Geração de negócios, um programa técnico extremamente abrangente e de alto nível, como também a visita de especialistas e pesquisadores do Brasil e do exterior. Este é o balanço do Congresso Internacional de Bioenergia, evento que aconteceu em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, de 18 a 21 de outubro de 2004. O evento reuniu mais de trezentos pesquisadores, empresários, dirigentes de empresas governamentais, professores e interessados na produção de energia a partir da biomassa no Brasil, nas Américas, na Europa e na Austrália/Nova Zelândia.
Destaque para a participação de representantes de vários estados do Brasil e de diversos países da Europa e Estados Unidos, incluindo a IEA Bioenergy, uma das mais importantes organizações mundiais na área de biomassa para energia no mundo. O evento abordou, em três dias, a peletização de biomassa, os fundos de investimento na área florestal, o biodiesel, a eletricidade a partir da biomassa, os projetos de mecanismos de desenvolvimento limpo, o carvão vegetal para siderurgia logística da biomassa. Um programa extremamente abrangente que contemplou tudo o que é importante na área de biomassa para energia.
Para o presidente da Renabio - Rede Nacional de Biomassa para Energia e coordenador técnico Laércio Couto, o Congresso permitiu a geração de um grande número de negócios durante o evento. Além disso, nivelou o conhecimento na área de biomassa para energia entre empresários, pesquisadores, professores, universitários, ONGs e organizações governamentais. “Agora todo mundo sabe o que buscar, onde buscar e com quem buscar”.
O Brasil está em um momento muito favorável, tendo em vista que estamos às vésperas da ratificação do protocolo de Kyoto. Isso significa um mercado mundial para os produtos brasileiros, incluindo os originários da biomassa – o álcool e a madeira. E muitos estados brasileiros, incluindo Mato Grosso do Sul tem posição estratégica para exportação de álcool e biodiesel. Esta posição é avalizada por Manoel Fernandes Martins Nogueira, professor da Universidade Federal do Pará, um dos conferencistas do Congresso Internacional de Bioenergia.
Segundo Nogueira, ninguém no mundo é capaz de produzir álcool e madeira tão barato como o Brasil. “Por causa da nossa técnica, da extensão do território e da natureza. Porém, a oportunidade só existe se montarmos uma estrutura para isso”, explicou. Para o superintendente de indústria e comércio da Seprotur (Secretaria de Produção e Turismo), Washington Luiz Valente, foi um privilégio receber o congresso na cidade porque bioenergia é um tema atual e importante, além disso, foi à primeira vez que um evento dessa natureza aconteceu no Brasil. De acordo com Valente, formas alternativas de energia estão sendo estudadas em todo o mundo e em Mato Grosso do Sul, isso não é diferente. A indústria do álcool e as universidades investem em pesquisas sobre o assunto.
O Congresso Internacional de Bioenergia foi uma Promoção do Governo do Estado do Mato Grosso do Sul, com a coordenação técnica da RENABIO e contou com a organização da Porthus Eventos. Os patrocinadores do evento foram: CNPQ, FINEP, CONFEA-CREA, Petrobrás, International Paper, Ramires Reflorestamentos, Koblitz, Banco do Brasil, SEPROTUR, Prefeitura de Campo Grande e Brasil Telecom |