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REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°123 - ABRIL DE 2010

Exportações

Exportações mostram um ano de dificuldades

Após oito anos sucessivos de crescimento, as exportações do setor de base florestal sofreram um duro golpe em 2009. O volume total das vendas externas de madeira, móveis, papel e celulose totalizaram US$ 7,38 bilhões, representando uma queda de 23% em relação aos US$ 9,58 bilhões conquistados no ano anterior.

A forte crise mundial, iniciada ainda em 2008, trouxe como relação direta a retração econômica dos principais países consumidores, diminuindo investimentos e por conseqüência as compras internacionais.

No Brasil os resultados desta forte crise foram sentidos de forma imediata, tendo em vista que o setor de base florestal, em especial madeira, sempre teve muita dependência das vendas externas. Muitas fábricas de pequeno porte, concentradas nas vendas externas, não conseguiram se direcionar ao mercado interno e tiveram de fechar ou mudar de atividade.

Das exportações de 2009, a queda mais expressiva foi nos itens de madeira, onde as exportações chegaram a US$ 1,68 bilhão, volume 39% menor que o mesmo período de 2008, quando atingiu US$ 2,75 bilhões. Os itens de móveis também tiveram expressiva queda. Em 2009 totalizaram US$ 705,9 milhões, uma queda de 28,5% sobre o volume de 2008.

Embora ainda expressivo, o volume exportado pelos itens papel e celulose também caiu. As exportações totalizam US$ 5 bilhões em 2009, o que representou uma queda de 14,3% em relação ao volume exportado no ano anterior.

Nas exportações de madeira praticamente todos os itens sofreram redução, mas os que mais sentiram a retração das vendas externas foi madeira compensada, que chegou a US$ 343 milhões, representando uma queda de 45,6% em relação ao ano anterior, e madeira serrada, que atingiu US$ 389 milhões em vendas externas, ou seja, uma queda de 41% em relação ano anterior.

Outros itens com acentuada queda foram lâminas de madeira com 54% de queda (US$ 54,3 milhões) em relação ao ano anterior; janelas e portas, com redução de 41% (US$ 236 milhões); painéis de madeira, com retração de 36% (US$ 16 milhões); cavaco de madeira com queda de 35% (US$ 91 milhões); e painéis de fibra com redução de 32% (US$ 69 milhões).

O maior estado exportador dos itens de madeira continua sendo o Paraná, com US$ 531 milhões, vindo a seguir Santa Catarina, com US$ 349 milhões, e o Pará, com US$ 346 milhões.

Dos países importadores os Estados Unidos continuam sendo o principal comprador, com US$ 497 milhões em 2009, embora tenha representado uma queda de 36% em relação ao ano anterior. A França é o segundo principal mercado comprador com US$ 126 milhões, mas também com queda de 34%, e o Reino Unido com US$ 102 milhões, e uma redução de 36% em relação ao ano anterior. As maiores quedas porém vieram de outros importantes países importadores: a Holanda, que importou US$ 132 milhões em 2008, caiu para US$ 58 milhões em 2009 (queda de 56%), e a Espanha, que de US$ 87 milhões caiu para US$ 39 milhões (redução de 55%).

Móveis

No segmento de móveis as exportações são expressivas, mas não existe grande dependência. Em 2009 as vendas externas do setor atingiram US$ 705,9 milhões, valor 28% menos que os US$ 987 milhões conquistados no ano anterior. O estado de Santa Catarina é o mais exportador, com US$ 251 milhões vendidos ao exterior em 2009, vindo a seguir o Rio Grande do Sul, com US$ 200 milhões e São Paulo, com US$ 119 milhões.

Praticamente todos os itens do setor sofreram queda nas exportações em 2009. Móveis para quarto é o maior item exportado, com US$ 233 milhões, embora tenha apresentado uma queda de 19% em relação ao ano anterior. Móveis para cozinha totalizou US$ 42 milhões, com queda de 21%, móveis para escritório chegou a US$ 16 milhões, com redução de 34% em relação ao ano anterior, e móveis diversos de madeira chegou a US$ 201 milhões, com redução de 32%.

O maior mercado comprador é os Estados Unidos, que importou US$ 95 milhões, apensar de confirmar uma redução de 40% em relação ao ano anterior. A seguir a Argentina, que comprou US$ 72 milhões, o Reino Unido, com US$ 71 milhões e a França também com US$ 71 milhões.

O segmento de papel de celulose é o mais expressivo em valor, com exportações de US$ 5 bilhões em 2009. O valor, mesmo que elevado, foi 14% menor que o realizado em 2008. O item pasta e celulose atingiram US$ 3,32 bilhões, e papel e papelão somaram US$ 1,68 bilhão.

Nas exportações de celulose a Bahia passou a ser a maior exportadora, com US$ 1,17 bilhão, e o Espírito Santo chegou a US$ 821 milhões. Já em papel e papelão São Paulo exportou US$ 999 milhões, e o Paraná US$ 337 milhões.

Como países importadores de celulose o grande salto foi dado pela China, que aumentou suas compras em 58%, totalizando US$ 1 bilhão em 2009. A Coréia do Sul também aumentou em 67% suas importações, chegando a US$ 119 milhões. Já os Estados Unidos, importaram US$ 526 milhões (queda de 33%) e a Holanda totalizou US$ 454 milhões em importação (queda de 42%).

Já nos países importadores de papel e celulose a Argentina se destaca com US$ 304 milhões em 2009 (queda de 25%), vindo a seguir os Estados Unidos, com US$ 225 milhões (queda de 4%). Por outro lado, o Reino Unido, que importou US$ 94 milhões apresentou um aumento de 42% em relação ao ano anterior.

Fonte: Elaborada pela Equipe de Redação da Revista da Madeira