De acordo com estudo do Ministério do Meio Ambiente, o Brasil precisa plantar 600 mil hectares de florestas por ano - o equivalente a um investimento de R$ 900 milhões - para ao menos suprir a demanda do mercado interno. Dados do setor mostram, no entanto, que a área deve crescer em 400 mil hectares neste ano e em 500 mil no próximo. Para manter o ritmo, especialistas apontam a necessidade de ampliar as importações de madeira. Hoje o Brasil importa US$ 80 milhões de madeira de países como Argentina e Uruguai.
Embora tenha papel de liderança como produtor e exportador mundial de celulose, o Brasil não atingiu a mesma eficiência quando o assunto é reflorestamento. No ano em que o Brasil está completando 100 anos de florestas plantadas, outros países que apenas recentemente adotaram a prática cultivam áreas maiores que a nossa. No Brasil são 5 milhões de hectares, enquanto a Indonésia, que iniciou o reflorestamento há nove anos, já plantou 9 milhões de hectares.
A Argentina conserva 33 milhões de hectares de florestas nativas, apenas um terço da superfície que possuía há menos de um século, afirma um estudo da secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável desse país.
O trabalho indica que, em 1914, havia 106 milhões de hectares de florestas. O avanço das atividades agropecuárias, o desmatamento e os incêndios provocaram um retrocesso das florestas em todo o território argentino, de 2,8 milhões de km².
Segundo o estudo, feito com base em imagens a partir de satélites, mapas, observação aérea e outros meios, uma das zonas melhor conservadas é a Patagônia, onde são abundantes áreas de florestas.
A Argentina é o segundo maior País da América do Sul com uma superfície de 2.780.400 km². Faz fronteira com o Chile, Bolívia, Paraguai, Brasil e Uruguai. A Argentina tem uma população de 33,6 milhões de habitantes vivendo mais de 10 milhões na capital, Buenos Aires.
Dada a grande extensão do país a paisagem apresenta uma grande diversidade, caracterizada por quatro grandes regiões. A norte, encontram-se as grandes planícies e algumas florestas sub-tropicais. Na grande região central da Argentina estão os vastos Pampas com os seus solos férteis. A oeste, em praticamente toda a extensão norte-sul do país, está a grande Cordilheira dos Andes com montanhas a atingir mais de 6000 m de altitude, sendo a maior, o Aconcágua com 6959m.
Ao sul do País fica a grande região da Patagônia, pouco povoada e inóspita. No sul da Patagônia fica a ilha da Tierra del Fuego que a Argentina reparte com o seu vizinho Chile.
A grande fatia da vida social e econômica fica para a grande capital, Buenos Aires, cosmopolita e sofisticada, centraliza-se a administração política do país e também os grandes meios financeiros. A área metropolitana de Buenos Aires tem mais de 10 milhões de habitantes que se estendem para além dos limites do Distrito Federal. Outras cidades importantes são Córdoba, Rosário, San Miguel de Tucumán, Mendoza. Nos arredores de Buenos Aires fica também La Plata e Mar del Plata que é a grande estância balnearia da Argentina. Mais para sul, na Patagônia, as cidades mais importantes, embora pequenas, são Trelew, Comodoro Rivadavia, Rio Gallegos e Ushuaia. Esta última, já na Tierra del Fuego, é considerada a cidade mais meridional do mundo.
Ao nordeste, dois grandes rios encontram-se perto de Corrientes. O Paraguai que vem do país com o mesmo nome e o Paraná, do Brasil. Junto à fronteira com o Brasil este rio forma um dos mais impressionantes sistemas de cataratas do mundo, as Cataratas de Iguaçu. Depois da confluência dos rios, segue um rio de grande caudal, ainda o Rio Paraná, em direção a Buenos Aires, onde na sua grande amplitude passa a chamar-se Rio de la Plata.
A era pré-colombiana da Argentina resume-se à vida sedentária de diversos grupos de indígenas como os Diaguita. Com a chegada dos espanhóis ao continente, a resistência dos índios nunca permitiu o estabelecimento de colônias na zona da atual Argentina. Em 1536, o explorador espanhol Pedro de Mendoza, acampou junto ao Rio de la Plata. No entanto, a sua expedição foi expulsa pelos índios Querandí e ele subiu o Rio Paraná até fundar a cidade de Assunção, onde os índios Guarani eram mais pacíficos. Mais de 40 anos depois, Juan de Garay conseguiu chegar à margem esquerda do Rio de la Plata onde fundou, em 1580, a cidade de Buenos Aires.
A colônia espanhola cresceu lentamente, sempre sob o domínio de Assunção. Assim, dada a sua pequena importância e controle, os comerciantes começaram a receber contrabando de barcos portugueses e britânicos. Finalmente, em 1776 os espanhóis promoveram Buenos Aires a capital do novo Vice-reino do Rio de la Plata. Em 1806 e 1807, as invasões inglesas alargaram os horizontes independentistas "creoulos" (espanhóis nascidos na América) e em 1810 houve uma revolução que depôs o Vice-Rei. Em 1816 as Províncias Unidas do Rio de la Plata declararam a independência, mas durante mais de uma década manteve-se um conflito entre os ricos proprietários de terras do interior e os progressistas de Buenos Aires. Nessa altura, o federalista Juan Manuel de Rosas, tomou o comando tirânico do país.
Argentina Ficha
Sistema de governo: presidencialismo
Língua: espanhol
Moeda: peso
Religião: 90% de católicos
População: 33.610.000
O País se estende das florestas fechadas do norte, atravessando as planícies dos pampas até os planaltos frios da Patagônia, ao sul. Sua maior produção, que é de cereais e pecuária, vem dos campos férteis dos pampas. O argentino é um povo caloroso, que gosta de música, de festa e de um bom churrasco, como seus vizinhos gaúchos.
O tango é provavelmente a forma de arte mais famosa da Argentina. Ele nasceu na metade do século XIX, com o surgimento de conjuntos de casas à volta da capital do país. Ali, camponeses do interior, imigrantes vindos da Europa e portenhos (pessoas nascidas em Buenos Aires) pobres formaram uma nova classe social. E, talvez ,como uma maneira de identificar a si mesmos como um grupo, desenvolveram novas expressões culturais, criadas a partir da mistura daquelas culturas tão diferentes. O tango surgiu assim, e a maneira de dançá-lo incluía códigos que apenas as classes trabalhadoras compreendiam. |
