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REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°105 - MAIO DE 2007

Espanha

Negócios seguem regras da Comunidade Européia

A Espanha conta com grande número de empresas de pequeno e médio portes. A escolha de um agente ou representante comercial poderá ajudar na colocação do produto no mercado atacadista e varejista.

Madri e Barcelona são mercados onde se localiza a maioria dos agentes e distribuidores que importam os produtos e repassam para as demais regiões. As grandes redes de supermercados que nas últimas décadas aumentaram significativamente são os principais canais de distribuição o que dificulta o estabelecimento de relações diretas com os varejistas que compram de importadores e distribuidores. Este é mais um motivo que justifica a participação em feiras e missões comerciais.

Desde a incorporação à União Européia, Espanha adota todas as regulamentações pertinentes ao comércio exterior do bloco. O MRE recomenda ao empresário interessado em vender seus produtos na Espanha que conheça primeiro as diretrizes estipuladas para a União Européia e posteriormente analise o mercado do país.

Deve ser observado que na União Européia as normas de certificação ISO9000 são cada vez mais valorizadas e determinantes para a competitividade.

As barreiras tarifárias e não-tarifárias existentes no comércio do Brasil com a União Européia afetam substancialmente a balança comercial brasileira.

Nas negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC), os temas agricultura e normas para o setor têxtil, áreas em que o País é competitivo, sempre estiveram à margem da liberalização comercial restringindo o livre comércio, não só dos países em desenvolvimento, mas também dos países mais pobres. Até que ocorram os ajustes dos acordos no âmbito da OMC, as barreiras aos produtos brasileiros prevalecem.

A Espanha como país-membro da EU adota no comércio exterior as mesmas regras da política comercial comum utilizada nos demais países da Comunidade. Com relação aos produtos agrícolas para terceiros países existe uma série de exigências. No caso das frutas, por exemplo, vão desde o certificado de origem, aspectos referentes à salubridade, presença de resíduos tóxicos até o tamanho. A Associación Española de Normalización y Certificación (AENOR) é o órgão credenciado para desenvolver as atividades relativas à certificação de qualidade na Espanha.

Atualmente diz-se que informação é poder. Em se tratando de negócios, toda a atenção é necessária. Negociar é uma arte, e como toda arte pode ser melhorada. Porém é necessário conhecer os usos e costumes da população do mercado pretendido.

Por isso é de suma importância conhecer antecipadamente um pouco da realidade cultural e social com quem se pretende fazer negócios, levando-se em conta que para superar dificuldades de comunicação não basta dominar o idioma. Além de princípios que não variam com o tempo ou lugar (por exemplo, persuadir sem impor), cada país tem um conjunto de normas não escritas, mas, cujo descumprimento poderá frustrar toda a estratégia de negociação.

Na Espanha não é diferente. Historicamente foi dominada pelos romanos e em outras ocasiões seguiu as orientações de muçulmanos e católicos.

Cada uma dessas influências e dominações duraram séculos. A força dessas três influências culturais era de natureza tribal com forte autoritarismo estrutural. Desde cedo a estrutura da família refletia na distribuição de poder. Isto é comum na lei islâmica que definia claramente a completa autoridade de Deus. O catolicismo continuou com a tradição.

O gosto dos espanhóis é conservador e varia de acordo com as características de cada região. De modo geral, a dieta é baseada em verduras, frutas, azeite, vinho e pescados – a Espanha é o segundo maior consumidor de pescados do mundo. As espécies mais apreciadas são sardinha, merluza, salmão, linguado, lula, lagosta e cavala. Atualmente os maiores fornecedores são Argentina, Marrocos, Namíbia e Estados Unidos.

A tendência mundial pelo consumo de alimentos saudáveis, produtos orgânicos, sem agrotóxicos, com baixo teor de colesterol, açúcar e sódio, foi assimilada também pelos espanhóis. Tem crescido também a demanda desses alimentos para crianças. Isso se traduz em oportunidades para o Brasil que dispõe de produtos alimentícios de alta qualidade. O consumo de produtos orgânicos ainda é limitado, cerca de 1% do mercado total de alimentos e deve-se a fatores tais como: preço, pois chegam a custar até 50% mais caro, falta de conhecimento dos beneficiários para a saúde etc.

