A Índia, aos olhos do Ocidente, tem-se revelado uma nação misteriosa, enigmática e surpreendentemente reveladora e atraente. Em meio a um vendaval de misérias e contrastes, apresenta-se, ao mesmo tempo, pujante.
A evidência histórica milenar da tradição indiana de lidar com a diversidade - étnica, religiosa e lingüística - tem contribuído para o aperfeiçoamento de suas instituições democráticas, permitindo classificá-la como o país de maior crescimento entre as economias abertas do mundo atual.
O século 21 é o século das economias asiáticas. Nesta perspectiva, a Índia tem procurado superar seus traumas e dramas históricos, impostos por séculos de domínio estrangeiro e por sua própria condição cultural, com uma postura pro-ativa e empreendedora diante dos desafios da economia mundial, onde as mudanças de paradigmas propostos pela Terceira Revolução Científica e Tecnológica têm desafiado a capacidade de adaptação das economias nacionais.
A Índia optou por basear seu crescimento no setor de serviços, principalmente apoiando empreendimentos da área de Tecnologia da Informação, que ostenta, como atividades predominantemente urbanas, a sua economia. Enquanto isso, o campo, que abriga mais de 70% da população total, contribui apenas com 22% para a formação do PIB indiano. Por isto, se diz e observa que a Índia é brilhante nas zonas urbanas e escura nas zonas rurais.
Segundo país de língua inglesa do mundo, com uma população de 1,1 bilhão de habitantes, 44% dos quais com idade inferior a 25 anos, a economia indiana credita seu atual sucesso principalmente à disponibilidade de mão-de-obra especializada, oferecendo como exemplo a formação anual de mais de 300 mil engenheiros e cerca de 75 mil técnicos em Tecnologia da Informação. No entanto, há jovens graduados com salários que alcançam dez mil dólares mensais, ao lado de outros muito mal remunerados que vivem em áreas favelas das grandes cidades.
Há apenas quinze anos começou o processo de liberalização da economia indiana, gerando grandes controvérsias, notadamente no que diz respeito ao elevado crescimento do desemprego e à depredação dos escassos recursos hídricos do país.
Apesar de o governo gastar 10 vezes mais no campo do que em outras áreas, as disparidades entre o campo e a cidade são muito grandes, em razão, principalmente, dos altos investimentos externos realizados nas áreas urbanas.
As exportações de softwares da Índia proporcionam uma receita de mais de US$ 17 bilhões que, somados às remessas de 24 bilhões de dólares de indianos residentes no exterior, com mais cerca de 7 bilhões de dólares previstos de Investimento Direto Estrangeiro (IDE) conferem à economia indiana um excepcional aporte de recursos para o seu desenvolvimento, que está respaldado no seu imenso mercado interno e na disponibilidade de recursos humanos especializados.
Entre os principais problemas enfrentados pela sociedade indiana estão o da sua matriz energética, que importa mais de 70% do petróleo que consome, a baixa poupança interna (cerca de 23% do PIB), confrontada com a China que poupa 40% do PIB, dos freqüentes atentados terroristas, da grande disparidade entre o mundo urbano e o mundo rural, de destinar 20% do orçamento público com a defesa, entre outros. Apesar disso, o país que diz possuir um sistema de planejamento dos mais interativos, que formula sua política econômica através de uma Comissão de Planejamento, com cerca de 220 profissionais e 700 prestadores de serviço, presidida pelo próprio primeiro-ministro, segundo seu Plano Nacional de Desenvolvimento, objetiva alcançar um crescimento do PIB entre e 7% e 8% ao ano, durante 25 anos e, assim, ultrapassar o PIB da Itália (2020), da França (2025), da Alemanha (2030) e do Japão (2033).
História recente
A origem da nação hindu é a civilização que se desenvolve desde 2.500 a.C. no vale do rio Indo, atual Paquistão. No século VII os árabes invadem o oeste da Índia e introduzem o Islamismo. Os ingleses consolidam o domínio do país pelo Reino Unido em 1690, após guerra com a França. Em 1920 Gandhi desencadeia uma luta nacionalista. A Índia obtém sua independência em 1947, quando os líderes muçulmanos decidem formar um estado independente, o Paquistão.
