Os Emirados Árabes Unidos têm a 2ª maior economia dos Países Árabes, atrás apenas da Arábia Saudita. De 2002 à 2005, o PIB do País cresceu de US$ 71 bilhões para US$ 115,5 bilhões. Deste número, o setor de serviços representa, em média, 37%, a indústria, 50% e a agricultura, 4%. Além disso, o País possui uma população considerada jovem e crescente, tarifas baixas para produtos estrangeiros, um sistema bancário bem desenvolvido, uma excelente infra-estrutura e uma cultura de negócios familiar ao padrão ocidental.
Os EAU são membros da Liga de Estados Árabes, da qual participam 22 estados e, aproximadamente, 200 milhões de habitantes. O País também faz parte do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) e da Organização Mundial do Comércio (OMC).
A base da economia dos Emirados Árabes Unidos é, principalmente, o petróleo, a construção civil e o setor imobiliário. O País tem sete emirados, entretanto, cerca de 90% das atividades econômicas se desenvolvem nos Emirados de Abu Dhabi e Dubai.
Abu Dhabi é o maior dos Emirados, além de ser a capital federal e o maior produtor de petróleo do mundo. Em 2006, o país produziu 50 milhões de barris de petróleo por dia. Os EAU estão em 3º lugar entre as nações de maior reserva de petróleo do mundo e possuem 4ª maior reserva de gás natural do planeta.
Dubai é reconhecida como o centro comercial dos Emirados Árabes Unidos. A posição estratégica de Dubai, localizado entre 3 continentes, oferece excelentes oportunidades para exportadores interessados nos mercados emergentes do Oriente Médio, África e Ásia.
Estima - se que 85% das re - exportações dos EAU são provenientes de Dubai. Segundo a Câmara de Comércio e Indústria de Dubai (DCCI), o Emirado de Dubai re-exportou US$ 15,53 bilhões em bens não-petrolíferos no ano de 2004.
A Cidade de Dubai é também considerada a capital da construção civil do Golfo Pérsico. Durante o ano de 2003, foram construídos em Dubai 17.131 novos edifícios, superando em 23% as aprovações do ano anterior. Cerca de 80% dos materiais utilizados nestas obras são importados. O valor da produção do setor alcançou US$ 15,1 bilhões, em 2004, segundo o Banco Nacional de Dubai (National Bank of Dubai).
Até 2010, são esperados investimentos na ordem de US$ 72 bilhões no setor imobiliário. Estima-se que a liderança regional de Dubai continue nos próximos cinco anos.
Outro setor de destaque da economia dos EAU é a aviação, que, no Oriente Médio, possui uma das maiores perspectivas de crescimento do mundo. Nesta região, o fluxo do tráfego de pessoas e cargas tem crescido, em média, 10% ao ano. De acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (International Air Transport Association - IATA), os investimentos a curto prazo em reformas de aeroportos existentes e na construção de novos serão de US$ 38 bilhões.
O país é um importante centro de redistribuição de produtos no Oriente Médio, possuindo 13 zonas francas, 15 portos marítimos de nível internacional e 7 aeroportos internacionais. De acordo com o Departamento de Estatística dos Portos, Aduanas e Zonas Livres de Dubai (Ports, Customs and Free Zone Corporation - PCFC), a re - exportação dos Emirados Árabes Unidos cresceu 32,5%, durante os anos de 2004 e 2005.
O mercado dos EAU é considerado aberto e existem cerca de 600 eventos comerciais realizados, anualmente, no país. Os principais parceiros comerciais são China, Estados Unidos, França e Alemanha.
Em 2005, o Brasil aumentou suas exportações para os Emirados Árabes Unidos em 43%. Os principais produtos foram o açúcar (32%), a carne de frango (18%), o petróleo (12%), a soja (7%) e máquinas agrícolas (7%).
Desde 2005, as exportações brasileiras aos Países da Liga Árabe obtiveram um desempenho superior a todos os outros destinos, com exceção do Mercosul, que foi amplamente favorecido pelo efeito do crescimento econômico da Argentina e a de suas importações. Em 2006, as exportações para os Países Árabes aumentaram em 28,13% e, 16,20% para o mundo. Em termos de valores, o Brasil exportou US$ 6,672 bilhões aos Países Árabes em 2006.
Oferta e demanda
O mercado nos Emirados Árabes Unidos para madeira e produtos de madeira pode ser segmentado com base nos preços de venda (alto médio e baixo padrão). O aumento no número de hotéis luxuosos e resorts contribuem para uma porção significativa da construção civil de Dubai.
