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REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°83 - AGOSTO DE 2004

Editorial

Em defesa do esclarecimento

A indiscutível vocação florestal do Brasil projeta nosso país como um dos grandes fornecedores mundiais de madeira e seus produtos. A floresta tropical da Amazônia possui oferta ilimitada, se aplicado sistemas de controle e manejo sustentado. Entretanto a pressão mundial, a desinformação em nome do meio ambiente, e as limitações impostas pelos mercados dificultam sua expansão.

Surge neste contexto às florestas plantadas, processo iniciado há quatro décadas com incentivos fiscais, e hoje uma realidade presente em quase todos os estados brasileiros. Inicialmente, o Pinus e o Eucalipto foram introduzidos para suprir necessidades de segmentos industriais, sem qualquer comprometimento com seu uso múltiplo.

Hoje, somente em Pinus estão plantados 1,8 milhão de hectares. A pesquisa e a tecnologia foram priorizadas com foco no uso múltiplo. Inquestionável é sua importância econômica para o setor, embora ainda pairam junto a opinião pública dúvidas e mitos.

Em 2003,o setor de base florestal ( madeira, móveis, papel e celulose) foi responsável por US$ 5,6 bilhões em exportações. Deste total cerca de 40% foram produtos que tem no Pinus a sua matéria prima. Na oferta de empregos este percentual sobe para 50% dos empregados que dependem do Pinus como matéria prima. Este mesmo percentual se mantém próximo no recolhimento de impostos.

A demanda atual é de 40 milhões m3 por ano, sendo que 27 milhòes de m3 são absorvidos pela madeira sólida. Mais especificamente para produção de molduras ( 34%) e móveis ( 24%). Os estados do Paraná e Santa Catarina, além de possuírem os maiores plantios florestais de Pinus, são também os maiores consumidores, absorvendo 80% do total.

Outros fatores se somam a este, confirmando a importância do Pinus no conjunto da economia nacional e nas exportações. Além disso, o Pinus adota o mesmo sistema de outras espécies agrícolas, diferenciando-se apenas no maior prazo de seu ciclo produtivo. A integração com outras culturas agrícolas e até mesmo a pecuária é perfeitamente viável.

Os mitos e dúvidas que este gênero apresenta devem ser esclarecidos. A sociedade brasileira precisa ser melhor informada. Somente assim teremos um crescimento sustentado e integrado, diminuindo a pressão sofre as florestas nativas e preservando nosso meio ambiente.