As relações bilaterais Brasil e EUA têm um longo histórico, caracterizado por grande convergência e, também, por episódios esporádicos de discrepância em torno de algumas questões. No entanto, eventuais diferenças não se sobrepõem às afinidades entre ambos os países, tendo em vista, sobretudo, o fato de Brasil e Estados Unidos compartilharem princípios e objetivos básicos com oportunidades promissoras de cooperação. As divergências são bastante naturais em um relacionamento entre parceiros do porte de Brasil e EUA. O know-how brasileiro em madeira e o cumprimento de prazos têm assegurado uma crescente demanda por parte do mercado americano. Contudo, a certificação do FSC - Forest Stewardship Council, é uma exigência em todo o mercado madeireiro dos Estados Unidos, desde 2002.
Além dos negócios brasileiros com os Estados Unidos esbarrarem na questão cultural e de lingüística. A dificuldade de exportação para este país, reside na permanência de barreiras tarifárias e não-tarifárias a bens brasileiros, as quais continuam essencialmente intocadas. Em 2000, o Brasil conseguiu reverter a situação, obtendo pequeno superávit de pouco mais de US$ 300 milhões. As importações brasileiras provenientes dos EUA perfizeram US$ 12,9 bilhões, ao passo que nossas exportações para aquele país situaram-se em US$ 13,2 bilhões.
Contudo, atualmente, o Brasil tem a chance de ocupar o espaço dos exportadores da Espanha, Itália e Suécia, que estão perdendo mercado devido a alta do Euro. Pesquisadores identificaram oportunidades e ameaças advindas das negociações de livre comércio - na OMC, com a União Européia e na Alca. No terceiro grupo foram grupadas cadeias em que há equilíbrio entre oportunidades e ameaças: madeira e móveis pertence a este grupo, junto com cosméticos e cerâmicas de revestimento. Oportunidades e riscos são simétricos e recomendam-se políticas de competitividade.
O mercado norte-americano de móveis movimenta US$ 80 bilhões anualmente e as importações representam US$ 29 bilhões. Em 2002, as importações de móveis dos EUA foram da ordem de US$ 17,4 bilhões. O Brasil ocupa a 10ª posição, neste mercado.
Os norte-americanos consomem um terço da produção industrial do Pará, por exemplo. Em 2002 as exportações atingiram US$ 312,6 milhões, um incremento de 9,22% ante os US$ 286,2 milhões de 2001, de acordo com o Departamento de Comércio Exterior - Decex. O Pará é o terceiro exportador do setor madeireiro no Brasil, atrás do Paraná e de Santa Catarina. "As empresas estão investindo em tecnologia, na verticalização da madeira, o que gera mais emprego e renda com produtos de maior valor agregado", afirma Guilherme dos Santos Carvalho, diretor técnico da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira – Aimex.
Estados Unidos
Área: 9.809.155 Km2
Capital: Washington
Membro da: ECLAC – Economic Commission for Latin america and the Caribbean, G8 – Grupo dos Oito, IADB – Inter-American Development Bank, Nafta – North American Free Trade Agreement, OEA – Organização dos Estados Americanos, OECD - Organisation for Economic Co-operation and Development, OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte.
População: 266.560.000
Taxa de crescimento demográfico: 1,0%
Expectativa média de vida: H-72 e M-79
Língua: Inglês e espanhol
Índice de alfabetização (adultos): mais de 95%
Moeda: Dólar norte-americano
Curiosidades:
A construção das ferrovias no século XIX foi essencial para a expansão geográfica e econômica dos EUA. A rede de vias férreas ajudou à exportação de madeira das regiões do norte. Atualmente, com sua sociedade extremamente variada e etnicamente diversificada, os EUA são a mais poderosa economia e a maior potência militar do globo. O país é o gigante industrial do mundo, capaz de produzir praticamente tudo.
Agosto/2003
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