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REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°103 - MARÇO DE 2007

Economia

PIB deve crescer 3% em 2007

A previsão inicial é de um crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2007, caso a atual política econômica permaneça nos mesmos moldes. "Caso se mantenha a atual política econômica, o crescimento do PIB previsto é de 3% e se forem tomadas medidas como queda do juros, correção do câmbio e corte de gastos, a previsão sobe para 4,5%", afirma o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf

Os empresários acreditam em uma política econômica direcionada para o crescimento do País. Os países em desenvolvimento têm uma previsão ainda mais otimista, eles deverão crescer a uma média de 7% em 2006, o dobro dos países desenvolvidos, conforme previsão do Banco Mundial. Segundo o relatório Perspectiva Econômica Global, divulgado recentemente, o ritmo de crescimento desses países vai diminuir para 6,4% em 2007 e 6,1% em 2008.

Para as economias desenvolvidas, a previsão do Banco Mundial é de crescimento de 3,1% neste ano, caindo para 2,4% em 2007 e apresentando uma leve recuperação, com 2,8% no ano seguinte.

"A diferença entre países em desenvolvimento e países desenvolvidos está se acentuando", afirmou o economista Hans Timmer. Segundo ele, o crescimento nos países em desenvolvimento deve permanecer forte.

De acordo com o relatório, que cobre os anos de 2006 a 2030, a economia global está em um momento decisivo. O Banco Mundial alerta para o risco de recessão nos Estados Unidos, devido principalmente à desaceleração no mercado imobiliário, o que poderia ter "efeitos significativos" nos países em desenvolvimento.

Segundo os autores do documento, uma redução muito grande no ritmo de crescimento enfraqueceria os preços das commodities, afetando os países em desenvolvimento.

O relatório afirma que a globalização é uma oportunidade sem precedentes para as nações em desenvolvimento, mas as desigualdades e os danos ao meio ambiente podem afetar seus benefícios.

Segundo o economista-chefe do Banco Mundial, François Bourguignon, os benefícios da globalização em termos de impacto no combate à pobreza são claros e devem permanecer.

"O número de pessoas vivendo com menos de US$ 1 por dia pode ser reduzido pela metade, de 1,1 bilhão atualmente para 550 milhões em 2030", afirmou. O comércio global de bens e serviços pode mais do que triplicar, para US$ 27 trilhões em 2030, segundo o relatório.

"No entanto, algumas regiões, principalmente a África, correm o risco de ficar para trás. A desigualdade de renda pode aumentar em muitos países", alertou Bourguignon.

Segundo o relatório, em 2030 cerca de 1,2 bilhão de pessoas nos países em desenvolvimento (15% da população mundial) vão pertencer à classe média. Hoje, são 440 milhões de pessoas.

Um relatório do Banco Mundial, divulgado em dezembro, estima que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro feche o ano de 2006 com crescimento de 3,5%, um aumento de 1,2 ponto percentual sobre o ano passado.

Para 2007, a previsão do Banco Mundial para a economia brasileira é de crescimento de 3,4%, aumentando para 3,8% em 2008. De acordo com o relatório Perspectiva Econômica Global, as altas taxas de juros e a valorização do real são fatores limitantes para o crescimento brasileiro.

O documento afirma ainda que o Brasil pode sofrer os efeitos de uma desaceleração maior do que a esperada na economia americana em 2007.

Conforme o Banco Mundial, todas as economias latino-americanas seriam afetadas, já que esses países destinam a maior parte de suas exportações para os Estados Unidos.

A desaceleração no mercado imobiliário americano faz economistas temerem o risco de recessão. Segundo o relatório, uma eventual redução nas importações americanas provocaria uma queda nos preços mundiais de matérias-primas.

O relatório afirma ainda que as políticas que levaram a altas taxas de crescimento na Argentina e na Venezuela são insustentáveis e devem diminuir até 2008.

O estudo diz também que já há sinais de superaquecimento na Argentina. A economia argentina tem crescido a uma média de 9% ao ano desde 2002. Na Venezuela, a expectativa é de crescimento de 8,5% neste ano.