As relações Brasil-Rússia vêm evoluindo desde a segunda metade dos anos 90 para patamar qualitativamente mais elevado. Entre 2000-2007, a corrente de comércio entre o Brasil e a Rússia (exportações + importações) apresentou significativo crescimento médio, de 29,5% ao ano. A Rússia ocupou o 16º lugar entre os principais parceiros comerciais do Brasil, com uma participação de 1,5% no total do comércio exterior brasileiro. Em valores, o intercâmbio entre os dois países passou de US$ 994 milhões, em 2000, para US$ 4.3 bilhões, em 2007.
As exportações brasileiras para a Rússia, com crescimento médio anual de 40,7%, passaram de US$ 423 milhões, em 2000, para US$ 3,7 bilhões, em 2007. Esse comportamento expansivo das vendas brasileiras para o país nos últimos seis anos posicionou a Rússia no 14º lugar entre os mercados de destino das exportações brasileiras.
A Rússia ocupou a 19ª posição entre os principais mercados fornecedores do Brasil, absorvendo cerca de 1,3% das compras totais do Brasil no exterior. O saldo da balança comercial foi favorável ao Brasil em todo o período analisado, exceto em 2000, quando ocorreu déficit de US$ 148 milhões.
Com uma superfície de 17 milhões de Km², a Federação da Rússia é o maior país do mundo em extensão. Ocupa quase a metade da Europa e cerca de um terço da Ásia. A Rússia possui uma extensa linha de costa litorânea de mais de 37 mil km ao longo dos Oceanos Ártico e Pacífico, além de costas nos mares interiores do Báltico, Negro e Cáspio
As condições climáticas da Rússia são rigorosas, com invernos longos e frios, primaveras temperadas, verões curtos e frescos e outonos chuvosos. As temperaturas são extremas, as mais baixas do inverno acontecem na Sibéria oriental. Cerca de 14% do território fica além do círculo polar com o solo congelado permanentemente. As altas montanhas da fronteira meridional não permitem a entrada das massas de ar tropicais. A principal influência marinha procede do Oceano Atlântico, especialmente durante o verão, quando o território recebe a maior quantidade de precipitações, que são muito escassas em todo o país.
Com uma população de 144 milhões de habitantes, a Rússia é o sexto país mais povoado do mundo, constituído de 53% de mulheres e 47% de homens. A densidade populacional média na Rússia européia é de 27,1 hab/km² e na Rússia asiática, de 2,5 hab/km². Pouco mais de um terço do território conta com menos de 1 hab/km², em especial a parte setentrional.
A Rússia é um dos maiores estados plurinacionais do mundo. Os russos constituem a nacionalidade predominante e a população não-russa é calculada em 18%; sendo as minorias mais destacadas os tártaros (3,8%) e os ucranianos (3%).
Desde o censo de 1989, o total da população russa sofreu um largo declínio. A sua taxa de crescimento é negativa, aproximadamente –0,3%. As principais razões para a redução da população têm sido a baixa taxa de natalidade e o aumento da mortalidade principalmente entre os homens não instruídos e parcialmente instruídos. A elevação da taxa de criminalidade e a incidência elevada do consumo de álcool e tabaco entre homens conduziram ao aumento, sem precedentes, da mortalidade masculina em tempos de paz.
O seu perfil demográfico tem implicações potencialmente negativas para o futuro econômico do país O rápido envelhecimento da força de trabalho pode vir a ser um obstáculo para a reforma, pois o aumento dos custos de aposentadoria e serviço de saúde irá limitar a habilidade do governo de aliviar a pressão dos impostos na economia.
Território
O território da Rússia é dividido em 11 fusos horários. O idioma russo é uma língua indo-européia do ramo eslavo. É o idioma oficial na Rússia, Bielo-Rússia, Quirguistão e Cazaquistão e também falado em diversos países da ex-União Soviética. É um dos seis idiomas oficiais da ONU e o sétimo mais falado no mundo, em números de falantes nativos. O russo é escrito com uma versão moderna do alfabeto cirílico, contendo 33 letras.
A Federação da Rússia consiste em um grande número de subdivisões políticas diferentes, totalizando 89 componentes constituintes. Há 21 repúblicas dentro da federação que desfrutam de um alto grau de autonomia, além dos 6 territórios, 49 regiões administrativas, 1 região autônoma e 10 áreas autônomas. As cidades de Moscou e São Petersburgo têm “status” federal.
A Rússia é uma economia em transição, a política econômica para 2006 – 2007 estamos voltadas a aumentar a qualidade dos quatro projetos nacionais prioritários que são: educação, habitação, agricultura e saúde.
Sua capacidade produtiva diminuiu em 50% desde 1991, queda que vem acompanhada da diminuição dos subsídios estatais. A baixa produtividade do setor se deve a ineficiência das reformas feitas para a economia de mercado.
