Atualmente, novas espécies estão sendo plantadas em larga escala, especialmente nos plantios destinados à produção de energia, pelas características de suas madeiras. Por outro lado, mudanças profundas estão se processando como, por exemplo, o estabelecimento de plantios com espaçamentos menores que abriga uma população de 6.664 plantas por hectare, com cortes de 3 em 3 anos, num ciclo de 18 anos.
O neologismo "Floresta Energética" está sendo usado para definir os povoamentos que estão sendo formados dentro deste sistema que objetiva a produção de fitomassa, onde interessa maior quantidade de madeira por hectare em menor espaço de tempo, com maior intensidade de uso da terra, dentro do princípio de que a árvore é o mais perfeito dispositivo de armazenamento da energia solar.
Tecnicamente, a conceituação mais correta para os maciços formados dentro dessas novas técnicas deve ser "Florestas de Ciclo Curto", que as diferencia das florestas de ciclos mais longos. Esta colocação é válida pelo fato de que ambas podem ser destinadas à produção de energia.
Pode-se dizer que existem quatro fatores básicos na determinação de qualquer atividade empresarial: o fator social, o fator econômico, o fator político e o fator técnico. Numa apreciação global do empreendimento, estes fatores estão em constantes mutações, sendo flexíveis. Seguem alguns tópicos de relevante importância dentro de cada um dos fatores enumerados.
Fator Social
A realidade social brasileira nos apresenta hoje um quadro cujos indicadores mostram uma grande disponibilidade de mão-de-obra, ou seja, um alto índice de desemprego aliados à grandes concentrações desses contingentes em regiões específicas do país, oriundas do êxodo rural. As atividades florestais por sua vez, localizam-se em regiões menos férteis, por conseqüência, em regiões desprovidas de recursos, tendo, por conseguinte a oportunidade de, se bem orientado, promover uma maior fixação do homem em seu habitat, dando-lhe condições de se desenvolver em seu próprio meio, sem provocar alterações violentas em seus valores culturais, que a migração normalmente acarreta.
Fator Econômico
A atual conjuntura econômica pela qual o país atravessa, leva as empresas a repensar em suas metas e processos de trabalho. A instabilidade nos preços de combustíveis derivados de petróleo com aumentos sucessivos e progressivos, levam os preços dos produtos a níveis incompatíveis. O custo do dinheiro tornou-se de tal forma elevado, que as empresas rev6em seus programas, pois os investimentos necessários aos empreendimentos em geral, e em particular, ao empreendimento florestal, são grandes. Torna-se necessário, portanto, dirigir esforços no sentido de visualizar soluções alternativas de forma a minimizar os custos e manter a produção desejável.
Fator Político
Nada mais é do que a associação dos fatores sócio-econômicos, que orienta a nação a uma plena ocupação da força de trabalho expressa em uma mão-de-obra, o qual tem em abundância, aliado do fato de estarmos mantendo um balanço de pagamento interno, ou seja, aplicarmos naquilo de que dispomos ao invés de se gerar importações de insumos, especialmente, o petróleo.
Fator Técnico
Os sistemas mecanizados de implantação, manutenção e exploração florestal no Brasil carecem ainda de maiores estudos, pois, basicamente, vivemos de adaptação de máquinas e equipamentos estrangeiros não muito compatíveis com as florestas tropicais e, principalmente, com as características destas florestas para a produção de carvão vegetal. Não se tem se tratado com a seriedade devida, pelos sistemas mecanizados, o aspecto biológico dos danos provocados pelos tradicionais, tais como: Sulcos profundos deixados pelas rodas de tratores e caminhões, árvores remanescentes laceradas, raízes e brotos danificados.
A própria tradição florestal está mais intimamente ligada a métodos e processos de utilização mais intensiva de mão-de-obra, ocasionando, em função disso, a falta de mão-de-obra especializada no manejo dessas máquinas. O sistema mecanizado requer uma organização de apoio toda própria, ou seja, de oficinas de reparo, estoque de peças, manutenção móvel, o que, em face da situação econômica atual onera o produto produzido. O desenvolvimento tecnológico é desejável, porém, deve ser precedido de uma análise local de oportunidade.
