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Sínteses |
Plantas
Um grupo de pesquisadores da Kew Gardens, publicou a sua seleção das 13 espécies mais espetaculares descobertas em 2018 e afirmaram que, ao todo, foram descobertas 120 novas espécies de plantas neste último ano. Além disso, 44 novos tipos de fungos foram descobertos em 2018. De acordo com os pesquisadores, foi muito difícil entrar todas esses novos tipos de plantas, sendo que deles só mostrou suas flores depois de chuvas incomuns e intensas e outro vive em árvores em colinas tão íngremes quanto inacessíveis. Foi isso que informou o botânico britânico John Wood, um pesquisador em jardins de Kew e da Universidade de Oxford, que trabalhou por 25 anos com projetos na Bolívia. "Ele foi encontrado perto de Vallegrande, o lugar onde Che Guevara foi morto. Eu já estive no mesmo lugar, mas a diferença desta vez é que havia chuvas muito fortes e incomuns e a vegetação cresceu muito. Encontramos duas ou três populações. Mas se você for em qualquer outro momento e não chover, você não o verá”, comenta.
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Eucaliptos
Uma equipe de pesquisadores de diversas instituições na Península Ibérica, América do Sul e África realizou, pela primeira vez, um estudo que detalha a forma como as plantações de eucaliptos afetam os riachos em diversas partes do mundo. O eucalipto é nativo da Austrália, mas as plantações dessa espécie ocupam atualmente mais de 20 milhões de hectares no mundo. Os efeitos destas plantações no funcionamento dos riachos têm sido estudados nos últimos 30 anos, especialmente na Península Ibérica, o que limita o conhecimento real dos efeitos que estas plantações podem ter sobre o funcionamento dos riachos outras regiões onde o clima, vegetação nativa e comunidades aquáticas diferem. De acordo com Veronica Ferreira, pesquisadora do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) da Universidade de Coimbra (Portugal), não necessariamente essa interação é negativa. |
Portugal
Desde 1 de janeiro de 2018 que é proibido plantar eucaliptos nas áreas onde este não existia, mas há proprietários que têm autorização de plantação até final de 2019, noticia o Diário de Notícias. Depois dos incêndios de 2017, em Pedrogão Grande e Góis, o Governo preparou a primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 96/2013, de 19 de julho, que ditava as regras das ações de arborização e rearborização. A ideia era que não fosse permitida a instalação de plantações de eucaliptos onde não existiam antes e que, eventualmente, fosse reduzida a extensão destas árvores em algumas áreas. O problema é que a Lei n.º 77/2017, de 17 de agosto, só entrou em vigor no primeiro dia do ano passado e não anulou as autorizações que tinham sido dadas anteriormente. Quero isto dizer que todas as autorizações que foram concedidas até 31 de dezembro de 2017 podem ser postas em prática ao longo de dois anos, no limite até 31 de dezembro de 2019. |
Renovável
À primeira vista, os números parecem positivos: em 2018, pela primeira vez a parcela de energia proveniente do vento, sol, biomassa e água ultrapassou os 40% na rede elétrica alemã. Segundo o Instituto Fraunhofer para Sistemas de Energia Solar (ISE), no ano anterior a participação das fontes renováveis na matriz energética do país ainda circulava em torno de 38%, e dez anos antes ela não chegava nem a 16%. O recorde foi possível graças a um ano rico em sol, um pequeno incremento na produção eólica e uma demanda reduzida por eletricidade. Desse modo, a produção de energia a partir de fontes fósseis caiu 7% em relação a 2017, reduzindo também as emissões de dióxido de carbono (CO2). A fonte fóssil que mais retrocedeu foi o gás natural (-18,5%), seguido pelo carvão mineral (-7%). No entanto, a eletricidade gerada a partir do linhito, especialmente nociva ao clima, só diminuiu 2%, em comparação com 2017. |
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Mudanças climáticas
A melhor tecnologia para combater as mudanças climáticas são as florestas e não há melhor sistema de captura de carbono em todo o planeta do que eles. Foi isso que indicou um artigo publicado no portal especializado ecoinventos.com, que disse também que uma ação antecipada é necessária para evitar uma catástrofe climática. “Os efeitos da mudança climática já afetam as populações mais vulneráveis. Especialmente as comunidades costeiras dos trópicos e as rurais que dependem da terra para seu sustento. Toda vez que vemos mais o sofrimento que resulta dos fenômenos meteorológicos, secas, inundações, incêndios, furacões e muitos outros indiretos”, diz o texto. Atualmente, as políticas aplicadas pelos governos baseiam-se na redução do consumo de combustíveis fósseis. Isto foi implementado através das mais recentes tecnologias e alguns regulamentos. “Essas políticas, como um imposto de carbono significativo, são essenciais para reduzir as emissões. Por esta razão, eles figuram nos compromissos das 181 nações que assinaram o acordo de Paris”, indica. |
