O Laboratório de Produtos Florestais (LPF) do Ibama comemorou 30 anos de atividades, desenvolvendo pesquisas e trabalhos na busca de alternativas para a promoção de soluções inovadoras referentes à utilização de madeiras brasileiras, principalmente as espécies não convencionais. Os projetos idealizados pelo LPF neste período, em alguns casos com outros parceiros, transformaram-se em produtos inovadores desenvolvidos pela iniciativa privada. São exemplos a cola de tanino, resultante de um projeto iniciado na década de 1970, e as gaitas diatônicas, desenvolvidas a partir do projeto Avaliação de Madeiras Amazônicas para a Utilização em Instrumentos Musicais.
Entre os projetos desenvolvidos pelo LPF destacam-se: projeto de Desenvolvimento de Adesivos Alternativos a base de Tanino (1977); a participação em comissões de estudo para elaboração de normas técnicas da ABNT (1980) e estudos de madeiras brasileiras na confecção de instrumentos musicais, iniciados em (1982), com a publicação do livro Classificação de Madeiras para Instrumentos Musicais. O trabalho foi retomado em 2002 com o projeto Avaliação de Madeiras Amazônicas para Utilização em Instrumentos Musicais.
No período de 1988 a 1990 o LPF desenvolveu e executou o projeto de módulos de madeira para abrigo de pesquisadores na Estação Científica Brasileira Comandante Ferraz, no continente Antártico. Em 1991 foi desenvolvido o módulo de madeira “Rebio Rocas”, que implantou estruturas que servem de base para pesquisadores e servidores do Ibama na Reserva Biológica do Atol das Rocas.
O LPF promove, ainda, prêmios, como o Ibama/Movesp de Madeiras Alternativas, substituído em 1996 pelo prêmio Ibama/Movelsul, com a realização do concursos a cada dois anos, visando os moveleiros a utilizarem madeiras pouco conhecidas. Ainda dentro da proposta de incentivo ao uso de novas madeiras para a fabricação de móveis, o LPF lançou em 1977 a exposição de Madeira em Design e instituiu a edição única do Prêmio Nacional de Madeiras da Amazônia Móveis e Design.
O LPF possui hoje, Xiloteca com 4.526 espécimes de madeiras referentes a 123 famílias, 729 gêneros e 1.830 espécies. Um laminário com quatro mil lâminas permanentes, composto por 116 famílias, 186 gêneros e 398 espécies, além de material de herbário, que se destaca pela representatividade das madeiras tropicais da Amazônia.
Além do LPF, estudiosos como o engenheiro florestal Paulo Ernani, da Embrapa e Harri Lorenzi do Instituto Plantarum, entre outros vêm contribuindo para enriquecer os conhecimentos dos empresários do setor em relação as espécies alternativas.
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