Formação de Mudas
Escolhida a semente, o passo seguinte, importante no sucesso de um empreendimento florestal é a boa formação de mudas. A fertilização correta, bom preparo do solo, condições climáticas ideais no plantio não serão suficientes se não existirem mudas preparadas, dentro de certos padrões técnicos, isto é, mudas de boa qualidade. Isso posta tem-se como padrões de qualidade os seguintes fatores: Tamanho, amadurecimento, idade, sem bifurcamento, perfeito sistema radicular, tanto em termos de desenvolvimento como de distribuição espacial e resistência a doenças.
Durante muitos anos, a produção de mudas florestais foi conduzida de forma semelhante ao sistema utilizado na horticultura. Com o surgimento dos grandes programas de reflorestamento, partiu-se para o semeio direto e a utilização de outros tipos de recipientes, sendo o mais utilizado o saco plástico. Este tipo de embalagem é mais barato, de fácil manuseio e resistente. O semeio propriamente dito é efetuada manualmente com o auxílio de um instrumento denominado "seringa" geralmente construído com tubos PVC.
Quanto ao sistema de viveiros, o mais utilizado é o temporário, cuja localização está sempre próxima da área de plantio. A cada ano se faz novas instalações, que pela sua natureza são rústicas. Este sistema oferece várias vantagens sendo a mais importante o baixo custo de transporte. Neste sistema de produção de mudas, o tempo de permanecia no viveiro é de aproximadamente 120 dias.
A produção de mudas a partir do enraizamento de estacas é uma técnica que está sendo adotada com grande sucesso, especialmente na região litorânea onde se tem umidade relativa e temperatura elevadas, com pequena amplitude térmica. Para se proceder à produção de mudas por esta técnica, é necessário que se tenha boas matrizes, selecionadas de espécies que não apresentem limitações ao enraizamento e em grande quantidade. As instalações dependendo da região de atuação da empresa, não necessitam ser sofisticadas e são constituídas basicamente de uma estrutura de madeira, cobertura com plástico transparente e "sombrite"e um sistema de nebulização para manter o ambiente com umidade relativa máxima.
Preparo do Solo
O tipo de preparo do solo a utilizar é função da estrutura topográfica e física. Consiste em melhorar essas condições, permitindo um bom estabelecimento das mudas, perfeito desenvolvimento do sistema radicular e máxima utilização da fertilidade potencial ou induzida. De um modo geral, as etapas que constituem o preparo do solo são: - Desmatamento ou retirada da vegetação; em função da vegetação nativa existente e de acordo com a topografia, o desmatamento é realizado manual ou mecanicamente.
Atualmente, a grande maioria dos projetos florestais está sendo implantados na região dos cerrados, onde a topografia plana permite maior índice de mecanização. Onde a vegetação atinge o porte denso, utiliza-se nesta operação o correntão acoplado a dois tratores de esteiras que se movimentam paralelamente. São utilizadas para grandes áreas com rendimentos que variam de 1,5 a 4,0 ha/hora. - Enleiramento, queima e descoivaramento.
A seqüência normal, na maioria das empresas, é a retirada do material que permite algum aproveitamento, nesse caso para carvão, logo após a passagem do correntão. Em seguida, fazem-se o enleiramento do material restante na área, em fixas eqüidistantes mais ou menos 50 metros, que após a secagem, são queimados. Após a queima, procede-se o descoivaramento ou desenleiramento.
Precedendo à aração, inicia-se o combate à formiga que constitui sério problema, especialmente nos primeiros meses de vida da nova floresta. Este combate é feito em três sistemas, ou seja, através de três produtos distintos. O brometo de metila, a isca granulada e o heptacloro ou Aldrim líquido. Numa primeira etapa, utiliza-se o heptacloro ou Aldrim líquido aplicados através de pulverizadores motorizados costais pelo sistema de termonebulização. Este método tem apresentado grande eficiência e baixo custo, especialmente nos locais de alta intensidade de formigueiros, e também porque permitem a utilização em períodos chuvosos, o que não é possível com o emprego da isca granulada, embora seja este o método mais utilizado.
A isca granulada, além das limitações de época de aplicação, apresenta o sério inconveniente de eliminar também os inimigos natural tais como o tatu, o tamanduá, aves e pássaros. O brometo de metila já não tem os inconvenientes acima, mas apresenta sérias restrições de ordem econômica, devido ao seu alto preço e maior consumo de mão-de-obra.
