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Editorial |
Bom senso nas decisões |
Em meio a uma visão otimista de resultados para o Brasil no mercado mundial de crédito de carbono, existe uma dúvida que compromete os objetivos propostos do Protocolo de Kyoto. Os investidores internacionais estão propondo criar um fundo para reduzir as emissões de carbono mediante a proteção das florestas. Isso significa proteger os ecossistemas do desmatamento, canalizando fundos do mundo industrializado.
Os recursos iniciais previstos são consideráveis, superando a US$ 300 milhões, Só que estes recursos são permissões para contaminar. Quem os compra, adquire uma desculpa para não reduzir sua própria contaminação, enquanto paga para que outros produzam de maneira mais limpa. Assim, os resultados propostos de reduzir em 5,2% as emissões dos paises ricos até 2012, frente aos parâmetros de 1990, tornam-se comprometidos.
Também não podemos desprezar este mercado que já supera US$ 30 bilhões por ano. E também pelo fato do Brasil ocupar o terceiro lugar no mundo em número de projetos, somente superado pela China e Índia.
O bom senso e o equilíbrio em decisões serão agora imprescindíveis para não comprometer um projeto como um todo, e do qual dependemos para nosso futuro. |
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