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Editorial |
Em defesa do setor |
Por muito tempo tem se falado na forma agressiva e danosa que a exploração econômica da floresta Amazônica tem ocorrido. Os movimentos ambientalistas internacionais nunca pouparam críticas severas ao sistema de exploração florestal e, na maioria das vezes, o grande responsável apontado foi o madeireiro. Um estudo recente, de conhecimento de autoridades internacionais, comprova que o maior causador de prejuízos ao sistema de exploração da floresta amazônica é a pecuária, com a implantação de grandes áreas de pastagens. Juntamente com a agricultura, este sistema econômico altera completamente as características da biodiversidade local.
As indústrias madeireiras que possuem um sistema de manejo florestal eficaz ainda são poucas, mas o empresário do setor sabe que a continuidade de sua atividade depende da floresta. E, mesmo com sistemas que não usam critérios de extração e exploração florestal adequados, os danos a este ecossistema são muito inferiores a pecuária ou a agricultura.
O Brasil, pelas condições de clima e solo favoráveis, possui um grande potencial de tornar-se o mais importante país na oferta de madeira. A exploração racional destes recursos depende de um forte trabalho de conscientização do empresário do setor, que pode ser feita com o apoio de órgãos nacionais e internacionais. Entretanto, o avanço de outras atividades econômicas, como a pecuária e a agricultura, em regiões que não possuem aptidão para este fim, deve ser combatida com intensidade. Vale a união do setor para defender seus interesses e apontar os verdadeiros responsáveis pela devastação desordenada. |
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