Os resultados da experimentação sobre o manejo do solo demonstram que há uma relação direta entre o índice de revolvimento do solo e o crescimento e sobrevivência das plantas. Aração e gradagem são realizadas a uma profundidade média de 25 cm. As duas operações se completam e além de facilitar o crescimento, influem de maneira positiva no surgimento da vegetação invasora. Além dessas duas operações em solos com camadas impermeáveis, a subsolagem é realizada anteriormente a elas, com resultados positivos no crescimento; a única limitação é o fator do custo.
Operações de Plantio
Para se estabelecer o esquema operacional de plantio propriamente dito, dois fatores deverão ser definidos: O espaçamento e a fertilização.
O espaçamento de plantio é feito, principalmente, em função do emprego da madeira e da idade de corte. Entretanto outras variáveis devem ser consideradas na definição do espaçamento, quais sejam: Espécie, características edafo-climáticas do local de plantio, práticas silviculturais, volume da madeira, etc. O volume útil produzido por um povoamento é função da altura, do diâmetro e do fator de forma que são alterados, significativamente, pelo espaçamento. A totalidade dos trabalhos desenvolvidos, demonstra que a medida que se aumenta o espaçamento entre as plantas, há resposta no mesmo sentido para o diâmetro, demonstrando que ele é mais influenciado que a altura. Com relação às variedades das espécies há diferentes comportamentos quanto à competição por luz, água e nutrientes.
A grande parte das espécies é intolerante à competição, o que promove o alto desbaste. Esta tolerância ocorre em maior ou menor intensidade de acordo com as características genéticas da população. Para um mesmo espaçamento, o volume final de madeira de um povoamento é função direta do percentual de sobrevivência, e esta é influenciada pela densidade e pela idade da população. No que se refere às práticas silviculturais, a maior densidade da população promove uma rápida cobertura do solo, pela maior deposição de matéria orgânica e redução de luminosidade o que impede de forma definitiva o surgimento de ervas daninhas.
Por outro lado, o maior número de plantas por hectare, implica em maior custo de implantação, devido a um número maior de mudas, mais fertilizantes e mais mão-de-obra por hectare. Em contrapartida, o plantio em espaçamentos densos, em períodos curtos de exploração, fornecerá maior volume de madeira por hectare.
Como última consideração sobre espaçamento, é importante dizer que além da área disponível por planta, a sua distribuição espacial exerce influência no comportamento do plantio.
A produtividade de um maciço florestal é função da interação de dois fatores: Ambiente e genótipo. O genótipo é fruto das manipulações genéticas pode ser alterado através de uma série de alterações de preparo e fertilização. A fertilização é um dos principais meios para se obter ganhos de produtividade, em curto prazo, dentro de certos limites. Em geral, as áreas utilizadas para o reflorestamento são carentes de elementos minerais, exigindo, portanto, o emprego de adubação bem balanceada de forma a proporcionar níveis de NPK compatíveis com a cultura, com ênfase para fósforo.
A aplicação é feita em toda a superfície, após o desmatamento incorporado durante a operação de gradagem. O fosfato natural à razão de 1000 Kg/hectare e o calcário 1500 kg.
A formulação NPK na proporção 5-30-10 + Boro é aplicado no ato do plantio na razão de 150g/cova. Em razão d os constantes aumentos dos custos de fertilizantes, a fertilização florestal deverá ser reorientada de modo a se reduzir níveis/hectare, sem prejuízo da produtividade.
Sulcamento ou Coveamento
A última etapa de preparo do solo para o plantio é o sulcamento ou coveamento. O primeiro é feito somente em locais em que a topografia permite as operações de aração e gradagem. Quando o local é acidentado, como no caso da Vale do Rio Doce, o preparo do solo consiste apenas na roçada, retirada da vegetação e o coveamento.
Em geral, quando os cronogramas estão em fluxo normal o sulcamento ou coveamento são realizados com bastante anteced6encia ao plantio. O sulcamento é realizado com sulcadores acoplados à tratores de pneu e não devem ser muito profundos para que a muda não seja colocada na camada não removida do solo, já que a aração é feita, normalmente a 25cm de profundidade. O sulcamento é, em última análise, a demarcação do alinhamento de plantio, no espaçamento estabelecido.
O plantio, propriamente dito, é uma operação realizada manualmente devido ao tipo de embalagem utilizada, já que o eucalipto não permite, em larga escala, o plantio de mudas com raízes nuas.
