores do mundo todo têm optado por mobiliário ecologicamente correto. Hoje, para atender essa demanda, constata-se um aumento da oferta de móveis feitos com madeira extraída de florestas renováveis, principalmente de eucalipto. Uma tendência que vem conquistando até mercados conservadores como os Estados Unidos.

No Brasil, várias indústrias e lojas de móveis perceberam há algum tempo a mudança do mercado e passaram a utilizar como matéria-prima de seus produtos madeira de eucalipto.

Para o professor e pesquisador José de Castro Silva, da Universidade Federal de Viçosa, de Minas Gerais, a utilização intensiva de eucalipto na indústria moveleira representa boas perspectivas para a criação de empregos e renda, além de reduzir a exploração das florestas nativas. O País já domina as mais avançadas tecnologias em todas as etapas da cadeia produtiva do eucalipto – desde a semente até o processamento final do móvel acabado.No Brasil a área cultivada com eucalipto é de 3 milhões de hectares.

Na mesma linha, o grande volume das cerquinhas que separam os quintais das casas de classe média americanas sai de reflorestamentos de pinus plantados nos estados do Sul e Sudeste do Brasil. Além da madeira seca em estufas e cortada na medida-padrão das “cercas de privacidade” – como por lá são conhecidas as cerquinhas – as serrarias de vários estados brasileiros também exportam molduras, blancks, madeiras em finger-joint, portas e madeira serrada. Outro produto exportado e conhecido dos brasileiros apenas pelos filmes de Hollywood são as storm doors, aquelas portas com telas nas quais os americanos agregam um par de molas e instalam na entrada ou nos fundos de suas casas, precedendo a porta de entrada propriamente dita.

Parcerias

Os Estados Unidos é hoje o maior parceiro comercial do Brasil. No ano passado os Estados Unidos foram responsáveis por 21,1% das importações do Brasil, somando US$ 20 bilhões. A relação de importações também segue a mesma relação. O Serviço Comercial dos Estados Unidos tem como missão promover a exportação de bens e serviços norte-americanos, principalmente das pequenas e médias empresas, e auxiliá-las na busca de parceiros comerciais para expandir mercados e está presente em 83 países. Entre as diversas áreas de atuação do serviço está a de meio ambiente. com base em dados do Departamento de Comércio, estima-se que o mercado global de meio ambiente atinja a casa dos US$ 556 bilhões anuais. Os Estados Unidos têm 40% deste mercado, movimentado por 115 mil empresas – 95% delas de pequeno porte, com até 12 empregados e faturamento anual de US$ 5 milhões – que exportam, anualmente, US$ 20 milhões.

Os principais clientes das empresas de meio ambiente são os municípios. O mercado norte-americano, no entanto, “dá sinais de maturidade”, com a desaceleração do crescimento e aumento da concorrência entre as empresas, que, cada vez mais, buscam parceiros para investimentos em outros países.

No ano passado, quando assumiu sua função em Washington, o embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Roberto Abdenur constatou um claro esforço de busca de maior diálogo com o Brasil por vários setores do governo americano. A iniciativa privada, no entanto, embora otimista com relação à economia brasileira, ainda mostrava resquícios de desconfiança para realizar investimentos.

Para ganhar presença no mercado dos Estados Unidos, o Brasil precisa agora, de acordo com Abdenur, atacar áreas em que sua economia se faz pujante, porém sem presença adequada. O embaixador sugere a criação de um pólo para esforço permanente de promoção econômica e cultural do Brasil nos Estados Unidos, por meio de empresas, universidades e consulado. “O Brasil não é apenas vítima das barreiras impostas pelos Estados Unidos às suas exportações, mas também culpado por ter adotado uma abordagem falha daquele mercado”, observa o embaixador. Não existe uma crítica ao empresariado brasileiro, prejudicado por um ambiente macroeconômico desfavorável durante muitos anos. Mas defende o incentivo a um maior esforço de vendas dirigido aos segmentos do mercado americano que estão abertos a importações.

De acordo com o Relatório de Barreiras, que estima as dificuldades de acesso ao mercado americano pelos exportadores brasileiros e é divulgado anualmente pela embaixada, o Brasil tem 1,4% do mercado americano, nível semelhante ao obtido dez anos atrás e bastante inferior ao registrado em 1985, de 2,2%. Se o Brasil tivesse mantido sua participação, suas vendas aos Estados Unidos somariam hoje não US$ 21 bilhões, mas US$ 32 bilhões num mercado total de US$ 1,5 trilhão. “Parte do nosso potencial exportador é bloqueada por barreiras americanas em áreas em que temos grande capacidade de atuação, como o agronegócio .

Estados Unidos

Um dos maiores países do mundo, compreendendo a metade sul da América do Norte e ainda o Alasca, na ponta noroeste do continente, o arquipélago do Havaí, no Oceano Pacífico, e numerosos territórios dependentes situados nas Caraíbas e no Pacífico. A porção principal do país confina a norte com o Canadá, a leste com o Oceano Atlântico (e a Costa Leste dos EUA é o território mais próximo das Bermudas), fazendo fronteira marítima com as Bahamas, a sul com o Estreito da Flórida, que separa os EUA de Cuba, com o Golfo do México e com o México e a oeste com o Oceano Pacífico.