Durante o período da guerra fria a União Soviética apóia a Índia, sendo o Paquistão apoiado pelos Estados Unidos. O primeiro governo independente, até 1964, presidido por Jawaharlal Nehru, é estatizante e de origem socialista.
Os conflitos étnicos continuam. Em 1996, inicia-se uma fase marcada pela formação e queda de coalizões. O BJP é o partido mais votado nas eleições de 1998. O triunfo militar das forças indianas em novo embate na Caxemira, em maio de 99, garante a vitória do BJP e partidos aliados nas eleições de setembro e outubro. A questão Caxemira continua com grupos muçulmanos na Caxemira indiana reivindicando a independência da região ou sua anexação ao Paquistão.
Com 3.287.590 Km², localizada no centro-sul da Ásia, limita-se ao noroeste com o Paquistão, ao norte com a China, Nepal, Bangladesh e Butão e por Mianmá ao leste. De formato triangular, ocupando a maior parte da região sul da península do subcontinente indiano, possui climas de monção (na maior parte do território), tropical, equatorial (ao sul), árido tropical (ao noroeste) e de montanha (ao norte). Sua linha de fronteira acompanha a cadeia do Himalaia ao norte que separa sua vasta planície do resto da Ásia. O País possui 28 estados
Sua estrutura etária é formada de 0 a 14 anos 30,8%; de 15 a 64 anos 64,3% e de 65 anos ou mais 4,9% Com etnias são Indo-arianos 72%, Drávidas 25%, Mongóis e outros 3%. E o indice de alfabetização é de 59,5% total, sendo homens 70,2% e mulheres 48,3%
Seu PIB é dividido em agricultura 18,6%; indústria 27,6% e serviços 53,8%. E seus principais produtos são: Indústria - têxteis, juta, alimentos processados, aço, maquinarias, equipamentos de transporte, cimento, alumínio, fertilizantes, mineração, petróleo, produtos químicos e softwares para computadores. Agricultura - trigo, arroz, cana-de-açúcar, sementes oleaginosas, batatas, açúcar, algodão, juta, chá gado, búfalo, ovelha, cabras, aves e peixes.
Como recursos naturais tem carvão, minério de ferro, manganês, mica, bauxita, cromita, tório, calcário, baritina, minério de titânio, diamantes e
Como negociar na Índia
Os indianos não apreciam a denominação inglesa de suas cidades, e muitas vezes, o corrigem de imediato. Dê preferência aos nomes indianos de Mumbai, Kolkata e Chennai.
A língua inglesa é a mais importante nas relações comerciais. Entretanto uma parcela significativa da população fala apenas as demais línguas e dialetos. Normalmente os empresários mais jovens falam o inglês. Portanto nas negociações e correspondências este é o idioma preferencialmente utilizado. O período mais indicado para visitas a Índia é durante o inverno, meses de outubro a março, quando a temperatura está mais agradável. Os empresários indianos são hospitaleiros e fiéis às suas tradições. São receptivos, mas não deixam de demonstrar sua desconfiança. Sempre que possível se apresente através de uma referência.
Um sinal de cordialidade e amizade são os tapinhas calorosos. Lembrem-se que as mulheres são relegadas ao segundo plano e mesmo em situações informais não as toque. Quando apresentado a uma mulher nunca estenda sua mão. Aguarde que ela lhe cumprimente, e na maioria das vezes o fará com um aceno de cabeça. Também não fite, mesmo que ela fique lhe olhando.
Recomenda-se sobriedade no vestir e pontualidade nos horários das reuniões agendadas. O cartão de visita deve sempre ser entregue com a mão direita e com o logotipo e o nome voltado para quem o recebe. Sempre o entregue na mão e nunca o coloque sobre a mesa.