O setor da madeira nos Emirados Árabes Unidos tem crescido significativamente nos últimos anos. Em 2005, de acordo com o Departamento de Estatística dos Portos, Aduanas e Zonas Livres de Dubai (PCFC), o valor das importações de madeira e produtos de madeira aumentou em 34%, com relação ao ano anterior.
Ainda existe uma dependência grande dos EAU de mercados tradicionais, principalmente, dos Estados Unidos e Europa. Entretanto, os produtos europeus de madeira, devido à valorização do Euro frente ao Dólar, ficaram mais caros para os árabes, levando - os a buscar novos parceiros comerciais.
Os árabes respondem por uma fatia ainda pequena, mas crescente, no mercado consumidor do setor madeireiro do Brasil. Em 2004, o Brasil exportou US$ 35,5 milhões em produtos derivados de madeira para a região do Oriente Médio e Norte da África.
O Marrocos foi o principal comprador árabe do Brasil de madeira e suas obras. Em 2006, o volume de importações alcançou o valor de US$ 13,68 milhões, seguido por Emirados Árabes Unidos, com US$ 11,99 milhões, Arábia Saudita, com US$ 4,07 milhões, Jordânia, com US$ 2,03 milhões, e pelo Egito, que importou US$ 1,65 milhões.
Conforme demonstrado na Figura 1, entre os Países Árabes que apresentaram os maiores crescimentos nos valores importados do Brasil de madeira e suas obras, em 2006, comparado - se ao ano de 2005, destacaram - se os Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Jordânia, Argélia, e Iêmen.
O território dos EAU é predominantemente desértico e os bosques naturais cobrem menos de 1% do País. Mesmo com o desenvolvimento de um amplo programa de proteção dos terrenos naturais e de reflorestamento por parte do governo, a demanda doméstica de madeira é insuficiente para acompanhar o crescimento da economia do País.
Parte da demanda atual é suprida através da importação. A tendência é que, uma vez que não existem recursos naturais disponíveis para produção de madeira nos Emirados Árabes Unidos e com o avanço da infra-estrutura e urbanização, a importação de madeira e suas obras aumentem, criando um cenário positivo para os exportadores brasileiros.
Em 2005, de acordo com o Centro Internacional de Comércio (International Trade Centre - INTRACEN), os Países Árabes adquiriram US$ 3,331 bilhões em madeira. Este valor é, aproximadamente, 10% superior ao montante importado por tais Países, no ano de 2004.
Com exportações de US$ 31,80 milhões, o Brasil foi responsável pelo suprimento de 0,95% da demanda árabe por madeira e suas obras, no ano de 2005. O principal segmento demandado foram obras e produtos de madeira, a exemplo de trilhos para estradas de ferro.
A indústria madeireira de Dubai vivenciou grandes e positivas mudanças nos últimos anos, com a adoção de tecnologia e maquinário inovadores. Em 2006, o setor de madeira e móveis dos Emirados Árabes Unidos recebeu investimentos na ordem de US$ 213 milhões. Os produtores de artigos de madeira estão buscando estes novos recursos com intuito de modernizar e aumentar sua produtividade.
O Departamento de Estatística dos Portos, Aduanas e Zonas Livres de Dubai (PCFC) estima que as importações e reexportações de madeira dentro da região tendem a aumentar. O ritmo de crescimento da população dos EAU é vertiginoso e isso gera uma nova demanda de centros residenciais, comerciais e turísticos.
Devido a esta demanda e ao crescimento econômico, as exportações brasileiras de madeira para os Emirados Árabes Unidos têm crescido durante os últimos anos. O valor das exportações aumentou 320%, durante o período de 2002 e 2006.
Em 2006, os Emirados Árabes Unidos importaram, aproximadamente, US$ 615 milhões de produtos pertencentes ao NCM 44 - composto por madeira, carvão vegetal e obras de madeira. O Brasil teve uma participação de 1,95%, com US$ 11.998.734. Durante os meses de janeiro a setembro de 2007, o valor das exportações brasileiras de madeira para os EAU foi de US$ 8,206 milhões.
Em 2006, o principal item da pauta de exportações, do Grupo 44, do Brasil para os Países Árabes, foi madeira serrada ou fendida longitudinalmente, com vendas de US$ 13,19 milhões, representando um crescimento de 15,27%, frente ao ano de 2005.
O segundo segmento é madeira compensada, madeira folheada e madeiras estratificadas semelhantes, com exportações de US$ 13,04 milhões. No ano de 2005, a venda do produto alcançou o valor de US$ 11,30 milhões, superando em 15,50% o ano anterior.
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