MENU
China
Estados Unidos
Exportações
Índia
Logística
México
Oriente Médio
Tecnologia
E mais...
Anunciantes
 
 
 

REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°74 - AGOSTO DE 2003

México

Brasil – México: Cresce parceria brasileira com o México

Brasil e México que parecem ter vivido de costas um para o outro durante algum tempo, se encontram outra vez. Este reencontro econômico das duas maiores economias da América Latina, reforça a colocação deste país, que pulou de 6.º para o 4.º lugar no ranking dos parceiros preferenciais do Brasil.

Sendo o maior país da América Central, o México apresenta grandes potencialidades de consumo, pois possui população que ultrapassa os 100 milhões de habitantes. Por isso, o México é um potencial mercado para o setor de móveis, devido à demanda interna e a possibilidade de se tornar uma plataforma de exportação para os Estados Unidos. Em 2001 o México exportou US$ 1,2 bilhão - sendo 92% só para os EUA. Somente em 2002, os americanos compraram 60% mais dos fabricantes de móveis nacionais. Paradoxalmente, o México é também um grande importador: importou US$ 486 milhões em móveis em 2001.

Os mexicanos têm interesse em adquirir das indústrias brasileiras partes ou móveis desmontados à base de pinus e MDF: a proposta é montar os móveis no México e exportá-los. Em 2001 as exportações de móveis para o México, somaram perto de US$ 8 milhões. Há quatro anos representavam apenas US$ 400 mil.

É em Guadalajara, no México, que acontece a Expo Mueble Invierno, uma das maiores feiras do setor. Também em Guadalajara acontece a Tecnomueble, feira destinada aos fabricantes de máquinas e equipamentos para produção de móveis. A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos – Abimaq, na ocasião gerou negócios da ordem de US$ 1,5 milhão. Entre os participantes da edição de 2002 estavam empresas como Benecke, Masterpaint, Farben, Voltru, Máquinas Morbach, Aspo, Erzinger, Newton Industrial Ltda e Weg Química.

Os fabricantes brasileiros de máquinas para a produção de móveis têm no México um novo mercado para exportações. Esse segmento, em que a indústria mexicana não atua fortemente, têm preços competitivos no Brasil em relação a outros países. O governo do México incentiva importações desse tipo de equipamentos, uma estratégia para atrair empresas de fora para atuarem e investirem no país. O governo do México aloca parte do orçamento de US$ 8 bilhões, verba destinada às operações de apoio ao comércio exterior em 2003, para o financiamento dessas importações (até 85% do custo da máquina). A expectativa é de que o comércio entre os dois países cresça até 15% nos próximos cinco anos. Em 2002, o volume atingiu US$ 3 bilhões - dos quais US$ 2,4 bilhões do Brasil. São nos Estados de Sonora, Sinaloa, Nuevo León, Guanajuato, Queretera, San Luis Potosi e Coahuila que predominam os setores de maquinaria e equipamentos.

Brasil e o México caminham para derrubar barreiras comerciais com a finalidade de implementar o mais rápido possível o andamento da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Contudo, móveis, madeiras processadas e papel continuam de fora do acordo de preferências tarifárias com o México. Os dois países fazem parte da Aladi, acordo regional negociado em março de 1981, e que já prevê alguma vantagem competitiva de redução de tarifas entre os dois países para alguns componentes na fabricação de móveis.

Atualmente, o Brasil taxa em 23% o móvel mexicano. Lá, os produtos brasileiros pagam 25% em impostos de importação. A Afamjal, entidade que reúne fabricantes do estado mexicano de Jalisco, maior produtor de móveis do país, também compra móveis brasileiros e revende nos Estados Unidos. Dessa forma, os produtos chegam ao mercado norte-americano com taxas menores, devido ao Nafta, acordo de livre comércio que reúne EUA, Canadá e México.

O México tem tudo para se firmar como um grande mercado para produtos brasileiros, lembrando que suas relações têm-se desenvolvido, historicamente, dentro de um marco de cordialidade e cooperação, facilitado pelo fato de os dois países não abrigarem qualquer tipo de ressentimento histórico entre si e possuírem interesses convergentes em ampla gama de temas da agenda regional e internacional. O peso relativo dos dois países no continente americano (60 por cento do PIB e da população latino-americana) reforça o contorno de interesse recíproco permanente que caracteriza o relacionamento bilateral.



PIB (2000) : US$ 574,5 bilhões

Exportações : US$ 168 bilhões

Importações : US$ 176 bilhões

Pauta de exportação: maquinaria e equipamento de transporte, manufaturas, petróleo e derivados, alimentos, minerais.

Pauta de importação: maquinaria e equipamento de transporte, manufaturas, minerais, alimentos, matérias-primas.

Principais Parceiros Comerciais: EUA, Canadá, Japão, Espanha, Chile, Brasil.

Exportações brasileiras (2000) : 1.711.340.831,00



México

Área: 1.958.201 Km2

Capital: Cidade do México

Membro da: ECLAC – Economic Commission for Latin America and the Caribban, IADB – Inter-American Development Bank, LAIA – Latin American Integration Association, NAFTA – North American Free Trade Agreement, OEA – Organização dos Estados Americanos e OECD – Organisation for Economic Co-operation and Development.

População: 96.580.000

Taxa de crescimento demográfico: 2,2%

Expectativa média de via: H-68 e M-74

Línguas: Espanhol, muitas línguas locais.

Índice de Alfabetização (adultos): 87,6%

Moeda: Peso mexicano (US$ 1 = 8,4 pesos)

Curiosidades:

A cultura mexicana vive difícil equilíbrio entre tradição e modernidade. As desigualdades econômicas continuam sendo um problema nacional. A principal riqueza do país consiste em minerais e produtos industriais. O México é um importante produtor de petróleo e um dos mais industrializados entre os países em desenvolvimento, abastecendo o mercado interno e o mercado externo. O principal centro industrial fica na capital, Cidade do México. Apesar de ter entrado em vigor em 1994 o Acordo de Livre Comércio Norte Americano – Nafta, as relações com os EUA permanecem difíceis.

Agosto/2003