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REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°63 - ABRIL DE 2002

Informática

Negócios virtuais ganham fôlego

Mesmo com negócios girando em US$ 60 bilhões no mercado norte americano, as vendas pela Internet deixaram a desejar em 2001. A previsão inicial dos Estados Unidos era de alcançar os US$ 73 bilhões, na área de B2C (busines-to-consomer ou vendas ao consumidor). A redução da meta proposta é atribuída a três fatores: os atentados terroristas aos Estados Unidos que prejudicaram o setor de viagens aéreas, a desaceleração prolongada no mercado de ações, em razão do quadro econômico recessivo, e a instabilidade no setor de computadores pessoais. Nota-se que o estudo não identifica desinteresse por parte dos internautas, mostrando que este mercado pode ser impulsionado em breve.

Os reflexos da desaceleração da economia americana devem atingir o setor virtual somente até o primeiro semestre deste ano, em que as vendas pela Internet estão estimadas em US$ 100 bilhões. Para 2003 a expectativa é de 150 bilhões, alcançando US$ 200 bilhões em 2004, nos EUA. Isto significa que, apesar de uma breve desaceleração, os negócios on-line continuam sinalizando resultados promissores em todo o mundo, embora algumas restrições persistam. É muito difícil vender um produto novo ou conquistar um novo cliente a partir de uma venda virtual, mas é muito mais confortável para um cliente consolidado solicitar seus pedidos via on-line. Como em todos os segmentos, este também apresenta pontos positivos e inconvenientes.

As análises feitas constataram que 40% das empresas tradicionais que operam também pela Internet já estão obtendo lucros em seus negócios virtuais, enquanto 25% das pontocom de B2C mais visitados devem alcançar o recorde de vendas neste ano. Outro fator positivo é que boa parte dos problemas que incomodam os navegadores como lentidão no processo, já estão sendo resolvidos pelas inovações tecnológicas.

Para obter resultados satisfatórios no mercado virtual é preciso muito mais que expor os produtos na rede. Neste sentido, os especialistas alertam que existem quatro requisitos necessários para uma operação bem sucedida de vendas on-line: oferecer um web site funcional e de fácil navegação; apenas uma página para preenchimento do pedido; serviço telefônico para atendimento rápido ao cliente e uma marca facilmente reconhecida. Por isso que as empresas já consolidadas no mercado tradicional alcançam facilmente o sucesso virtual, porque elas só facilitam o processo para o cliente já conquistado. Por outro lado, as que começam do zero correm um alto risco e devem apostar na criatividade para não perderem o investimento.



E-Commerce

A compra e venda de bens e serviços pela Internet (E-commerce), através do B2B ou do B2C promete benefícios como: serviços de melhor qualidade, serviços com custo reduzido, lucros elevados, transações comerciais mais rápidas, custos administrativos reduzidos, maior rentabilidade do investimento. O E-commerce deve ser utilizado como uma ferramenta complementar aos canais de distribuição convencionais, sendo atraente aos usuários e lucrativo às empresas. O alcance global a custos reduzidos é uma boa oportunidade para as pequenas e médias empresas. O termo E-commerce agrega outras divisões como: Business to Business (B2B) ou compra e venda; B2C (Business-to-consumer) ou vendas ao consumidor; Eletronic Data Interchange (EDI), ou ainda Intercâmbio de dados B2B (business-to-business ou empresa a empresa).

Comércio virtual

As vendas pela Internet vêm crescendo de acordo com a aceitação dos usuários e não com o crescimento do número de internautas. Um dado positivo, pois é mais fácil investir em marketing para trabalhar a mentalidade de quem já convive com a Internet do que inserir novas pessoas nesta mídia. A segunda opção dependeria de recursos externos, como possibilidade de acesso ao computador.

No período em que a Internet expandiu-se no mercado brasileiro, entre 1997 e 1998, a comunidade on-line duplicou, enquanto as vendas globais de e-commerce triplicaram, chegando a US$ 38 bilhões, no mesmo período. Assim, confirma-se a não linearidade da evolução comercial. De acordo com a Forrester Research, o e-commerce pode representar até 17,5% do comércio total mundial em 2003.

Segundo estudos publicados em 2000, o volume de dinheiro movimentado pelo B2B é 10 vezes superior a do e-tailig. As vendas do B2B superam também as vendas do B2C e esta tendência deve se manter nos próximos anos. O estudo estima vendas de US$ 1,082 trilhões para 2003. Isso equivale a 87% das vendas totais do e-commerce, com o setor B2C representando os 13% restantes com US$ 162 bilhões.

A maior parte da receita do e-commerce provém, atualmente, dos EUA. Embora este número venha reduzindo estima-se que no próximo ano mais de 50% do valor adquirido pelo e-commerce vai continuar provindo dos Estados Unidos. Apesar de representar números inferiores a América Latina deve apresentar maior desenvolvimento em e-commerce no ano que vem.