De acordo com o último inventário a reserva de cultivo de florestas da Finlândia chega hoje a 2.003 milhões de m³. A estimativa de incremento anual é de 79.4 milhões de m³, maior que nos inventários anteriores.
O primeiro inventário finlandês de floresta nacional foi realizado entre 1921 e 1924. Os inventários começaram por duas razões: primeiramente, por causa de preocupação de uma possível escassez de recursos florestais, em vista do aumento do consumo de madeira; e em segundo lugar, por causa de uma necessidade em se obter melhores dados de rendimentos florestais, com a finalidade de tributação de floresta. O primeiro inventário mostrou que o volume era maior que o esperado. O segundo inventário aconteceu nos anos 1936-1938 e o terceiro nos anos de 1951-1953.
Desde o começo dos anos 60, estes inventários foram realizados continuamente. Hoje eles fazem uso de satélite, tecnologia digital e avaliações de campo. Os inventários fornecem informação sobre volume, lugar e também sobre a biodiversidade de florestas. Esta informação, por sua vez, é usada como base para se tomar decisões.
No começo de 1920 a reserva de cultivo, no que era então território finlandês, chegou a 1.588 milhões de m³, e nos anos trinta, nas áreas que constituem a atual Finlândia, o volume de cultivo era de 1.370 milhões de m³. A redução é explicada pela perda de 13% de área arborizada durante a segunda guerra mundial. A redução no consumo de madeira durante o tempo de guerra aumentou a reserva de cultivo para 1.538 milhões de m³ antes do começo dos anos 50. Depois disto, longas derrubadas de árvores, especialmente no Norte da Finlândia, nos anos cinqüenta, reduziram a reserva novamente para 1.491 milhões de m³ no final nos anos 60.
A Finlândia lançou programas extensivos de melhoria na floresta nos anos cinqüenta, ampliando a área arborizada. Ao mesmo tempo, também a prática de derrubadas seletivas das árvores foi determinada e foi adotada uma prática de regeneração no crescimento, com cortes e desbastes. Isto resultou locais mais densos de floresta, aumento de crescimento e, eventualmente, aumento total da reserva de cultivo. A colheita reduzida nos anos 70 acrescentou o volume de cultivo. O volume no Norte da Finlândia recuperou-se e é, agora, maior que no começo dos anos 50.
Pinheiros escoceses
Quase dois terços do aumento desde os anos cinqüenta é pinheiro escocês, menos que um terço é conífera e o restante é “broadleaves”. Os fatores principais que contribuem para o volume de cultivo foram a drenagem de solo, o estímulo do pinheiro na regeneração da floresta e a mais alta densidade de pinheiros jovens. O volume de “broadleaves” alcançou um registro baixo no começo dos anos 70, mas vem aumentando desde então. Volumes de conífera aumentaram até a metade dos anos 90, mas diminuiu um pouco nos últimos anos.
O aumento anual de florestas, que chegou a 55.2 milhões de m³ no começo dos anos 50, cresceu lentamente até a metade dos anos 70. Mudanças nas práticas silviculturais e drenagem de solo aceleraram o aumento desde os anos 70 até o começo dos anos 90. O pinheiro justificou mais da metade dos 24 milhões de m³ do aumento de crescimento durante os últimos 50 anos.
Enquanto a reserva de cultivo aumentou 25% durante os últimos 50 anos, a quantia reduzida, no mesmo período, igualava-se a 1.7 vezes do volume total de cultivo no começo dos anos 50. O volume de árvores robustas tem aumentado em 2.5 desde o começo dos anos 50.
Por muito tempo, o crescimento da floresta vem ultrapassando a extração da madeira. Atualmente, a reserva de cultivo está aumentando anualmente em 10 milhões de metros cúbicos. Aproximadamente 1.5%, ou seja 400.000 hectares das florestas comerciais da Finlândia, são colhidas anualmente.
Professores Erkki Tomppo e Kari T. Korhonen. ( Finlândia)
Fevereiro/2002
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