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REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°76 - SETEMBRO DE 2003

Móveis

Cresce presença da China no comércio mundial de móveis

De 1995 a 2002 a média de crescimento anual da produção de móveis da China excedeu em 10%. Em 2001 a produção registrou crescimento de 16% e crescimento em 2002 de 18%. O consumo de mobiliário tem crescido a uma média de mais de 8% ao ano desde 1995. A média de crescimento anual das exportações para os últimos cinco anos foi de mais de 18%. Estima-se que nos próximos 7 anos o setor moveleiro crescerá a uma taxa média de 10%, atendendo um mercado que poderia ser avaliado em US$ 24 bilhões de dólares até 2010. Os consumidores chineses estão tornando-se altamente abertos a marcas de design estrangeiro e conseqüentemente espera-se que as importações aumentem. As exportações também têm previsão para aumentarem com o melhoramento de infra-estrutura, aumento dos níveis de produtividade e companhias estrangeiras, envolvendo-se mais no mercado chinês.

Conforme os níveis de produtividade aumentam, o mercado chinês exige um aumento associado na quantidade de matérias primas e tecnologia. Já existe uma quantidade considerável de negócios estrangeiros nestes setores, apesar de ultimamente as companhias chinesas terem diminuído suas importações de maquinaria para madeira.

Nos últimos dez anos os negócios internacionais da China têm aumentado regularmente.Em uma indústria que tem uma produção global no valor de US$ 200 bilhões, a China atualmente produz 7,9% dos móveis do mundo. É o 5º maior país do mundo em produção moveleira , e a produção contínua crescendo com os investimentos recentes na construção de novas indústrias.

Em 1996 as exportações de móveis da China totalizaram US$ 1,29 bilhão. Em 2001, este valor foi para US$ 3,95 bilhões. As exportações aumentaram em mais de US$ 2 bilhões de dólares em seis anos. A quantidade de dólares em móveis exportados pela China colocaram o país na 10ª posição na escala mundial em 1995. Com seu aumento nas exportações, está agora na 4ª posição, atrás apenas da Itália, Alemanha e Canadá.O crescimento das exportações de 2000 a 2001 foi de 11% (de US$ 3,56 bilhões para US$ 3,95 bilhões).

As exportações são destinadas principalmente para os países da América do Norte; Ásia Pacífica; e União Européia.

Em 2001 a América do Norte respondeu por 54% das exportações, a Ásia Pacífica contabilizou 31% do total. Os móveis de cozinha diminuíram levemente, de 5% das exportações totais em 1996 para 4% das exportações totais em 2001.

Em 2001, móveis estofados contabilizaram 11% das exportações, no valor de US$ 448 milhões. As exportações de móveis para dormitórios aumentaram de 7%, em 1998, para 9% em 2001. Partes de móveis (excluindo assentos) permaneceram bem constantes em 6% das exportações em 2001.

EXPORTAÇÕES

Os Estados Unidos são o maior destino dos móveis chineses (51% do total). Os principais ítens das exportações para os Estados Unidos são móveis domiciliares de madeira e metal. Com a capacidade de expansão de produção na China antecipa-se que as exportações de móveis para os Estados Unidos continuem a aumentar em 2003. O segundo maior parceiro de negócios é Hong Kong (14% das exportações chinesas). Muitas das exportações que vão para Hong Kong são depois re-exportadas e este valor deve ser incluído como parte dos valores de exportação da China. 99% das exportações para Hong Kong em 2001 foram re-exportadas. O terceiro maior destino das exportações é o Japão. Conforme as exportações chinesas aumentaram nos últimos cinco anos, também as importações japonesas e tanto quanto a porcentagem da China permanece estável em 10% desde 1997.

A União européia absorve 12% das exportações da China. E isto é feito predominantemente pelo Reino Unido, Alemanha, França, Holanda, Itália e Bélgica.

Outros mercados são o Canadá (3% das exportações) e Taiwan com 3% também.

IMPORTAÇÕES

O valor das importações de móveis cresceu em 40% de 1999 para 2000 alcançando US$ 151 milhões de dólares. Isto diminuiu levemente em 2001 (13% de crescimento) com as importações crescendo no valor de U$ 174 milhões. Em 2002 as importações cresceram em 14% comparadas com 2001. Análise da origem geográfica das importações de móveis da China mostram que a região do Pacífico Asiático está perdendo sua importância.No último ano a região forneceu somente 34% das importações de móveis da China comparadas com 67% em 1996. No mesmo período a porcentagem de importações fornecidas à União Européia aumentou (45% 2001 de 19% 1996). A porcentagem total das importações da América do Norte também aumentou., mas não tão acentuadamente ( 17% em 2001 de 12% em 1996).Com o número de consumidores chineses que podem comprar móveis importados, a demanda por marcas européias de alta qualidade aumentarão. O aumento mais significativo (porcentagem) desde 1996 foi o crescimento nas importações de móveis de cozinha, que aumentaram em 80% de 2000 a 2001. No mesmo período, houve uma retração considerável nas importações de móveis de escritório (12% em 2001 comparados com 27% em 1996).

No último ano, mais de 58% das importações de móveis vieram de três países: Alemanha, Estados Unidos e Taiwan. A porcentagem de móveis importados para a China da Alemanha aumentou nos últimos 6 anos (28% pelo valor em 2001 comparados com 7% em 1996).

A grande maioria destas importações são partes de móveis (US$ 41 milhões de dólares). A China importa o segundo maior valor de móveis dos Estados Unidos (20% em 2001). Partes de móveis são os maiores componentes, avaliados em US$ 24 milhões. Os Estados Unidos são o exportador líder de móveis de escritório para a China (US$1,4 milhões). Contudo houve uma queda de 17% de 2000 para 2001.De acordo com dados, dentro da região asiática, a China importa principalmente de Taiwan ( o terceiro maior destino das importações de móveis para a China, atrás da Alemanha e dos Estados Unidos). Em 2001 as importações de móveis de Taiwan para a China aumentaram em 19% desde 2000. A China também importa grandes quantidades de móveis do Japão e em 2001 a importações aumentou em 48% em relação ao ano anterior. Partes de móveis totalizam 85% das importações da China vindas do Japão. A Itália reforçou sua posição no mercado chinês nos últimos anos.

As importações da Itália têm crescido regularmente, e nos últimos cinco anos cresceu uma média de 32% ao ano. A principal fonte chinesa de móveis estofados é a Itália, em um valor um pouco maior que US$ 1 milhão de dólares, representando 36% das importações de móveis estofados totais da China.

Setembro/2003