Na década de 70, iniciou-se o processo de implantação de “maciços florestais” em Mato Grosso do Sul através dos Incentivos Fiscais, que alcançou uma área de aproximadamente 500 mil hectares localizados no corredor Ribas do Rio Pardo – Água Clara – Três Lagoas, compreendendo as espécies de eucalipto e pinus
O Estado de Mato Grosso do Sul tem cerca de 143 mil hectares de florestas plantadas, sendo 113 mil hectares de eucaliptos (79%) e 30 mil hectares de pinus (21%);
Os 113 mil hectares de florestas de eucaliptos produzirão uma estimativa de 28,2 milhões de estéreos, dos quais 26,3 milhões (93%) já estão de alguma forma comprometidos e, 1,9 milhões (7%) estão ou estarão disponíveis no mercado;
Os 30 mil hectares de florestas de pinus, estimativamente produzirão 10,4 milhões de estéreos, dos quais, acredita-se que, 2,2 milhões (21%) estão de alguma forma comprometidos e, 8,2 milhões (79%) estão disponíveis no mercado;A oferta de madeira de eucalipto no Estado já é praticamente inexistente e, o volume remanescente, estimado em 8,2 milhões de estéreos, estará exaurido dentro de 3 a 4 anos, considerando que só o consumo estimado do Estado é de 2,4 milhões de estéreos por ano;Considerando uma rotação de 6 anos para produção de madeira de eucalipto e, no mínimo, 10 anos para início de produção de madeira de pinus para usos mais nobres, as iniciativas de plantios de eucalipto já deviam terem sido tomadas a partir do ano 2000 e, as de plantio de pinus, a partir de 2002/2003;O consumo anual totaliza 4,4 milhões de estéreos, o que demandariam uma área anual de colheita de 15 mil hectares e, uma área de plantio de cerca de 100 mil hectares
De acordo com a Deliberação Cepa 003/2003 de 06/05/2003 , aprovada pelo Conselho Estadual de Política Agrícola e Agrária e Secretaria de Estado da Produção e do Turismo
Ficou estabelecido a articulação conjunta das instituições públicas e privadas , de formaintegrada para que concentrem esforços direcionados ao desenvolvimento sustentado do setor além de elaborar estudos e propor ações voltadas ao fomento da atividade florestal no âmbito do Mato Grosso do Sul.
•Consolidar a oferta de madeira de florestas plantadas
•Diversificar a matriz produtiva dos setores primário e secundário;
•Possibilitar a ampliação do parque industrial de base florestal
•Promover a recuperação de áreas degradadas;
•Aumentar a oferta de empregos tanto nas propriedades rurais quanto nas indústrias transformadoras;
•Elevar a rentabilidade e a renda dos estabelecimentos rurais do Estado.
Entre as vantagens comparativas apresentadas estão o solo e clima favoráveis;
( 100% mecanizáveis / chuvas regulares pouco déficit)
Disponibilidade de terras ; ( + de 9 milhões de hectares de pastos degradados / baixa produção) Possibilidade de parcerias
•Disponibilidade de mão-de-obra; (Parceria SENAI)
•Conhecimento científico e tecnológico;
•Produtividade;
•Capacidade organizacional da iniciativa privada;
•Mercado;( mais de 50 serrarias/laminadoras/Agroindústria )
•Ambiente político, social e ambiental favorável;
Os próximos passos estão alicerçados na aprovação do “Programa Reflorestar”, além de viabilizar recursos para elaboração do Planejamento Florestal para o estado , mostrando as vantagens comparativas para atrair a industria de base florestal
Também está proposta a aquisição e distribuição de mudas ao produtor rural para incentivar a atividade , num investimento de até R$ 600 mil por ano.
Seringueira
Com a instituição do Programa de Incentivo à Produção de Borracha Natural - PROBOR III) a partir de 1982 foi incentivada a implantação de seringais em Mato Grosso do Sul para a produção de látex com a previsão de comercialização com a indústria Michellin localizada em Mato Grosso, próxima à divisa Norte.
Em 1988 estimava-se uma área plantada com a seringa de aproximadamente 700 ha.
Erva Mate
Planta nativa da região sul do Estado, é tradicionalmente consumida em Mato Grosso do Sul e o mercado está em aparente expansão, porém as indústrias de processamento das folhas estão tendo que buscar matéria prima na Argentina porque a produção estadual não é suficiente para atender a demanda atual.
Por todos os aspectos constata-se que o mundo precisa de madeira (Biomassa , Celulose e Papel , Carvão , Construção , Moveis etc.. ) O Brasil pode ser e dever ser um grande fornecedor de madeira a médio prazo e a madeira deve ser um importante produto na pauta das exportações Brasileiras
Em termos de produtividade e tecnologia de produção de florestas (Pinus e Eucalyptus) o Brasil está na ponta . E o Mato Grosso do Sul pode ser um grande produtor de produtos florestais.Luiz Calvo Ramires Jr., coordenador da Câmara Setorial de Florestas do MS e diretor da Ramires Reflorestamentos Ltda.
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