A seqüência de atividades que compõe a operação de plantio é: Distribuição de mudas fertilizantes e Aldrim, em locais planos são realizadas semimecanicamente, mais em geral é executada manualmente; em seguida, faz-se a retirada da embalagem e o plantio. Existem equipamentos chamados de "Plantadeiras", que são na realidade, apenas distribuidoras de mudas que realizam a marcação das covas, neste caso elimina-se muitas vezes o sulcamento.
O plantio é realizado no período chuvoso entretanto,os grandes programas de plantio não podem depender exclusivamente dos dias em condições ideais, assim realiza-se o plantio irrigado. Os métodos, quantidade de água e irrigação variam de local para local.
Por outro lado, o plantio irrigado permite estabelecer um melhor aproveitamento da mão-de-obra e também soluciona o problema das mudas no viveiro, pois possibilita a execução dos cronogramas e operações num fluxo mais constante.
Tratos Culturais
Os tratos culturais compõem o conjunto de operações que são realizados no povoamento, visando a manutenção do terreno isento de vegetação competitiva. Geralmente, os tratos culturais são realizados até o terceiro ano de vida da floresta, já que o período inicial de crescimento é o mais crítico, entretanto, o período de realização e a intensidade variam em função do local, do tipo de vegetação invasora, do ritmo de crescimento, da espécie e do espaçamento.
Por exemplo, alguns plantios exigem intensidades de limpeza maiores que outros. Basicamente, existem três métodos para se realizar a manutenção de uma floresta: manual, mecânico, químico. Sendo os dois primeiros os mais utilizados e em regime de complementação, são empregados simultaneamente. Quanto ao processo químico, os resultados não são tão animadores quanto a eficiência, o alto custo e os riscos à micro fauna do solo.
A associação do cultivo manual com o mecânico se dá da seguinte forma: O manual é praticado nas linhas do plantio e entre elas se procede a limpeza mecanizada. Para a realização dos tratos culturais mecanizados, utilizam-se grades com variação de peso ou roçadeiras acopladas a tratores de pneu. Ensaios experimentais, conduzidos no Vale do Jequitinhonha pela FLORASA, estão demonstrando que aos 2,5 anos os melhores resultados em termos de produção por hectare, são obtidos quando se utiliza no primeiro cultivo grade pesada tipo Rome 20 x 24 e, no segundo, grade leve tipo Iciadec 20 x 16. Alguns altores recomendam o cultivo com roçadeiras devido ao fato de que as grades promovem a poda das raízes. No caso em questão, este fato foi observado, entretanto, houve a formação de novas raízes em número superior ao inicial, o que provavelmente tem contribuído para maior absorção de nutrientes. Por outro lado quanto mais manipulado for o ambiente maior o desenvolvimento das plantas.
O sistema de exploração adotado é o de corte raso, em rotações curtas, até recentemente 7 anos. Atualmente há uma tendência a se reduzir o intervalo entre cortes procedendo-se a um maior número de cortes para cada ciclo. No caso da FLORASA, os seus povoamentos, embora no espaçamento 3 x 2m estão sendo explorados a partir do quarto ano.
Os novos plantios serão executados em espaçamentos reduzidos como 1,5 x 1,0 m e 2,0 x 1,0 m para cortes de 3 em 3 anos. Uma série de dúvidas está sendo levantadas com relação às implicações do aumento de interfer6encia nos povoamentos, tais como: Ciclagem dos nutrientes, compactação do solo, redução do vigor das brotações sucessivas, e outros.
Por outro lado, a crescente necessidade de madeira para fins energéticos levam as empresas a se preocuparem com a produção de maior quantidade de fitomassa. A questão é estratégica, devemos usar a madeira não nos importa a que preço e teremos que nos preparar para solucionar os problemas que poderão advir da nova sistemática da nova utilização da floresta. No caso da regeneração, nos procedimentos tradicionais se faz a desbrota, selecionando os brotos mais vigorosos deixando de 2 a 3 por touça.
Os resultados experimentais do setor de transformação da madeira têm demonstrado que madeiras de menores dimensões originam carvão. E, os ensaios experimentais de manejo de brotação estão demonstrando que há uma seleção natural ou um alto desbaste nas touças. A não realização da desbrota, até os dois anos, está proporcionando maior volume por hectare, desde que seja feita uma adubação adequada. É prática de rotina na empresa a não realização da desbrota, realizando-se apenas limpeza da cepa logo após o corte, para permitir uma boa brotação e posteriormente faz-se a roçada.