Na Espanha, as frutas são muito utilizadas como sobremesas, cujo consumo é incentivado em campanhas. O consumo de laranjas chega a 27% do total de frutas frescas. Outras frutas muito consumidas são banana, maçã e melão.

Comportamento local

Aperte as mãos no encontro ou na despedida. Pessoas mais velhas ou do alto escalão podem tratá-lo pelo primeiro nome. Não tome isto como permissão para utilizar o mesmo tratamento com eles. Use o sobrenome deles ainda que seja convidado para fazê-lo de outra maneira.

Se a pessoa de alto escalão permitir-lhe que use o primeiro nome dele, preceda com um Don como sinal de respeito.

Uma das metas do governo brasileiro, por intermédio da Agência de Promoção de Exportações do Brasil é ampliar o número de empresas exportadoras e facilitar o acesso dos produtos brasileiros ao mercado internacional.

A agência atua em parceria com o poder público e privado e está adotando em seu trabalho o conceito de “Inteligência Comercial”, ou seja, um trabalho de cruzamento de informações para que os empresários de todo o País possam conhecer mais sobre o mercado internacional. Além disso, trabalha também a imagem do País no exterior e a “Marca Brasil”. Na opinião do presidente da Associação do Comércio Exterior do Brasil (AEB), Benedicto Fonseca Moreira, “um dos mitos que atrapalham o nosso comércio exterior é a crença de que será possível aumentar a exportação ou diversificar as vendas sem melhorar a imagem externa".

O governo espanhol também identificou produtos com novas oportunidades de negócios para a Espanha: moda, idioma espanhol, audiovisual, engenharia, consultoria, infra-estrutura, meio ambiente, tecnologia da informação e distribuição comercial. Entre os destinos serão prioridades as áreas ibero-americanas (Brasil, Argentina, México, Chile e República Dominicana), Magreb, Mediterrâneo e Oriente Médio (Marrocos, Egito, Turquia e Irã), Europa Central e Oriental, Estados Unidos e Canadá.

Separada do resto da Europa pelos Pirinéus e a partilhar a Península Ibérica com Portugal, a Espanha ocupa um vasto território continental e inclui, ainda, dois arquipélagos (Baleares e Canárias) e os enclaves de Ceuta e Melilla, no Norte de África.

À imensidão geográfica junta-se uma espantosa diversidade paisagística – dos cumes cobertos de neve dos Pirinéus, da Serra Nevada e dos Picos da Europa aos desertos de Almería e às praias do Mediterrâneo, ou dos campos verdes da Galiza à paisagem lunar das Canárias, para só citar alguns contrastes – e, também, histórica, cultural e lingüística.

Para além dos ícones turísticos mais conhecidos, como as touradas, o flamenco, as grandes celebrações religiosas ou os destinos de praia e sol e vibrante vida noturna, surge uma herança arquitetônica, monumental e artística única, grandes capitais como Madrid ou Barcelona, inúmeras cidades e vilas históricas cheias de tesouros e fantásticas serras e parques naturais, o que contribui para um fascínio e variedade de oferta turística que poucos países conseguem igualar.

A Espanha soube, também, preparar-se para receber os visitantes: o patrimônio cultural e humano e a alegria e hospitalidade da população é complementada por uma ótima e variada gastronomia, facilidade e abundância de alojamento e, sobretudo, o inegável interesse do sentido de identidade de cada região, o que faz com que existam, na realidade, várias espanhas dentro deste enorme país.

A Nordeste, Espanha tem fronteiras com França e Andorra; no Sul, limita com o território britânico de Gibraltar; em África, os seus territórios fazem fronteira com Marrocos.

O território continental está dividido em 15 comunidades, por sua vez divididas em províncias: Andaluzia, Aragão, Astúrias, Cantábria, Castela e Leão, Castela-La Mancha, Catalunha, Estremadura, Galiza, La Rioja, Madrid, Múrcia, Navarra, País Basco e Valência.

DADOS BÁSICOS

Nome oficial: Reino da Espanha

Superfície: 504.880 Km2

Localização: Sudoeste da Europa

Capital: Madrid

Principais cidades: Madrid, Barcelona, Valencia, Sevilha

Idiomas: Espanhol, catalão, galício e basco

PIB (2005): US$ 1,1 bilhão

PIB "per capita": (2005) US$ 24.943

Moeda: Euro.