A estrutura das propriedades rurais é distribuída da seguinte forma: 69.1% propriedade pública, 29.3% propriedade privada e 1.6% pertencem a pessoas jurídicas. No momento, os investimentos nesse setor estão parados, uma vez que não é possível que empresas estrangeiras adquirissem terras para uso agrícola. Porém, apesar das carências existentes, a produção agrícola tem aumentado percentualmente, o aumento de 2005 foi 2% maior em relação ao ano anterior.
A Rússia é um dos maiores produtores mundiais de madeira. A extensão dos seus bosques equivale a 45% do seu território e a 20% de toda a extensão florestal do mundo. O setor florestal tem decaído desde 1990, tendência que continua. Devido a crescente demanda de papel a única indústria que cresce é a de celulose.
Economia
É o segundo maior produtor de petróleo do mundo. O peso do setor petrolífero para a economia Russa é muito grande, pois representa 25 do PIB, segundo o Banco Mundial.
O setor elétrico é o maior da Europa e o quarto maior do mundo, depois dos EUA, China e Japão. 69.4% da geração de eletricidade provem do Sistema Elétrico Unificado, que inclui as empresas elétricas regionais. A propriedade do Sistema Elétrico Unificado equivale a 63%, o que significa que é o Estado que controla o setor elétrico através do Ministério da Indústria e da Energia. Em 2005 foram exportados 16.274 milhões de KWh, principalmente para os países vizinhos, Finlândia, Cazaquistão, Azerbaijão e Geórgia.
A Rússia possui aproximadamente 30% das reservas mundiais de carvão e uns 157.000 milhões de toneladas do mesmo, e pela ordem de extração está em quinta posição, atrás da China, EUA, Índia e Austrália. Em 2004 existiam 483 indústria de carvão, a maioria delas estatais. As companhias privadas abastecem 60% do mercado russo e 80% das exportações.
Sua produção de máquinas é uma das principais indústrias russas. Aproximadamente 23% do total da indústria pertencem a esse setor. A média de empregados no setor é de 4.2 milhões de pessoas.
O sistema de distribuição comercial da Rússia alterou-se significativamente desde o fim da União Soviética. As empresas que atuam no setor de compras buscam incessantemente novas oportunidades de negócios. Em Moscou e São Petersburgo, em especial algumas empresas conseguiram alcançar sólida posição no mercado e têm atuado com sucesso ao longo dos últimos 5-10 anos. Tais empresas, assim como as companhias atacadistas e de importação, são interessantes parceiros comerciais.
Nas grandes cidades russas, a maioria das empresas locais adquire seus produtos junto às grandes companhias de importação atacadista. A consolidação de tais empresas em rede de distribuição é a principal meta de muitos exportadores que abastecem a Rússia. Para o estabelecimento de uma rede de distribuição, em geral, é necessário que o fabricante mantenha escritório de representação na Rússia, responsável por gerenciar a rede de distribuição.
Regime aduaneiro
Em conformidade com a codificação aduaneira da Rússia existem vários regimes aduaneiros praticados por aquele país: liberação de mercadorias para livre circulação; re-importação de mercadorias; trânsito de mercadorias; depósito alfandegado; loja franca; processamento de mercadorias no território aduaneiro; processamento de mercadorias sob controle aduaneiro; importação e exportação temporária; zona franca aduaneira; depósito franco; processamento de mercadorias fora do território aduaneiro; exportação de mercadorias; reexportação de mercadorias; destruição de mercadorias; rejeição em benefício do Estado; exportação de mercadorias para representação da Rússia no exterior; exportação de categorias específicas de mercadorias para as ex-repúblicas da URSS.
A unidade monetária da Rússia é o rublo (Rb). O rublo é uma moeda livremente conversível, que continua circulando em muitas das antigas repúblicas soviéticas. Seu poder aquisitivo caiu de forma alarmante. O Estado enfrenta enorme déficit orçamentário herdado do período soviético.
Atualmente, a economia russa opera em bases muito sólidas. O fato de as mudanças positivas mostrarem sinais de consolidação pode ser atribuído às políticas e medidas adotadas de forma decisiva pelo Governo russo, no contexto de preços oscilantes do petróleo. Intensos esforços têm sido despendidos para fortalecer e reformar o sistema bancário Considera-se importante que o desenvolvimento do sistema Bancário acompanhe o processo de reformas econômicas atualmente em curso, embora, sob certos aspectos e no que tange a certos parâmetros, avalia ritmo seja ainda mais intenso.
À medida que a Rússia ingressa na economia de mercado e acelera sua integração à comunidade econômica internacional, cresce consideravelmente a importância das feiras e exposições como ferramenta eficiente de promoção de vendas. Empresas e profissionais especializados na organização de eventos têm atuado nas diversas regiões do país. Nos últimos anos foram criados locais para exposições e bases de dados de referências e informações sobre o setor. A Rússia está tornando-se centro amplamente reconhecido da indústria de exposições.
O número crescente de exposições realizadas anualmente no país já ultrapassou 2.000. Os serviços prestados pelos organizadores dos eventos aos participantes variam em termos de volume e qualidade, o que demanda certa sistematização.
Fonte: Elaborada pela Equipe Jornalística da Revista da Madeira. |