Com a presença de autoridades estaduais, regionais e representantes de órgãos e entidades do setor, foi realizado, no dia 25 de novembro, o I Seminário da Cadeia Produtiva da Madeira, uma realização da Universidade do Planalto Catarinense – Uniplac, em Lages, SC. O evento debateu mecanismos para o aperfeiçoamento da gestão produtiva em toda a cadeia produtiva do setor. Participaram do seminário mais de 200 representantes do setor madeireiro.
O evento contou com mesas redondas sobre: Política e Gestão na Cadeia Produtiva, Mecanismos de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento Tecnológico do Setor Florestal e Políticas Públicas e Privadas e ainda painéis sobre Estrutura da Madeira, Mercado e Tendências e a Geração de Energia através da Biomassa.
Paralelamente ao Seminário da Cadeia Produtiva foi montado um espaço destinado aos patrocinadores e parceiros da Universidade. Nesses stands as empresas estavam expondo produtos de destaque, além de manter um canal de diálogo com seus clientes.
A Uniplac ministra o curso de Engenharia Industrial Madeireira, um dos quatro do país. Esse curso, conjuntamente com o Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade, tem sido o suporte científico para a base florestal da Serra Catarinense, tanto no desenvolvimento de pesquisas de interesse das empresas quanto na formação e qualificação da mão-de-obra necessária para o avanço tecnológico do setor.
De acordo com o coordenador do curso de Engenharia da Madeira, Flávio José Simioni, a meta do Seminário foi oportunizar o debate e disseminação de conhecimentos e tecnologias para toda a cadeia produtiva da madeira. Simioni disse que após o evento seriam reunidas as entidades relacionadas ao setor para dar encaminhamento às políticas florestais debatidas no evento. “O seminário contribuiu para disseminar tecnologias e pesquisas e promover debates a fim de fortalecer o setor”, afirma.
Para o universitário e participante do Seminário, Leonardo Buratto, o evento está valorizando o produto madeira como uma das principais atividades da economia regional. "Este encontro é muito importante pois contribui para o crescimento regional e fortalece politicamente os segmentos da cadeia produtiva diante das decisões dos órgão públicos", comenta o estudante.
Dentro da programação do evento aconteceu a palestra sobre "Alternativas Bioenergéticas", ministrada pelo gerente comercial da Koblitz, Marcílio Reinaux. "Depois de extrair as tábuas de madeira para fazer o móvel, o madeireiro pode aproveitar os resíduos para outro destino, que é a geração de energia", incentiva.
Segundo Reinaux, a sobra de madeira produzida com o corte é de cerca de 40% a 45% do tronco da árvore. Até poucos anos atrás, essa biomassa residual era descartada, sem destinação, sendo uma parte queimada ao tempo, emitindo um gás poluente na atmosfera, que é o monóxido de carbono.
Outra quantia era depositada em alguma área, se decompondo ao longo dos anos e produzindo de forma espontânea o gás metano, que agrava o efeito estufa.
A tendência da evolução do consumo evidencia a exaustão da base florestal plantada em 8 anos a partir de 1998. Fica clara a necessidade de retomada do processo de recuperação de florestas plantadas e expansão da área, assim como a melhoria qualitativa pelo agregado genético.
O Seminário da Cadeia Produtiva da Madeira foi palco dessa discussão, que visa ampliar a difusão de conhecimentos e fortalecer a imagem do setor madeireiro.
A região serrana catarinense vive um novo ciclo de desenvolvimento com base em espécies florestais que necessitam de suporte técnico, para o qual a Universidade do Planalto Catarinense pretende ser o foco difusor desse conhecimento.
O I Seminário da Cadeia Produtiva da Madeira foi focado no fomento da geração e difusão de novas tecnologias do setor. A madeira é a principal atividade econômica da Serra Catarinense e a agregação de valor a esse produto pode ser a chave para o desenvolvimento sustentável, inclusive mantendo o produtor em seu local de origem. |
