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REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°105 - MAIO DE 2007

Estados Unidos

Comércio entre Brasil e Estados Unidos atinge recorde de US$ 39 bilhões

Em 2006, o intercâmbio comercial entre Brasil e Estados Unidos alcançou o recorde histórico de US$ 39,12 bilhões – 17,41% da balança comercial brasileira -, com saldo positivo de US$ 9,74 bilhões para o Brasil. As exportações brasileiras para os Estados Unidos cresceram 8,72% no ano passado, totalizando US$ 24,43 bilhões. As importações aumentaram 15,99% e alcançaram US$ 14,69 bilhões.

Apesar do resultado recorde, a participação norte-americana no total de exportações e de importações brasileiras manteve a tendência de queda registrada desde 2003. Até então, a fatia dos Estados Unidos na balança comercial brasileira oscilava para cima e para baixo, embora fosse superior a dos demais parceiros comerciais brasileiros. A Câmara Americana de Comércio (Amcham) avalia, entretanto, que a redução da importância dos Estados Unidos na balança comercial brasileira nos últimos anos não representa um problema.

Em 2006, os norte-americanos ficaram com 17,77% do total das exportações brasileiras, contra 25,44% em 2002. Já as compras feitas pelo Brasil nos Estados Unidos, que em 2002 representavam 21,77% de nosso total de importações, encolheram para 16,08%.

A exemplo de anos anteriores, em 2006 destacou-se a ampliação das vendas brasileiras para mercados não tradicionais e com pequena participação na pauta – o que, na avaliação do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), tem sido um dos fatores do aumento das exportações brasileiras. Cresceram as vendas brasileiras para países do Oriente Médio, América Latina, África e Ásia. O Brasil foi um parceiro importante para Cuba, o país latino-americano cujo Produto Interno Bruto (PIB) - a soma das riquezas produzidas pelo país - mais cresceu em 2006: 12,5%.

Os Estados Unidos se manteve como principal fornecedor brasileiro em 2003, mas as importações brasileiras daquele país caíram 7%, totalizando US$ 9,56 bilhões. Caíram as importações de sete dos dez produtos mais comprados pelo Brasil. Também caíram as importações brasileiras de mercadorias da vizinha Argentina – o segundo parceiro comercial do Brasil - em 1,48%. Em compensação, as compras de produtos chineses cresceram 38,20%.

A corrente bilateral de comércio com os EUA continuou em crescimento nos anos seguintes (sempre com saldo positivo para o Brasil), mas em ritmo mais lento do que as trocas com outras regiões. Em 2004, cresceu a participação dos países sul-americanos como destino de produtos brasileiros. As vendas para a Argentina subiram 61,65%. Também cresceram as vendas para México (44%), Chile (35,40%), Venezuela (141,79%), Colômbia (38,64%), Paraguai (23,28%), Uruguai (65,30%), Peru (29,43%), Bolívia (48,80%) e Equador (38,71%).

Os Estados Unidos é o quarto maior país do mundo, em extensão territorial, depois de Rússia, China e Canadá. É constituído de 48 estados e do Distrito de Columbia, sede da capital do país, bem como dos estados do Alasca, a noroeste do Canadá, e do Havaí, distante cerca de 3.400 quilômetros da Costa Oeste americana, e dos territórios de Guam, Ilhas Virgens, Porto Rico, American Somoa e outras ilhas do Pacífico.

Em comparação com outros países e regiões, os Estados Unidos é duas vezes e meia maiores do que a União Européia e têm área aproximadamente equivalente à metade da extensão territorial da Rússia e da América do Sul, e ligeiramente superior à do Brasil.

Os Estados Unidos é claramente o país que exerce maior influência nas relações políticas internacionais. Esse predomínio acirrou-se com o desmembramento da União Soviética e o fim do comunismo. Atualmente, os EUA são a grande potência mundial, o que é percebido através da posição predominante que tem nos foros internacionais, econômicos e junto a diversos organismos multilaterais, políticos e militares, assim como também pela capacidade de ação que tem exercido sobre países que vão contra os seus interesses, chegando inclusive a intervenção direta como já aconteceu no Iraque e Haiti.

Os Estados Unidos possui uma grande capacidade de absorção interna, um mercado de proporções gigantescas e diversificado, mão-de-obra muito especializada, uso intensivo de capital e, em particular, grande capacidade de inovação tecnológica.

O seu poderio econômico se traduz pelo alto grau de influência comercial. Possui um bom dinamismo econômico sendo, sua taxa de crescimento em 2005 de 3,5%. Do ponto de vista comercial é um dos países que tem capacidade de influenciar os preços internacionais, e seu poder econômico e comercial cresce, também, como conseqüência das atividades de suas multinacionais existentes na maioria dos países.

