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REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°70 - MARÇO DE 2003

Qualidade

Programa de qualidade da madeira foca produtividade

A capacidade produtiva da madeira vem sendo tema de uma série de debates no setor. Neste sentido, a Abimci - Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente vem promovendo um trabalho, onde uma das ações é incentivar a adesão das indústrias ao Programa Nacional de Qualidade da Madeira (PNQM), que tem como objetivo garantir a qualidade da madeira nos mercados externo e interno.

O Programa, iniciado em 1999, está na fase de divulgação. São 18 empresas participantes do PNQM de Compensado de Pinus, sendo que oito já estão certificadas. Do PNQM de Madeira Tropical participam 15 empresas, sendo a grande maioria, do norte do país. “A empresa participante recebe todas as orientações técnicas, visitas periódicas de auditores independentes e assistência para os ajustes necessários para a certificação”, explica Ivan Tomaselli, vice-presidente da Abimci. São considerados os processos de produção e recomendadas ações para a redução do risco de perdas de mercado por falta de qualidade, redução de perdas, aumento da produtividade e competitividade e incremento da qualidade.

Segundo o superintendente executivo da Associação, Jeziel Adam de Oliveira, que já visitou empresas localizadas nos estados do Pará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, o principal objetivo é informar o empresário sobre a importância de acompanhar as exigências do mercado. “Com essas viagens estamos ampliando a abrangência da Abimci e fortalecendo sua atuação, além de levar aos empresários informações valiosas sobre preços, desenvolvimento, plano de marketing e as últimas tendências mundiais”, explica.

Além da criação do PNQM, a instituição vem promovendo reuniões para a organização e o desenvolvimento de projetos para os setores de portas, lâminas, serrarias e os produtos de maior valor agregado – blocks, blencks, molduras. “A nossa meta é atrair os empresários dos setores relacionados à madeira para que se organizem e criem uma garantia de qualidade para seus produtos. O que queremos é garantir o mercado já conquistado ampliando a atuação para outros mercados”, diz o executivo.



Trabalho

Nos países desenvolvidos os programas de qualidade para o uso da madeira em aplicações estruturais já fazem parte do cotidiano dos fabricantes. No Reino Unido, por exemplo, existe a BS 5268 Parte 2, norma inglesa para o uso da madeira em aplicações estruturais. Agentes europeus estariam promovendo uma campanha para que os compradores adquiram apenas compensado com a norma inglesa, iniciativa criticada pela Abimci, que busca o reconhecimento do PNQM no exterior.

Segundo o vice-presidente de Relações Internacionais da Abimci, Isac Zugman, o Brasil tem o PNQM também trata do uso estrutural do compensado. Dentro desse programa já são oito empresas certificadas no compensado de Pinus e outras 18 estão em processo de certificação. De acordo com a Abimci, o compensado fenólico de pinus brasileiro é um produto de madeira sólida obtido a partir de reflorestamento, que se destina, principalmente, à construção civil. Além disso, as especificações, de acordo com o PNQM, atendem às características do mercado internacional. A Associação espera obter o reconhecimento do PNQM no Reino Unido. Uma comitiva da Associação esteve no final do ano passado apresentando essa intenção à Timber Trade Federation, em Londres, mas ainda não obteve retorno.

Para o vice-presidente de Desenvolvimento e Tecnologia da Abimci, Ivan Tomaselli, a restrição ao compensado brasileiro pode ser reflexo da queda das exportações dos Estados Unidos. “Os norte-americanos deixaram de exportar no ano passado, entre os meses de janeiro e julho, 200 mil m³ de compensado. A maior redução foi para os países da Europa. No mesmo período, o Brasil ganhou espaço e ameaçou uma possível retomada dos Estados Unidos”, afirma Tomaselli.

Maio/2003