Os atuais Estados Unidos da América se originaram de 13 colônias do Reino Unido britânicas estabelecidas na costa atlântica da América do Norte, a partir do século XVII. Em 1776, uma revolta foi organizada pela classe dirigente dos colonos e seguiu-se uma guerra de independência contra os colonizadores. Em 1789, o país adotou uma constituição e assumiu a forma de uma república federativa, com grande autonomia para os estados federados. Durante o século XIX, novos territórios e estados foram sendo incorporados, ampliando as fronteiras até o Oceano Pacífico.

No mundo contemporâneo, os Estados Unidos configuram-se a única superpotência militar e econômica, com influência geopolítica em nível global. Pelos efeitos de sua influência cultural e política, têm sido acusados de imperialismo cultural.

Os Estados Unidos são uma República Federal. A nível federal, o poder executivo pertence a um presidente eleito por um colégio eleitoral, o poder legislativo pertence ao Congresso. O Congresso é constituído pela Câmara dos Representantes e pelo Senado. Cada estado tem direito a eleger dois senadores e um número de congressistas proporcionais à sua população. O poder judiciário pertence aos tribunais. Cada estado elege os membros do colégio eleitoral que, por sua vez, elege o presidente.

Os Estados Unidos estão divididos em 50 estados e um distrito federal. Cada estado, por sua vez, está dividido em condados, com exceção da Luisiana, em que as subdivisões se chamam "paróquias".

Sendo a terceira maior nação do mundo, a paisagem dos Estados Unidos varia grandemente: florestas temperadas na costa leste, mangais na Flórida, grandes planícies no centro do País, o sistema fluvial do Mississippi-Missouri, as Montanhas Rochosas a oeste das planícies, desertos e zonas costeiras a oeste das Montanhas Rochosas e florestas úmidas temperadas no noroeste da costa do Pacífico. As regiões árticas do Alasca e as ilhas vulcânicas do Havaí aumentam ainda a diversidade geográfica e climática.

O clima varia com a paisagem, de sub-tropical na Flórida à tundra no Alasca. Vastas porções do país têm um clima continental, com verões tépidos e invernos frios. Algumas partes dos Estados Unidos, em particular partes da Califórnia, têm um clima mediterrânico.



Economia



A economia dos Estados Unidos da América está organizada segundo o modelo capitalista e é marcada por um crescimento constante, baixas taxas de desemprego e de inflação, um grande déficit comercial e rápidos avanços tecnológicos. A sua economia pode ser vista como a mais importante do mundo. Vários países indexaram as suas moedas ao dólar, ou chegam mesmo a usar a moeda americana, e os mercados de capitais americanos são em geral encarados como indicadores da economia mundial.

O país tem enormes recursos minerais, com grandes depósitos de ouro, petróleo, carvão e urânio. Na agricultura, está entre os maiores produtores mundiais de milho, trigo, açúcar e tabaco, entre outras produções. A indústria americana produz automóveis, aviões e produtos eletrônicos. O maior setor econômico, no entanto, é o dos serviços: cerca de três quartos dos habitantes dos EUA trabalham nesse sector.

O maior parceiro comercial dos Estados Unidos é o seu vizinho do norte, o Canadá. Outros grandes parceiros são o México, a União Européia e nações industrializadas na Ásia, como o Japão, a Índia e a Coréia do Sul. O comércio com a China também é significativo.

Os EUA foram povoados a partir da costa leste, especialmente pelos ingleses que fugiam da perseguição religiosa da Europa. Na região Nordeste do país se formou uma megalópole, composta principalmente por Nova Jersey, Nova York, Buffalo, Philadelphia (Filadélfia) e Washington. Outro ponto com elevado crescimento populacional foi o Sul do país, na região do Texas, Arizona e Novo México devido à imigração muitas vezes clandestina de grupos hispânicos.

A cultura dos EUA tem uma grande influência no resto do mundo, e em especial no mundo ocidental. A música americana é ouvida em todo o mundo e os filmes e programas televisivos americanos podem ser vistos quase em todo o lado. Há aqui um contraste muito grande com os primeiros tempos da república, quando o país era visto como um território agrícola com pouco a oferecer aos centros culturalmente avançados do mundo da Ásia e Europa.

Com pouco mais de dois séculos de idade, quase todas as maiores cidades dos EUA oferecem instalações e atuações de música clássica e popular, centros de pesquisa histórica, científica e artística e museus, atuações de dança, musicais e peças de teatro, além de eventos ao ar livre e arquitetura de significado internacional. Este desenvolvimento é resultado de contribuições quer de filantropos privados, quer de fundos governamentais.

Os Estados Unidos são também um grande centro de educação superior, com mais de 1500 universidades, institutos superiores e outras instituições de ensino superior, cujos melhores exemplos estão entre as mais prestigiadas e avançadas instituições do mundo.