Lápis
Um lápis de maquiagem que vira manjericão. Um lápis de maquiagem que vira girassol. Não estamos falando de nenhum marketing de carnaval ou de uma tendência de maquiagem verão, apesar de que não seria mau se fosse. Estamos falando da empresa norte-americana Sprout, que além de criar um lápis de maquiagem somente com ingredientes naturais, também não realiza testes animais e ainda pode ser plantado no fim de seu ciclo de uso. Feito exclusivamente de materiais naturais, o que inclui madeira sustentável certificada pelo FSC, óleo de jojoba e vitamina E, o produto foi criado com ajuda dos “principais produtores de lápis de maquiagem do mundo”, garante a companhia. Cada um é embalado com uma cápsula solúvel contendo sementes de qualidade. Quando o lápis vira um toco, ou seja, fica muito curto para ser usado, ele pode simplesmente ser plantado de cabeça para baixo e, em apenas algumas semanas, uma muda de flor ou de erva brotará. |
Pontes
Pelo menos 50 pontes foram construídas na Amazônia com madeira apreendida em operações de fiscalização realizadas pelo Ibama em Mato Grosso no ano passado. Prefeituras e instituições de educação receberam mais de 3 mil metros cúbicos de madeira, que também foi aproveitada para manutenção de escolas, creches e na construção de mesas e cadeiras. A apreensão é aplicada por agentes ambientais quando não há comprovação da origem da madeira ou quando é identificada fraude em sistemas de controle como o Documento de Origem Florestal (DOF). “As fraudes geralmente são realizadas para acobertar madeira extraída ilegalmente de Terras Indígenas e Unidades de Conservação”, afirma a superintendente do Ibama em Mato Grosso, Lívia Martins. A madeira apreendida foi destinada para 11 prefeituras do estado (União do Sul, Cláudia, Terra Nova do Norte, Itaúba, Sinop, Feliz Natal, Nova Ubiratã, Cláudia, Nova Guarita, Marcelândia e Peixoto de Azevedo) e para o campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) em Sorriso. |
Caatinga
Produtores do Semiárido encontraram no sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e nos sistemas agroflorestais um jeito eficiente de diversificar as atividades de suas propriedades. Com isso, conseguiram aumentar o faturamento da atividade, sem impactar o meio ambiente, adotando manejo mais sustentável. Com a ILPF é possível ainda recuperar áreas degradadas e combater a desertificação. Na comunidade Sítio Areias, em Sobral (CE), desde 2012 alguns produtores já experimentam com sucesso a prática de sistemas de produção agroflorestais, com a criação de bovinos, caprinos, ovinos e suínos; a lavoura de milho e feijão; a produção agrícola de verduras e ervas medicinais. |
Portas certificadas
Empresas certificadas pela ABNT por meio do Programa Setorial da Qualidade de Portas de Madeira para Edificações cumprem essa exigência. As construtoras que têm como foco os empreendimentos de programas habitacionais do governo federal precisam estar atentas às exigências do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H). Para qualificar seus fornecedores, as construtoras precisam saber antes se estes fornecedores cumprem um dos três requisitos exigidos pelo Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras da Construção Civil (SiAC) do Programa: participar de um programa setorial de qualidade do produto alvo que esteja contemplado no âmbito do PBQP-H, ou no caso de não existir este programa (que é o caso de portas de madeira), apresentar a certificação de conformidade do produto, ou ainda, fazer o controle tecnológico dos produtos (ensaiando o lote especifico recebido do produto para demostrar o atendimento às normas técnicas). O objetivo é contribuir para a evolução da qualidade no setor. |
Fake News Florestal
