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REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°86 - DEZEMBRO DE 2004

Mercado – Peru

Peru expande potencial florestal

As exportações peruanas tiveram , no último ano, uma baixa de 4,69%. A participação do setor florestal do País no PIB é de apenas 1%. A participação do setor florestal nas exportações madeireiras tem sido oscilantes, com rápido crescimento nos últimos anos, mas apresentando baixa atual. Observa-se que as exportações peruanas de madeira saltaram de US$ 25.9 milhões em 1996 para US$ 113.4 milhões em 2002. No entanto, no ano passado registrou uma baixa, chegando a US$ 108.2 milhões. O recuo não chegou a atingir a balança comercial que se mantêm estável.

No ano de 2003, do total das exportações madeireiras a Região de Loreto contribuiu com 14,82% (US$ 16,29 milhões), apresentando taxa de crescimento regional de 18%. A Região de Loreto está se convertendo em um pólo desenvolvimento das exportações florestais do Peru. A Região exporta madeira serrada de cumula, marupá e cedro, tendo os mercado americano e mexicano como principal destino. As mercadorias são despachadas por via fluvial. Em Loreto existe grande abundância de madeiras duras, bem como violeta, estoraque, cumaru, ipê e quinilla.

Os Estados Unidos são o principal mercado de destino para os produtos peruanos de madeira, com 54,37%. Mas, o mercado americano também apresentou baixa de 15,99% no comércio de madeira com o Peru, em 2003.

O segundo mercado do setor no Peru é o México com importações de madeiras serradas de virola, tornillo, cedro e triplay. Hong Kong é o terceiro mercado de destino das exportações peruanas de madeira duras para pisos principalmente cumaru, ipê, estorque e quinilla.

A madeira serrada é o principal produto exportado, aos Estados Unidos a espécie caoba é a mais vendida e para o México a espécies virola é a mais vendida.



Competitividade



A madeira peruana que se comercializa no exterior deve competir por um nicho de mercado com produtores da Ásia, África, Oceania e outros países da América do sul. Ao contrário do Peru, muitos destes países tem uma presença significativa no mercado mundial de madeiras tropicais. Por isso, os preços e as características que são dos produtos no mercado internacional são praticamente determinados pela Indonésia, Malásia, Tailândia e até pelo Brasil. Isto ocorre em função da demando dos mercados chinês, europeu e americano.

Em uma análise feita entre os Brasil, Peru e Bolívia, concluiu-se que o Brasil é o país mais competitivo dos três, no setor, seguido do Peru e depois a Bolívia.

Existe uma diferença alta dos os custos de produção entre Brasil e Bolívia (123%) e entre Brasil e Peru (74%). Os custos totais de madeira serrada na Bolívia alcançam US$ 315,8/m³ contra US$ 246,15/m³ no Peru e US$ 141,49/m³ no Brasil. Estes valores influenciam diretamente na capacidade exportadora de cada País, com vantagem para o Brasil.



Florestas Peruanas

Com quase 80 milhões de hectares de florestas o Peru ocupa o oitavo lugar entre os 168 países que compartilham os 2,5 bilhões de hectares de florestas da Terra. Na América Latina, é superado apenas pelo Brasil no que se refere à superfície florestal, mas não figura entre os 42 maiores exportadores de madeira. O País explora de maneira sustentável apenas 15% de suas florestas, ou seja, a média internacional. O Peru poderia receber anualmente, pelo menos, US$ 3 bilhões com a exportação de produtos de origem florestal. Atualmente, consegue apenas US$ 95 milhões. Noventa por cento da extração de madeira das florestas é realizada por 70 mil famílias, que operam com sistemas artesanais e a vendem a intermediários. O aparente paradoxo de subexploração madeireira e intensa depredação florestal pode ser explicado pelo fato de os colonos queimarem a cada ano cerca de 260 mil hectares de florestas naturais, para abrir lotes na selva.