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REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°80 - ABRIL DE 2004

Organização

Planejamento estratégico equilibra finanças

O planejamento empresarial é um fator básico para estruturar uma empresa, mas deve ser feito de forma correta seguindo uma metodologia eficaz. Deve partir de uma análise profunda de todos os ambientes da empresa. Quando bem elaborado e aplicado adequadamente o planejamento pode salvar a empresa de imprevistos desagradáveis e, ainda, incrementar os lucros, reduzindo os gastos desnecessários.

De acordo com o consultor especialista em logística e desenvolvimento organizacional Cristiano Cecatto, a busca desesperadora pelo lucro é tão grande que as empresas se esquecem, ou põem de lado, fatores importantíssimos para o seu sucesso. O planejamento estratégico é o processo que realmente mobiliza as pessoas e a empresa para construir seu futuro.

O estabelecimento da visão do negócio que ocorrerá quando estratégias não convencionais forem consideradas. Quatro componentes são fundamentais para a escolha de uma boa estratégia: clientes, fornecedores, concorrentes e a empresa. Uma estratégia pró-ativa freqüentemente começa com objetivos de negócio e com requisitos de serviço aos clientes. Cada elo da empresa deve ser planejado e balanceado com todos os outros, em um processo integrado de planejamento. O projeto do sistema de gestão e controle deverá completar o ciclo de planejamento da empresa.

Existem várias fases de planejamento, entre elas a estratégica, a tática e a operacional. Porém, todas devem responder aos questionamentos: o quê, quando, como e onde.

O planejamento estratégico é considerado como sendo o de longo alcance. Devido ao período de execução maior, o planejamento estratégico opera com dados que são, freqüentemente, incompletos e imprecisos.

O planejamento tático envolve um horizonte de tempo intermediário, geralmente um ano ou menos. Já o planejamento operacional é considerado a tomada de decisão de curto prazo. Nesse último tipo de planejamento, é comum encontrarmos dados precisos, e seus métodos devem ser capazes de manipular um grande volume de dados.



Posicionamento Estratégico

A eficácia operacional é extremamente importante e tem grandes repercussões nos resultados de qualquer organização, que, de modo geral, tem-se tornado mais enxuta e ágil para o desafio do mercado. Porém, a ênfase denotada destas ações ocorreu em detrimento da atenção ao posicionamento estratégico dos negócios, por ter sido considerado muito estático para atender as necessidades atuais das empresas.

Esta afirmação, no entanto, além de mostrar-se muito simplista, ocasionou o distanciamento das empresas do conceito que pode ser considerado o “coração” da estratégia e que foi responsável pelo sucesso inicial de maioria das empresas, que por meio de uma posição estratégica única, o que envolve compensações definidas e escolhidas, obtém uma diferenciação e uma posição definida e reconhecida pelo mercado.

Estratégia é a criação de uma posição única e de valor, envolvendo um conjunto diferente de atividades. Se houvesse apenas uma posição ideal não haveria necessidade de estratégia. A essência do posicionamento estratégico é escolher atividades diferentes daquelas dos concorrentes. Se o mesmo conjunto de atividades fosse o melhor para – produzir todas as variedades de produtos, - satisfazer todas as necessidades e permitir o acesso a todos os consumidores, então as empresas poderiam facilmente trocar suas estratégias entre si e a eficácia operacional determinaria o desempenho, até que todas fossem iguais.



Planejamento de comunicação

Para o Psicólogo especializado em Administração de Empresas, Bernardo Leite Moreira, o planejamento empresarial, de informações e de informática na empresa representam sua organização e perenidade no mercado, visando disponibilizar permanentemente informações nos seus diversos níveis de tomada de decisões.

A relação entre planejamento empresarial e a informação é de sinergia ou integração total. A informação deve ser coerente em todos os níveis de planejamento, ou seja, estratégico, tático ou gerencial e operacional. Pois ela está presente em toda a empresa, contemplando ainda o seu meio ambiente externo.

Fundamentalmente para elaborar um planejamento de informações e de Tecnologia da Informação é necessário planejamento empresarial, pois as informações são parte da empresa e de seu ambiente interno e externo. O planejamento empresarial pode ser estratégico (PE), tático ou gerencial (PT ou PG) e operacional.

As estratégias que fundamentam o Planejamento Estratégico Empresarial são de longo prazo. O tempo para definir longo prazo está relacionado diretamente com o negócio empresarial, variando de empresa para empresa. Na média, convenciona-se um tempo entre 3 a 5 anos para planejamento, com prazos de revisão médio entre 3 e 6 meses, salvo situações emergenciais de ameaças e/ou oportunidades.

Todos os planejamentos devem ser elaborados em equipe multidisciplinar, mesclando e unindo as diversas áreas do conhecimento, contemplando também o domínio das funções empresariais.



