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REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°105 - MAIO DE 2007

Exportações - Setor

Exportações do setor chegam a US$ 8,2 bilhões

Com crescimento de 10% em relação ao anterior, as vendas externas de produtos de base florestal (madeira, móveis , papel e celulose) atingiram no último ano o volume de US$ 8,21 bilhões Isso representou um crescimento médio de 10%, com destaque para as exportações de papel e celulose, que cresceram 17,6% .

O desempenho dos produtos de madeira também foi expressivo, atingindo 4,2%, em um ano considerado bastante difícil para as indústrias do setor. Com isso as exportações atingiram US$ 3,15 bilhões.

E o item móveis, considerando todo o capítulo 94 teve vendas externas com uma queda de 2,5%, representando um volume de US$ 1,04 bilhão.

No conjunto da economia nacional as exportados pelo Brasil bateram recorde sob todos os cálculos: exportações, importações e na corrente de comércio, que é a soma dos dois. As exportações e importações alcançaram cifras recordes, com crescimento de 17% e 25,2%, respectivamente. Somadas, a corrente do comércio totalizou US$ 228,865 bilhões, 20,2% acima dos US$ 191,097 bi registrados em 2005.

Nos últimos quatro anos, as vendas para outros países aumentaram 127,7% e as compras em mercados externos subiram 93,5%. O saldo positivo acumulado é de US$ 149,2 bilhões.

Os produtos manufaturados continuam dominando a pauta de exportações – respondem por 55% das vendas brasileiras para outros países. Em 2006, responderam por metade do crescimento das exportações brasileiras – as vendas destes produtos subiram de U$ 65,144 bilhões para R$ 74,699, US$ 9,5 bilhões a mais que em 2005, portanto. A alta em relação ao ano anterior foi de 15,6%. As exportações de produtos básicos cresceram 16,9%, passando de USS$ 34,721 em 2005 para US$ 40,272. Os semi-manufaturados registraram vendas de US$ 19, 20 bilhões, 23,3% a mais que em 2005.

A expansão das exportações de manufaturados é resultado do aumento das quantidades exportadas, uma vez que os preços externos do segmento são estáveis. Os preços se refletiram no desempenho de exportações de alguns produtos básicos o que não foi determinante para o resultado da balança comercial. É justamente a diversificação da pauta de exportações brasileira que garante a consolidação do resultado da balança comercial.

No segmento de madeira, pelo sétimo ano consecutivo as exportações brasileiras apresentam resultados positivos. O volume total exportado em 2006 atingiu US$ 3.159.304.044, um aumento de 4,21% em relação a 2005. Na pauta de exportações do segmento a madeira serrada cortada continua sendo o principal item com US$ 845 milhões, vindo a seguir o item madeira compensada com US$ 650 milhões, o que representou uma queda de 17,2% em relação ao ano anterior.

Crescimento nas vendas apresentaram os itens madeira perfilada, que atingiu US$ 605 milhões, com uma crescimento de 41,9% em relação ao ano anterior, e janelas, portas e armações, com volume de US$ 513 milhões, ou seja, 23,9% de aumento em relação a 2005. Também são expressivas as vendas externas de painéis de fibra, com US$ 125 milhões, e cavacos/resíduos, com US$ 110 milhões.

O maior estado exportador continua sendo o Paraná, com US$ 1,05 bilhão, vindo a seguir Santa Catarina e Pará. E dos países importadores, os Estados Unidos continuam concentrando as compras com 48% do total, chegando a US$ 1,47 bilhão importado em 2006.

Outros importantes países importadores são a França ( US$ 172 milhões), China ( US$ 167 milhões), o Reino Unido (US$ 166 milhões) e a Bélgica (US$ 118 milhões)

O segmento de móveis teve uma pequena queda nas exportações em 2006. O volume total do capitulo 94 chegou a US$ 1,04 bilhão, queda de 2,58% em relação ao ano anterior. Somente no segmento de móveis de madeira a queda foi um pouco maior chegando a 6%. Em 2006 as vendas externas de móveis de madeira totalizaram US$ 720 milhões, ante os US$ 765 milhões do ano anterior.

Os maiores itens de exportação são móveis de quarto e móveis desmontados, com US$ 288 milhões cada item. Ambos apresentaram queda em 2006, de 7,3% e 8,3%, respectivamente. Já móveis para cozinha aumentou suas vendas em 22%, chegando a US$ 48 milhões, e móveis para escritório atingiram US$ 30,8 milhões em exportações.

O maior estado exportador é Santa Catarina, com vendas externas de US$ 377 milhões. O Rio Grande do Sul aparece como segundo maior exportador, com US$ 277 milhões e , e São Paulo como terceiro, com US$ 152 milhões.

Os Estados Unidos ainda é o maior país importador do móvel brasileiro, com compras em 2006 de US$ 299 milhões. A seguir vem o Reino Unido (US$ 87,1 milhão), França (US$ 84 milhões), e Argentina ( US$ 79 milhões).

O segmento de papel e celulose foi o que apresentou o maior índice de crescimento nas vendas externas em 2006. Totalizou US$ 4 bilhões. Um aumento de 17% em relação a 2005. Pasta de celulose foi o item de maior destaque, com US$ 2,48 bilhões, e um aumento de 22% em relação ao ano anterior. O item papel fechou o ano com um aumento de 10%, e o valor de US$ 1,52 bilhão.

O maior estado exportador é São Paulo, com US$ 1,21 bilhão, vindo a seguir Espírito Santo e Bahia.

Dos mercados compradores para celulose os Estados Unidos é o principal, com US$ 471 milhões em 2006, sendo importantes importadores também a Holanda ( US$ 399 milhões), a China ( US$ 380 milhões), a Bélgica (US$ 266 milhões) e a Itália ( US$ 252 milhões). Já no item papel a Argentina é o principal país importador , com compras de US$ 299 milhões, vindo a seguir Estados Unidos (US$ 234 milhões), Chile (US$ 96 milhões) e Itália (US$ 59 milhões).