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Financiamento |
BNDES estuda nova linha de crédito para o setor |
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está estudando a criação de uma nova linha de crédito, em conjunto com a organização não governamental norte-americana The Nature Conservancy (TNC) e o governo do Mato Grosso, com o objetivo de conter o desmatamento no país.
O chefe do Departamento de Meio Ambiente da instituição, Eduardo Bandeira de Mello, esclarece que não se trata simplesmente de financiar a compra de terra. Nos casos em que for autorizada a compensação de reserva legal para fazendas que, por exemplo, não têm o percentual de reserva definido por lei, pode ser comprado o direito de utilizar terras vizinhas como reserva legal.
A política operacional do BNDES veda o financiamento da aquisição de terras ou equipamentos usados, com o objetivo de estimular o processo produtivo - e não a simples troca de titularidade dos detentores dos ativos -, para evitar a especulação. No caso de florestas, Bandeira de Mello admitiu que poderá haver uma excepcional idade.
Quando o banco financia a aquisição de uma área para servir de reserva legal, ainda que isso possa gerar certa especulação, é porque há interesse em dar valor à floresta em pé, e que esse valor seja cada vez maior. O financiamento à aquisição de áreas para servirem de compensação de reserva legal acaba criando um mercado que estimula os proprietários das terras a valorizarem a floresta em pé, ao contrário do que sucede hoje. Isso põe por terra a falsa impressão de que aquela área vale mais depois de desmatada do que com as árvores preservadas. "O que a gente quer é exatamente o contrário. Que a floresta em pé valha mais do que derrubada", sinaliza.
Apesar de ainda não ter sido submetido oficialmente a avaliação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o estudo teria como principal foco o chamado "arco do desmatamento" na Amazônia. A expressão designa uma ampla faixa de transição entre o cerrado e a floresta, e a região são conhecidas também como a área das frentes pioneiras de ocupação agropecuária.
Fonte: Elaborada pela Equipe Jornalística da Revista da Madeira. |
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