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Editorial |
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O desmatamento na Amazônia tem se mostrado assunto de destaque internacional há bastante tempo. A repercussão, entretanto, já se mostra redundante, sabedores que somos de suas causas, e esclarecidos também de sua solução.
A floresta Amazônica guarda sua riqueza e irá se perpetuar se soubermos aproveitar esta riqueza de forma sustentada e permanente. Isso significa que entre outros benefícios a floresta pode nos oferecer madeira de forma contínua, desde que extraída com sistema de manejo, sem grande impacto ambiental.
Contraditoriamente o grande vilão da devastação é a pecuária, responsável hoje por 75% do desmatamento da Amazônia brasileira. Mas para enfrentar o interesse econômico da pecuária é necessário valorizar mais a madeira, agregar mais valor, para que ela possa combater economicamente seu concorrente: o boi.
O potencial de madeira em toras da Amazônia brasileira está avaliado em 60 milhões de metros cúbicos. Entretanto, pouco mais de 10% tem condições de ser aproveitado pela indústria madeireira. Isso porque a floresta Amazônica não apresenta a mesma densidade de madeiras comercializáveis que o sudeste asiático, por exemplo.
Este percentual poderia aumentar com a utilização de outras espécies, hoje não difundidas comercialmente. Entretanto, as limitações em pesquisa reduzem seu interesse.
Assim, na luta pelo desenvolvimento sustentável deve-se incluir maiores investimentos em pesquisas científicas sobre a floresta e o estudo da melhoria dos aspectos econômico, social e ambiental da exploração. Isso irá garantir não só a evolução econômica do setor, mas também o desenvolvimento social.
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