Circula pelo WhatsApp um vídeo de uma palestra que supostamente demonstra, com uma sequência impressionante de números, que o Brasil encolheu. O palestrante sugere que o país conserva florestas demais e tem tanta área protegida, tanta terra indígena e tanta exigência de preservação que ficou sem espaço para desenvolver a agropecuária. Como tantas outras histórias do zapzap, esta também é fake news. É verdade que há muita área ainda com vegetação nativa no Brasil. Os dados do projeto MapBiomas, uma rede brasileira de 15 instituições de pesquisa que mapeou todas as mudanças no uso da terra no Brasil desde 1985 até 2017, mostram que o país tem 67% do território coberto por florestas e campos naturais. Mas nem de longe estamos sozinhos em termos de conservação: 70% da Rússia está coberta por vegetação nativa, incluindo uma área florestal quase do tamanho do Brasil. Há cerca de 30 países com mais de 60% de cobertura florestal, incluindo a Coreia do Sul, com 63%, a Suécia, com 67% e o Japão, com 68%. |
Bonsais
Uma série de roubos de bonsais nos arredores de Tóquio está abalando criadores como Seiji Iimura, que enfrenta a perda de várias pequenas árvores que ele cuidou durante anos como se fossem filhos. "Não queria vendê-los para ninguém", declarou à Agência Efe o criador sobre uma das peças mais queridas e que sumiu do jardim, um exemplar de 400 anos que ele cuidou pessoalmente por mais de 20 anos. A árvore em questão pertencia à espécie Shinpaku, uma das mais populares para a arte japonesa de cultivar bonsais, e que tinha se transformado na joia do Bonsai Kirakuen, que Seiji dirige. "Não há palavras para descrever como nós nos sentimos. É como se tivessem tirado uma parte de nós. O Shinpaku de 400 anos precisa de cuidados e não pode ficar uma semana sem água", detalhou a mulher, que pediu que o autor da ação garanta que a mini árvore será regada adequadamente. O preço desse exemplar pode superar os 10 milhões de ienes (R$ 336 mil), de acordo com Seiji, que resistiu para calcular o valor monetário de algo que para ele tem mais valor emocional. |
Expobiomasa
Em pleno período de contratação com importantes descontos para expositores de até 15%, e a mais de sete meses para a inauguração da mostra, o avanço da lista de expositores da EXPOBIOMASA 2019 conta já com 320 referências procedentes de 24 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Canadá, Croácia, Dinamarca, Eslovénia, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grécia, Ireland, Itália, Liechtenstein, Lituânia, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia, Suíça e Ucrânia. Por setores de atividade presentes na Expobiomasa 2019 encabeçam o ranking as firmas relacionadas com a geração de energia para usos térmicos: recuperadores de calor e lareiras, caldeiras de uso doméstico e equipamentos industriais. A segunda posição é ocupada pelas tecnologias para o aproveitamento de biomassa agrícola e florestal; pelos equipamentos para a trituração e transformação em aparas de biomassa agrícola e de madeira; pelos equipamentos para a fabricação de pellets e briquetas; pelos equipamentos para a produção e distribuição de pellets e aparas, assim como os sistemas de armazenamento, seleção e secagem de biomassa sólida. No terceiro lugar das atividades com maior presença situam-se as Engenharias e Empresas de Serviços Energéticos (ESEs). |
Porto de Paranaguá
Entre as cargas mais exportadas por contêiner estão madeira, carne de aves congelada, papel e derivados e farelo de soja O Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá movimentou em janeiro deste ano 20% mais cargas que em janeiro de 2018. A movimentação de cargas conteinerizadas também foi maior no fechamento do mês de janeiro. O crescimento é de 9%. Em unidade própria de medida (TEUs, unidade equivalente a 20 Pés), são 62.617 contêineres movimentados em janeiro deste ano: 29.581 sentido exportação, 33.036 de importação. Entre as cargas mais exportadas por contêiner estão madeira, carne de aves congelada, papel e derivados, farelo, soja e açúcar. Na importação, se destacam fertilizantes, reatores, caldeiras e maquinários e plásticos. |
Degradação
Pesquisadores do Ipam mostram que matas amazônicas queimadas ficam mais vulneráveis a fenômenos naturais, como ventanias. As tempestades de vento são distúrbios que ocorrem naturalmente na Amazônia, porém podem amplificar os impactos na floresta do desmatamento e o fogo. Um artigo científico publicado na revista “Journal of Ecology”, com autoria de cientistas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), explora as sinergias entre a derrubada de florestas, fogo e tempestade de vento como causas da degradação na Amazônia. As áreas mais fragmentadas e as já atingidas previamente por fogo são as que mais sofrem com os efeitos das tempestades de vento. O estudo quantificou as respostas da vegetação a uma tempestade de alta intensidade que durou cerca de 30 minutos e ocorreu no sul da Amazônia em um experimento de fogo em grande escala em 2012. |