À mesa utilize sempre que não houver talheres, a mão direita para pegar os alimentos e louças. Lembre-se que a vaca é um animal sagrado que não deve ser tocado ou afugentado.
O sinal de sim com a cabeça é horizontal e não vertical; homens abraçados ou de mãos dadas é comum nos países orientais e asiáticos e representam amizade e fraternidade. Casais não andam de mãos dadas e o beijo, mesmo na face não é dado em público.
O indiano é vaidoso e usa jóias em formas de anéis com pedras. As mulheres que são casadas possuem uma pintura vermelha na testa, perto do couro cabeludo.
A Índia é uma das civilizações mais antigas do mundo. Seu território abriga uma enorme diversidade étnica facilmente percebida nos quatro cantos do país. Diferentes crenças, culturas, rituais e modos de vida milenares estão presentes por toda a Índia, nas grandes metrópoles e nos vilarejos do interior.Dos suntuosos palácios e monumentos do Antigo Império aos seus diferentes tipos de santuários ecológicos, a Índia fascina o mundo com seu jeito único de ser essencialmente exótica, misteriosa e bela.
Nova Delhi - a capital da Índia representa bem a diversidade cultural indiana. Resultado das várias dinastias e impérios que comandaram a cidade, Nova Delhi abriga diversos templos, palácios e ruínas monumentais, que fazem dela uma das cidades mais exóticas e impressionantes do mundo.
Bombaim (Mumbai) - das quatro maiores cidades da Índia, Bombaim é a mais cosmopolita. No entanto, em meio ao caos natural de uma metrópole de 3° mundo, é possível encontrar fortes amostras da rica cultura indiana, como na arquitetura de templos sagrados e na gastronomia.
É uma das principais portas de entrada para quem vai à Índia.
Jaipur - A rosa, a cidade avermelhada de Rajastão, Jaipur é uma das cidades mais fascinantes da Índia, repleta de palácios, muralhas, fortes e monumentos, em sua maioria construídos em pedra cujo tom avermelhado determina o aspecto pitoresco desde lugar encantador.
Agra - um dos principais pontos turísticos da Índia, abriga o famoso Taj Mahal, imponente monumento construído pelo príncipe Shan Jahan para simbolizar seu amor pela princesa Mumtaz Mahal. Na cidade ainda existem diversos palácios, muralhas e monumentos.
Khajuraho - abriga 22 gloriosos templos que representam a arquitetura indiana mais clássica, com muitas esculturas, algumas eróticas e outras místicas.
Varanasi - às margens do Rio Ganges, o rio mais famoso da Índia, Varanasi é a mais sagrada das cidades Hindús, onde é possível acompanhar de perto alguns rituais seculares desta religião.
À 10km localiza-se Sarnath, berço do Budismo, onde o Príncipe Sidarta proferiu o seu primeiro sermão ao mundo, à 2.500 anos atrás.
Kathmandu - Capital do Nepal, a cidade abriga inúmeros templos sagrados. É um dos maiores centros de peregrinação budista e também é o ponto de partida para o Himalaia.
Nome Oficial: República da Índia
Área: 3.287.590 km²
Capital: Nova Delhi
Principais cidades Mumbai, Kolkatata, Chennai, , Hyderabad, e Ahmedabad
Idioma: Hindi e inglês
Religião: Hindu e Muçulmana
População: 1.095.351.995
Expectativa de vida H/M: Total: 64,71
Homem: 63,9
Mulher: 65,57
Moeda: Rúpia indiana (INR)
PIB: US$ 3.611 trilhões
Renda per capita: US$ 3.300
Informações de viagem
Hora padrão: Nova Delhi tem mais 9:30 h a frente de Brasília.
Temperatura média: Cidade de Nova Delhi Janeiro: 13.9°C Julho: 31.1°C
Horários comerciais: O horário comercial é de 09:30hs às 17:30hs para o setor privado e as repartições públicas. O horário de almoço geralmente é entre 13:00hs e 14:00 hs.Algumas empresas funcionam aos sábados.
Visto: Existe exigência de visto para os brasileiros. |