O setor de serviços corresponde aproximadamente 80% do PIB americano. Por ramos de atividades, são as seguintes as participações percentuais no valor total da produção do setor: outros serviços prestados pelo setor privado – principalmente nos segmentos ligados à tecnologia da informação (21%); bancos, seguros e imóveis (19%); governo (13%); transportes e serviços de utilidades públicas (9%); comércio varejista (9%); comércio atacadista (7%); e construção (4%).Indústria

A indústria americana cresceu na esteira do “boom” econômico dos anos 90. Observou-se, em particular, crescimento significativo na produção de bens e sistemas de alta tecnologia, crescimento este alimentado pela demanda cada vez maior por produtos do segmento. A indústria de bens de consumo tradicionais, no entanto, experimentou quedas no ano 2000. O mesmo aconteceu com o setor de exportação, afetado pela desaceleração da economia global e pela valorização do dólar norte-americano. Esse setor continua sendo um ponto fraco da economia norte-americana.

Os indicadores econômicos atribuem o crescimento do intercâmbio ao setor de tecnologia da informação. Nos Estados Unidos, os bens duráveis tais como maquinário, equipamentos e bens utilizados pelo setor aeroespacial respondem pela maior parcela das exportações da indústria tradicional. Em 2005 o setor representou 20.4% do PIB total americano.

O sistema de quotas constitui uma das principais modalidade de barreiras não-tarifárias. A alfândega americana administra a maioria das quotas atualmente em vigor. As quotas de importação podem ser divididas em dois tipos:

Quotas absolutas: estabelece o limite quantitativo para a entrada de mercadorias para um determinado período. Se a quota for preenchida o excedente poderá ser reexportado ou armazenado até o próximo período.

Quotas tarifárias: estabelece a quantidade de mercadoria que pode ser importada a uma tarifa reduzida, sendo que a quantidade que exceder esse limite físico estará sujeito a alíquota mais elevada.

Regulamentos

As mercadorias comerciais de origem estrangeira devem se submeter a uma “entrada” formal nos Estados Unidos, cumprindo as numerosas leis e regulamentos do Serviço de Alfândega Americano (US Customs Service). A Alfândega define “entrada” não apenas como o processo de chegada de mercadorias em um porto, mas também como o processo de apresentar a documentação necessária ao desembaraço das mesmas.

O processo de entrada é idêntico em todos os Estados Unidos. As mercadorias podem entrar no país para consumo, para depósito em armazém alfandegado e posterior reexportação ou podem ser transportadas in-bond (alfandegadas) para outro porto de entrada, onde serão recebidas sob as mesmas condições do porto de chegada. Os documentos que normalmente devem ser submetidos à Alfândega são os documentos de embarque (Bill of lading, se marítimo, ou o airway Bill, se aéreo), a fatura comercial (ou pró-forma), o manifesto de carga e a lista das mercadorias (romaneio). Além desses, poderão ser exigidos, conforme o produto, o certificado de origem, o certificado fitossanitário, o certificado de inspeção etc. Geralmente, antes da chegada das mercadorias, os documentos de entrada são submetidos eletronicamente à Alfândega para se obter um pré-desembaraçamento.

Certas classes de produtos estão sujeitas a vários tipos de restrições para importação. Os motivos são vários, desde a proteção dos produtores locais até a salvaguarda da saúde e do bem-estar dos consumidores, passando pela preservação das plantações domésticas e da vida animal. As restrições incluem a proibição de importação, proibição de entrada em certos portos, restrições de armazenamento ou uso, quarentena, empacotamento ou necessidade de rótulos especiais e fabricação sob determinadas condições. Se aplicável a restrição, ela se estende a todas as importações, independentemente de quantidade e valor da mercadoria.

NTRODUÇÀO Com uma localização privilegiada na América do Norte, os Estados Unidos usufruem da vantagem da ligação direta com os Oceanos Atlântico e Pacífico. O país divide-se em seis regiões geográficas distintas. A economia norte-americana é a maior do mundo e registrou.

O mercado dos Estados Unidos destaca-se em diversas áreas. É o maior produtor de grãos do mundo; possui grandes reservas de importantes metais e tem a 12ª reserva de petróleo do mundo. Além disso, possui o mais expressivo consumo do mundo e depende de outras nações para o abastecimento do seu mercado.