Uma série de trabalhos está sendo desenvolvidos em relação ao manejo da regeneração, dentre eles pode-se enumerar: níveis de fertilizantes, época de aplicação, método de aplicação e fonte de elementos. Outro procedimento adotado pelas empresas é o interplantio ou adelçamento, que consiste em replantar as falhas que ocorrem no povoamento. Estas falhas são provenientes de plantio e das mortes durante o período de maturação, e aquelas provenientes da não emissão de brotos após o corte devido a fatores genéticos, injúrias na derrubada, pragas, e outros.
Com o interplantio pode-se voltar a população inicial, entretanto, há uma série de limitações para a sua execução, como: Só pode ser executada na época das chuvas e não poderá ser muito tempo após o corte, pois a regeneração tem o ritmo de crescimento maior do que o das mudas, este espaço entre o corte e o interplantio deve ser em torno de 15 dias.
O Brasil possui atualmente uma área de 3,5 milhões de ha cobertos com florestas homogêneas, dos quais 50% são Eucaliptos. O ritmo de plantio no último ano ultrapassou os 600 mil ha . Considerando-se o consumo específico alto, da ordem de 1 kg de sementes para plantio de 10 ha, estima-se que o consumo de sementes de eucalipto no país seja, atualmente, da ordem de 20 toneladas por ano, para atender a um programa de plantio de aproximadamente 220.000 ha, mantendo-se o percentual de 50%. A quase totalidade de sementes consumidas no país provém da África do Sul e Rodésia, já que a produção brasileira situa-se ao redor de 3.000 kg/ano. A demanda de grande quantidade de sementes faz com que haja a entrada de material sem controle de qualidade originando plantios de baixa qualidade e baixo rendimento.
Para se garantir o auto-abastecimento de sementes, as empresas de reflorestamento, especialmente aquelas ligadas às instituições de pesquisa florestal, estão estabelecendo seus programas de acordo com o seguinte esquema: - Áreas produtoras de sementes. A instalação de áreas produtoras de sementes é feitas a partir dos plantios existentes, através da seleção dos melhores talhões, onde se seleciona as árvores superiores, eliminando-se os indivíduos medíocres. As "APS” são de investimento barato e possibilita ganhos significativos e permitem a produção em curto prazo, reduzindo a dependência de outras regiões.
Na implantação dessas áreas, geralmente, o índice de seleção é da ordem de 10% e com a vantagem de se colher sementes para a utilização na mesma região que se encontram, portanto já adaptadas às condições edafo-climáticas locais. - Pomares de sementes. Os pomares constituem um seguro método de obtenção de sementes melhoradas, neste caso, os indivíduos selecionados são testados quanto ao seu valor reprodutivo através de testes de progênie. Para a formação de pomares, o índice de seleção é drástico possibilitando assim a escolha de indivíduos com destacada superioridade genética. realizada a seleção, parte-se para a propagação vegetativa que no caso de instalações de pomares é feita por enxertia.
A enxertia antecipa a produção de sementes, além de possibilitar o controle do crescimento das árvores matrizes, através da poda das covas. - Propagação vegetativa. A produção de mudas por enraizamento de estacas é, hoje, uma realidade nos meios florestais. Esta tecnologia desenvolvida originalmente na Austrália e na República Popular do Congo foi introduzida no país pela Cia. Aracruz Florestal, no início dos anos 70. A elucidação dos fenômenos anteriormente pouco conhecidos e o estabelecimento de princípios básicos essenciais ao sucesso dessa operação permitem que, atualmente, a propagação vegetativa seja adotada como prática de rotina para a implantação de maciços florestais em escala comercial. - Considerações finais sobre o melhoramento.
As empresas que utilizam a madeira como fonte de energia, devem estar atentas a determinadas características da árvore, que influenciarão na qualidade do carvão. Estas características podem ser manipuladas através do melhoramento florestal e manejo, já que a árvore é produto da inteiração genótipo x ambiente. A densidade, por exemplo, é uma característica fundamental do carvão vegetal, pois quanto mais denso o carvão, maior é a quantidade de energia por unidade de volume, e em conseqüência maior será o aproveitamento do espaço interno do reator.
A densidade carvão está diretamente relacionada com a densidade da madeira de origem. A densidade da madeira é uma característica que pode ser manipulada e de acordo varia em função da espécie, local, idade, taxa de crescimento, e outros.
Fonte: Universidade Federal de Minas Gerais
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