Urban Jungle
Se antes o cultivo de plantas em vasos dentro de casa era considerado “coisa de vó”, agora virou a última tendência. Não há dúvidas de que viver em um local em harmonia com o meio ambiente e com muitas plantas só traz benefícios, seja pela qualidade do ar ou pela saúde mental de quem frequenta o ambiente. Se antes o cultivo de plantas em vasos dentro de casa era considerado “coisa de vó”, agora virou a última tendência, principalmente entre os jovens. Urban Jungle (Floresta Urbana), Urban Rain Forest (Floresta Tropical Urbana) e Jungalow (uma mistura de bangalô com floresta) são termos que estão cada vez mais frequentes nas redes sociais, como o Instagram. Nos perfis dos que se consideram “pais de plantas” ou “doidos das plantas”, os jovens mostram seus ambientes tomados por vasos, mostrando as espécies que cultivam, onde compram e como cuidam delas. Uma pessoa que ficou famosa pelo amor as plantas foi a modelo norte-americana Summer Rayne Oakes, cujo apartamento foi totalmente esverdeado. |
Certificação
O Gana em breve se tornará o primeiro país da África a finalizar um Acordo de Parceria Voluntária (VPA) com a União Europeia, abrindo o caminho para a emissão de FLEGT (Aplicação da Legislação, Governação e Comércio no Sector Florestal) licenças abrangendo produtos de madeira. Isso deve-se a avaliação bem-sucedida da estrutura florestal do governo, das leis e da participação de comunidades locais e da sociedade civil. A Sra. Diana Acconcia, embaixadora da UE em Gana, disse que o VPA permitirá que produtos de madeira de Gana facilitem o acesso aos mercados europeus, como a madeira licenciada pela FLEGT certifica que as matérias-primas de madeira são de fontes legais.
A Comissão Florestal do Gana liderou o trabalho sobre o APV e agora os importadores na UE poderão prontamente satisfazerem o Regulamento da UE relativo à madeira quando importam madeira produtos de Gana.
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Mudas
Gana tem uma estratégia de plantio florestal para o período de 2016 até 2040, visando restaurar os recursos desmatados e a terra degradada. Agência de Emprego para Jovens de Gana (YEA) tem um programa para empregar jovens para empreender o reflorestamento. Em 2018, mais de 26 milhões de mudas foram cultivadas e mais de 10 milhões de mudas de árvores foram plantadas de acordo ao Diretor de Plantação na Comissão Florestal. As espécies de árvores plantadas incluem teca, ofram, mogno, cedrela, emire e gmelina. O Chefe do Executivo, Kwadwo Owusu Afriyie, disse que a Comissão contratou mais de 200.000 jovens pessoas para o programa YEA e elogiou o trabalho e o comprometimento. |
Desmatamento
Ministério da Agricultura e Irrigação do Peru, juntos com o Ministério do Meio Ambiente, divulgaram em dezembro do ano passado que o desmatamento em 2017 na Amazônia peruana foi de 155.914 hectares. Comparado ao ano anterior representou um declínio de 5,3%.Foi relatado que a maioria da perda florestal ocorreu em parcelas menores de cinco hectares e 60% do desmatamento concentrou-se nos Departamentos de Ucayali, Madre deDios, Huánuco e Loreto. A área da floresta na Amazônia peruana em 2017 foi relatada como 68.577.351 hectares. Wikipedia escreve: “A maior parte do território peruano é coberto por densas florestas no lado leste dos Andes, mas apenas 5% dos peruanos vivem nessa área. Mais de 60% dos territórios peruanos é coberto pela floresta amazônica, mais do que em qualquer outro país”. |
Toques
A universidade australiana de La Trobe revelou recentemente que as plantas são senvíveis ao toque e que esse ato pode prejudicar significativamente seu crescimento. A descoberta foi feita com base em estudos com plantas do gênero Arabidopsis. Esses vegetais foram submetidos a vários estímulos de toque e mesmo os mais leves desencadearam uma grande resposta genética nesses seres vivos.
"Após um toque, dentro de meia hora, 10% do genoma da planta é alterado. Isso envolve um enorme gasto de energia que é tirado de outras funções do vegetal. Se o toque se repetir, o crescimento pode ser reduzido em até 30%", explica o diretor do instituto de agricultura da universidade e líder da pesquisa, o professor Jim Whelan. Os pesquisadores explicaram que a razão por trás dessa reação ainda não está clara. Entretanto, um dos motivos pode estar associado à defesa contra o ataque de insetos.
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