O Japão é o país onde os custos são mais altos para se instalar ou operar uma empresa. Entre os itens que contribuem estão os custos elevados da mão-de-obra, dos aluguéis e da manutenção de funcionários vindos do exterior. A conclusão é do relatório Comparativo Mundial de Custos Empresariais. O estudo avalia os custos operacionais das empresas em 31 países no mundo. Os países com menores custos empresariais estão no leste europeu e no leste da Ásia. O Brasil aparece em 21º posição.
Depois do Japão, vêm os Estados Unidos e em seguida a Alemanha, todos com altos custos de mão-de-obra. O Reino Unido é o quarto país mais caro, principalmente devido aos altos custos dos transportes e dos aluguéis de escritórios. A Espanha ocupa a 11º colocação na classificação geral e tem os custos mais baixos da Europa Ocidental.
A Hungria e a Indonésia são os mais baratos entre os 31 países pesquisados – com baixos custos de mão-de-obra e de manutenção de funcionários vindos do exterior. Os países latino-americanos apresentam custos moderados. A Argentina, classificada em 13º lugar, é o país latino-americano de custo mais elevado, principalmente nos quesitos viagens, telecomunicações e transportes. Os custos mais baratos de combustíveis foram detectados na Venezuela (18º), mas, na classificação global, o país é mais caro que o México (20º), que foi o país de mais elevados custos de telecomunicações dentre todos os pesquisados.
O Brasil aparece em 21º lugar, com 15,7 pontos, ou 3,9 a menos que o México. O Chile (26º), com uma economia mais desregulamentada que seus vizinhos, um ambiente operacional estável e baixas alíquotas de impostos, são o mais barato da região.
O Japão, além de ser o mais caro em custos de mão-de-obra, aluguéis e de manutenção de funcionários vindos do exterior, é o segundo país mais dispendioso em relação aos impostos de pessoas jurídica. Quanto aos custos de impostos, o Canadá e a Itália são os países mais caros para operar.
Na Ásia, Hong Kong, apesar dos mais baixos impostos entre os 31 países, é mais caro que a Coréia do Sul, que tem custos mais elevados que Taiwan. Mas Cingapura é ainda mais vantajosa, com baixos custos em impostos, telecomunicações e transporte.
Comércio com a Rússia
A Rússia, que está em 19º lugar na lista de países mais caros para investimentos é o alvo brasileiro de novas negociações.A meta do governo brasileiro e dos empresários é duplicar o valor comercializado entre os dois paises, passando para US$ 3 bilhões, até 2003. Nos negócios realizados em 2001 (US$ 1,5 bilhão), o Brasil obteve uma vantagem de US$ 500 milhões.
A esperança do Brasil tem como base o crescimento do comércio bilateral nos últimos dois anos. De US$ 990 milhões em 2000, para US$ 1,56 bilhão em 2001.
O momento vivido pelos dois países, principalmente pela Rússia, é promissor. Depois de uma década de mudanças e incertezas, do desaparecimento da União Soviética e o desmanche de sua economia planejada, a Rússia reorganizou-se política e economicamente e vem registrando vários números positivos nos últimos anos. O PIB de US$ 180 bilhões, em 1999, pulou para US$ 250 bilhões em 2000 com crescimentos de 3% e 8%, respectivamente. A dívida externa da Rússia caiu US$ 14 bilhões nesses dois anos e continua diminuindo, estimada atualmente em US$ 120 bilhões. No comércio externo a Rússia negociou US$ 41 bilhões de saldo, em 2000 foram US$ 69 bilhões e até julho do ano passado o saldo era de US$ 17 bilhões. Grande produtora de petróleo, a Rússia tem se beneficiado com a alta de preços do produto no mundo. Com isso, vem conseguindo baixar a inflação. De 36,5% em 1999 baixou para 20,8% em 2000 e em 2001 fechou nos 20%. Aumentaram as reservas em moeda estrangeira: US$ 12,4 bilhões em 1999, US$ 28 bilhões em 2000 e US$ 33,7 bilhões até julho, com previsão de alta. O desemprego estabilizou-se em 9% nos últimos três anos, abaixo da média das economias mais ricas da Europa. |