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REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°66 - AGOSTO DE 2002

Estados Unidos

Sistema "Tree Farm"

O sistema americano “Tree Farm” iniciou 60 anos atrás para encorajar o bom manejo florestal nas terras privadas. Este é o mais velho sistema de manejo sustentável e programa de certificação. Hoje, os Estados Unidos tem mais de 64 mil “Tree Farms” espalhadas por 50 estados e cobrindo mais de 33 milhões de hectares – uma área maior que a Carolina do Norte, a Carolina do Sul e a Virgínia juntas. Para ser qualificada como membro do sistema os integrantes da “Tree Farm” devem ter suas terras inspecionadas por um dos 8 mil florestadores que doaram seu tempo para o sistema. O sistema “Tree Farm” é certificado a cada cinco anos para assegurar manejo florestal apropriado, o que inclui conservação do solo, água e vida selvagem. De toda a madeira colhida nos Estados Unidos em 1996, 59% vem de donos de terras privadas não industriais. “Tree Farm” representa uma porção significante deste número.

Os Estados Unidos têm milhões de hectares de florestas jovens, as quais removem dióxido de carbono da atmosfera e substituem por oxigênio. Isto significa que todos os americanos continuarão tendo florestas saudáveis para oferecer água limpa e recreação.

Os Estados Unidos são líderes em consumo e produção de produtos florestais (em média um quarto da produção mundial e 30% do consumo mundial). Em 2000, os americanos usaram uma média per capita de 325 quilos de produtos de papel e 7 metros cúbicos de madeira e produtos de painel estrutural.

O país é o maior produtor de madeira mole do mundo, seguido pelo Canadá, Japão, Rússia e Alemanha. É também, um dos maiores produtores de madeira dura, compensado e painéis compostos. Conforme a economia do país cresce, a demanda por papel e produtos florestais também tende a aumentar. De fato, a FAO – órgão das Nações Unidas - prevê que a demanda mundial por produtos de madeira duplicará até a metade do século.

As florestas constituem um sistema de energia que é um importante recurso de oxigênio. Para crescer 450 gramas de madeira, a árvore consome 670 gramas de carbono, meio hectare de árvores pode oferecer 2 mil quilos de madeira por ano. No processo, 3.000 quilos de dióxido de carbono são consumidos e 2.200 quilos de oxigênio são produzidos.

Os cientistas constataram que quando mais velha torna-se a floresta ou muito densa, as árvores consomem mais oxigênio do que elas produzem. Florestas jovens e bem manejadas tendem a ser mais eficientes para absorver o dióxido de carbono e produzir oxigênio. Florestas manejadas seqüestram carbono a uma média de 30 quilos por metro cúbico do crescimento da árvore.

A eficiência da energia florestal se estende para os produtos florestais. Quando comparado a outros produtos de construção, os produtos de madeira estão entre os melhores. Produtos de construção feitos de alumínio requerem 126 vezes mais energia do que a madeira para acabamento de um produto.

Os benefícios de usar madeira crescida e colhida nas florestas são inúmeros. O consumo americano anual de madeira é igual ao consumo de metal, plástico e concreto. Um benefício primário em usar madeira é sua capacidade de renovação, comparados a produtos não renováveis como o metal, o plástico, o concreto, o aço, e outros metais.

A indústria de produtos florestais dos Estados Unidos emprega 1.7 milhão de pessoas na produção de florestas e papel, ou 1.1% da força de trabalho americana. Para cada emprego criado diretamente, dois são criados indiretamente. Eles estão na área de transporte, distribuição e vendas de produtos florestais.

Cada região dos Estados Unidos ajuda no fornecimento de produtos florestais, os quais são feitos de madeira roliça. Este tipo de madeira é utilizada para compensado, polpa de madeira (celulose) e madeira para combustível.

Em 1996, a região Centro-Sul dos Estados Unidos foi considerada a primeira em produção de madeira roliça. Os estados do Alabama, Kentuck e Oklahoma forneceram 35.7% do total de produção de madeira roliça americana. As regiões Nordeste e Central forneceram 17.3% e a região Sudeste contribuiu com 27.8% do total.A madeira roliça varia de região para região.

A polpa da madeira, usada para produzir celulose, é líder nas regiões Sul e Sudeste. No Nordeste e nos Estados Centrais do Norte, a madeira para combustível é o maior produto. A madeira para combustível é usada para aquecer residências e gerar eletricidade.

Devido a madeira ser o commodity agricultural mais importante em muitas regiões, as mudanças nos níveis de colheita estão afetando as economias regionais, estaduais e locais.

O comércio americano ( importação e exportação ) de produtos de madeira e papel, totalizaram US$ 49 bilhões em 2000. Conforme o mercado global continua a expandir, a demanda para os Estados Unidos de produtos florestais também pode aumentar. Essa demanda é importante para o crescimento da indústria e a balança comercial americana.

Ao mesmo tempo, os Estados Unidos são o maior importador de produtos de papel e madeira.

Alguns acordos recentes internacionais têm melhorado prospectos a longo prazo para as exportações de madeira e papel para os Estados Unidos. Entretanto, a eliminação completa de tarifas dos produtos de madeira e papel poderiam oferecer grandes benefícios para os consumidores em todos os países.

Produtos de madeira sólida somaram US$ 6.2 bilhões dos mais de US$ 18 bilhões em produtos florestais exportados em 2000. Deste total, US$ 2.1 bilhões foram madeira mole e madeira dura.

As exportações americanas de produtos de polpa e papel, totalizaram US$ 12.0 bilhões em 2000. Os maiores mercados exportadores de produtos de madeira e papel para os Estados Unidos em 2000 foram o Canadá (US$ 5.6 bilhões), México (US$ 2.8 bilhões), União Européia (US$ 2.6 bilhões) e Japão (US$ 2.3 bilhões).