O comércio exterior é responsável por aproximadamente 19% das importações mundiais e 13% das exportações. O setor representa cerca de 20% do PIB dos Estados Unidos. Em termos percentuais, o total das trocas comerciais dos EUA com o mundo apresentou, em dez anos, crescimento médio da ordem de 9% ao ano, passando de US$ 910,2 bilhões para US$ 1,97 trilhão.

Alimentadas pelo crescimento econômico sem precedentes na década de 90, as importações norte-americanas cresceram em ritmo bastante superior ao das exportações.

Os Estados Unidos, tradicionalmente o principal parceiro comercial do Brasil, respondem por 24% das exportações totais brasileiras e 23% de nossas importações globais. Ao exportar para os Estados Unidos, os empresários deverão ter em mente que o mercado norte-americano é altamente sofisticado, competitivo e muito exigente em relação tanto às práticas comerciais quanto à qualidade dos produtos.

A dimensão e aparente complexidade desse mercado não deve desencorajar os empresários interessados. As dificuldades iniciais que se antepõem à penetração naquele mercado poderão ser superadas mediante esforço de adaptação aos requisitos de comercialização no país. Os empresários brasileiros podem usufruir do Sistema Geral de Preferências (SGP), que prevê isenção de tarifas de importação dos EUA para países em desenvolvimento e produtos enquadrados nos regulamentos do programa. Cerca de 4.600 produtos são qualificados para o SGP.

Economia

A economia norte-americana registrou um crescimento inédito na década de 90, movido por uma política macroeconômica prudente e pela significativa expansão do setor de alta tecnologia, a chamada “nova economia”. No entanto, a rápida expansão do setor privado doméstico impulsionou o crescimento do consumo e, a partir de meados de 1999, verificou se um claro sobre-aquecimento do nível de atividade econômica, fato que, ademais de favorecer a retomada da pressão inflacionária, contribuiu para pressionar o estoque de mão-de-obra disponível e levou o Federal Reserve a aplicar uma política de restrição progressiva da oferta monetária, mediante repetidos aumentos da principal taxa de juros interbancária (“federal funds rate”).

Como resultado dessa política, começaram a ser observados os primeiros indícios de desaceleração da economia e fortes oscilações da bolsa de valores, o que é atribuído ao efeito combinado do esgotamento natural do ciclo de crescimento, da evolução desfavorável da conjuntura internacional e de uma possível sobre avaliação das consecutivas altas das taxas de juros, que em anos seguintes apresentaram redução.

Os Estados Unidos são responsáveis por aproximadamente 19% das importações mundiais e 13% das exportações, ocupando o primeiro lugar no comércio internacional. O comércio exterior norte-americano representa cerca de 20% do Produto Interno Bruto do país, um grau de abertura relativamente modesto, quando comparado à média de outros países membros da OCDE.

A pauta de exportações brasileiras para os Estados Unidos é bastante diversificada. Sete grupos de produtos são responsáveis por aproximadamente 60% do total das exportações: Aeronaves e outros aparelhos aéreos ou espaciais (15,3%), máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (9,6%), ferro fundido, ferro e aço (9,3%), calçados e suas partes (8,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (7,9%), veículos (5,6%) e combustíveis (3,8%). Já as importações são bastante concentradas, sendo que apenas três grupos de produtos acumulam cerca de 57% do total das importações: Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (24,7%), máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (24,2%) e produtos químicos orgânicos (8,5%).

Viagens de negócios

• É essencial que o exportador se apresente bem preparado no mercado americano;

• O americanos gostam de clareza na comunicação e de chegar ao ponto imediatamente;

• O exportador deve trazer consigo material promocional de boa qualidade gráfica e escrito em bom inglês, lista de preços em dólar, informações detalhadas sobre a sua empresa – preferivelmente em forma de brochura, e boa quantidade de cartões de visita, impressos em inglês para serem entregues no momento das apresentações;

• Se o negociador não fala inglês ou tem alguma dificuldade em se comunicar no idioma, é recomendável a contratação de um intérprete com experiência em comércio exterior;

• Deve-se evitar viagens em datas próximas aos principais feriados;

• A formalização do negócio é feita por um contrato de venda, o qual deve refletir a complexidade da transação e especificar claramente as responsabilidades de cada parte contratante;

• O estilo de negociação é informal e direto. O agendamento de encontros é essencial e a pontualidade é levada muito a sério;

• A abordagem para a resolução de problemas é impessoal. Os americanos acreditam que regras e procedimentos devem ser aplicados a todos igualmente;

• As reuniões têm sempre uma pauta, que é seguida item por item. Os americanos são muito rigorosos com a agenda, portanto a reunião deve ser muito objetiva e estar bem preparada.