Tecnologia da informação

O planejamento empresarial, juntamente com as estratégias empresarias e as estratégias de tecnologia da informação devem estar alinhadas, ou seja, integradas e com sinergia entre si. A tecnologia da informação deve desempenhar um papel estratégico e agregar valores aos seus produtos e/ou serviços, promovendo vantagem competitiva sobre seus concorrentes. O trabalho conjunto, harmonioso e competente relacionado com estratégia empresarial e informação facilita muito o planejamento empresarial e a gestão integrada da respectivas TI empregadas.

Os planejamentos podem ser graficamente representados, contemplando o Planejamento Estratégico Empresarial (PEE), Planejamento Estratégico das Funções Empresariais (Produção e/ou Serviços, Comercial, Materiais, Financeiro, Recursos Humanos e Jurídico Legal), Planejamento Estratégico de Informações (PEI) ou o Plano Diretor de Informática (PDI) e os respectivos Planos de Operacionais de Ação dos Sistemas de Informação (SI), Tecnologia da Informação (TI) e Recursos Humanos ou Pessoas (RH), coerentes entre si.

A grande proliferação de equipamentos por toda a empresa e a difusão da tecnologia da informação nos diversos níveis e áreas de negócios da empresa, dão forte motivação para que se faça um planejamento estratégico empresarial e de informações.



Planejamento

É cada vez maior o número de empresas que diante da complexidade no cenário empresarial e de tantas turbulências e incertezas, estão buscando ferramentas e técnicas para que as auxiliem no processo gerencial. O Planejamento Estratégico é uma dessas ferramentas. Ao contrário do que alguns pensam, esta contempla as características das pequenas e médias empresas. Nas empresas competitivas verificamos que, uma importante condição para sua sobrevivência está ligada à clara definição de seus objetivos e ao traçado antecipado dos possíveis caminhos a serem percorridos para atingi-los.

Existem diversas metodologias a serem aplicadas. O especialista em marketing estratégico, Nildo Leite Miranda Filho, recomenda o método que segue as seguintes etapas:

Sensibilização, a equipe que irá elaborar e implementar o P.E. mostrando-lhes a necessidade, as vantagens e o papel de cada um.

Definição da Missão, ou seja, a razão de ser da empresa, respondendo questões, tais como: por que existimos, quem somos, qual a nossa função na sociedade.

Identificação dos fatores chaves para o sucesso. Estes são os principais fatores que podem influenciar o desempenho da empresa e dos quais depende o sucesso do P.E..

Diagnóstico estratégico ou auditoria de posição. É a avaliação real da posição da empresa. Nesta etapa deverão ser considerados os aspectos internos e externos com dados consistentes e verdadeiros. Inicialmente deve-se fazer o levantamento de dados internos da empresa como: trajetória, modelo de gestão, estrutura e ambiente organizacional. Também são importantes os resultados nas áreas comercial e financeira advindos das estratégias e operacionalização, da sua qualificação técnica e evolução, e dos seus processos produtivos. Feita a coleta e análise desses dados, serão identificados os pontos fortes e fracos. Os fortes serão, posteriormente, bastante explorados e terão o reforço de outros que serão desenvolvidos. Os fracos deverão receber tratamentos para que sejam minimizados ou eliminados. Para a coleta e análise de dados do ambiente externo devemos focar os fatores relacionados aos fornecedores, distribuidores (se for o caso), concorrentes, consumidores e clientes e as variáveis que podem impactar, a empresa a exemplo da economia e da política, da legislação pertinente, ciência e tecnologia, aspectos climáticos, cultura, demografia, ecologia e outros.

Definição de objetivos. Nesta fase deverão ser listados os objetivos a serem alcançados. Deverão ser qualitativos e quantificados, reais e desafiadores quando referirem-se em termos de vendas, participação de mercado, lucro, e outros dentro do período previsto do planejamento.

Elaboração das estratégias. Esta é a fase em que deverão ser consideradas todas as etapas anteriores, caso contrário não haverá consonância. Visar sempre proporcionar aos clientes mais valor que o oferecido pela concorrência.

Planos de ação. Implementam as estratégias através de instruções claras estabelecendo-se o que, como, quando, quem será o responsável, quanto custará e o cronograma a ser seguido.

Controle. Deverá ser freqüente para conferir se as ações estão sendo executadas. Esta é a fase em que são medidos os desempenhos, checados os orçamentos, obtidas e analisadas as informações de cada responsável, apresentação de medidas para correção de rumo, caso seja necessário.

A estruturação do processo de P.E. será eficiente, eficaz e efetivo para uma empresa se der o suporte necessário para a sua tomada de decisões. A agilidade freqüente e contínua da empresa, em sintonia com as variáveis do seu ambiente, será a melhor forma de se minimizar a probabilidade de que as mudanças se constituam em surpresa. A flexibilidade do processo permitirá beneficiarem-se de oportunidades, existentes ou futuras, e prevenirem-se de ameaças reais ou potenciais.