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REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°83 - AGOSTO DE 2004

Transporte

Avaliação técnica da extração otimiza custos

Na atividade florestal, a colheita de madeira é a etapa mais importante do ponto de vista econômico e pode ser descrita por três fases básicas: corte/processamento, extração e transporte. Uma análise técnica e econômica destas fases, com ênfase no transporte por forwarder em diferentes medidas de toras, pode contribuir para a redução de custos.

No Brasil, a modernização das operações florestais, principalmente, aquelas que fazem parte do processo de colheita e transporte de madeira, iniciou-se na década de 70 com a produção de maquinário de porte médio e leve para fins florestais pela indústria nacional, como por exemplo, as motosserras e gruas carregadeiras.

A mecanização da colheita de madeira, embora não seja a única forma de racionalização e controle da evolução dos custos, pode proporcionar reduções drásticas em prazos relativamente curtos tendo um lugar de elevada importância nos esforços de aumentar a produtividade e humanização do trabalho florestal.

Independentemente, do método de depreciação utilizado, a carga anual de depreciação é função do custo de aquisição, da vida útil estimada e do valor residual. O método de depreciação utilizado foi o linear, onde o valor depreciável é obtido ao subtrair do valor de aquisição do bem o seu valor residual.

Nota-se que o tempo médio de carregamento e de descarregamento variou conforme o comprimento da tora. O maior tempo foi para toras de 2.8 m de comprimento, com 0.320 e 0.110 hora, respectivamente. Para os comprimentos de 4.0 e 5.5 m, o tempo foi de 0.200 e 0.066 hora, respectivamente. Essa diferença se deve ao fato de que no comprimento de 2.8 m terem sido colocados dois fardos com toras na carreta, enquanto nos de 4.0 e 5.5 m, apenas um fardo. Os tempos de viagem com e sem carga foram os mesmos para os três comprimentos de toras, ou sejam, 0.015 e 0.008 hora, respectivamente. Pode-se observar que o ciclo total de operação e a produtividade do forwarder variaram em função do comprimento da tora e da distância de extração. A produtividade foi sempre maior no maior comprimento de toras, na mesma distância.

Comparando-se a extração de toras de 4.0 e 2.8 m, nota-se que o tempo do ciclo operacional de 4.0 m foi inferior ao de 2.8 m, todavia as produtividades de ambos foram similares.

Ao comparar a extração de madeira nos três comprimentos de toras, observa-se que com 5.5 m, a produtividade é, em média, 23% superior ao de 4.0 metros e, em média, 52% superior ao de 2.8 m. A produtividade para as toras de 5.5 m e um volume por árvore de 0.09 m³, é aproximadamente, igual para as toras de 4.0 metros em um volume por árvore de 0.19 m³.

Observa-se que para um mesmo volume por árvore, o custo de produção para toras de 5.5 m é 21.89% inferior ao de toras de 4.0 m e 95% inferior ao de toras de 2.8 m.

Pode-se observar, também que o custo de produção do Forwarder é inversamente proporcional ao volume por árvore. O custo de produção é mais sensível, ainda, para a situação de toras de 2.8 metros de comprimento.

Pode-se observar, também, que para um mesmo volume por árvore, o custo de produção é sempre menor para as toras mais compridas (5.5 m).

Conclui-se que os forwarders ,operando com toras de 5,5 m de comprimento, são mais produtivos do que nos comprimentos de 4,0 e 2,8 m, na mesma distância de extração; a produtividade do forwarder cresce inversamente proporcional à distância de extração em um mesmo comprimento de toras e; o volume por árvore e o comprimento das toras tem uma relação inversa com o custo de produção do forwarder. Maiores comprimentos de toras e volumes por árvore traduz-se em menores custos de produção.



Sérgio Luis Martins dos Santos , Klabin Bacell ; e Carlos Cardoso Machado, professor da Universidade Federal de Viçosa