Revista da Madeira - Edição nº 158

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Cresce mercado de construção para pequenas casas

As “tiny houses”, ou pequenas casas, começam a constar nos portfólios de empresas do setor de construção com madeira no Brasil, que oferecem esta solução para os clientes em busca de facilidade, rapidez e um bom produto. Por aqui, são residências projetadas no sistema modular, permitindo adaptação à demanda do proprietário juntamente com o design desejado. A praticidade se torna a palavra-chave, tanto para a construção quanto para o dia a dia de quem opta por uma “mini casa”. Os ambientes são pensados para facilitar este fluxo para os moradores.

As tiny houses, como o próprio nome diz, têm dimensões pequenas, mas se tornam viáveis para diferentes situações. Elas podem ser montadas em condomínios, pousadas e chácaras, por exemplo. Isto acontece tanto para o aproveitamento de espaços reduzidos quanto pelas vantagens da construção. Por ter o conceito modular, com peças previamente fabricadas, elas podem ser transportadas de um local para outro, sendo montadas ou instaladas de forma rápida no local indicado pelo cliente.


A empresa Cometa, com sede em Caxias do Sul (Rio Grande do Sul) e experiência de 43 anos no segmento madeireiro e setor de produtos de madeira para a construção civil, está preparando a sua estrutura para a produção e oferta das tiny houses. O know-how obtido com a fabricação de elementos engenheirados em madeira laminada colada (MLC) e wood frame levou a Cometa a planejar a oferta deste tipo de solução.

A Cometa surgiu como uma madeireira e fornecia produtos como forro e outros elementos, voltados para métodos de construção “mais antigos”. No entanto, houve a percepção de que era necessário avançar na construção civil. Por isso, a empresa fez uma série de mudanças nos últimos anos.

A partir de 2015, deixou de usar madeira nativa para comprar apenas eucalipto cultivado do Uruguai, visando agregar o conceito de sustentabilidade. “Já tínhamos nosso processo de MLC e aprimoramos com a nova matéria-prima. Fabricamos painéis, vigas, wood frame e grandes estruturas, que podem ser transportadas e montadas”, conta Everson Menegotto, diretor da Cometa.


Entre 2016 e 2018, a empresa fez duas obras de grande porte com wood frame e estruturas mistas com steel frame, com bom desempenho. Menegotto destaca as vantagens termo acústicas e redução no tempo de construção, desde o projeto até a execução. Para aprimorar ainda mais os resultados da empresa, surgiu a opção de investir também na construção no sistema modular.

Os profissionais da Cometa montaram três protótipos de tiny houses dentro do conceito modular. O primeiro deles já está na própria empresa e todos deverão estar à mostra dos clientes em fevereiro deste ano. “O perfil deste cliente é exigente, que deseja um produto de qualidade e conforto”, salienta Menegotto. Para ele, neste contexto também estão as pessoas que procuram a simplicidade no dia a dia e residências menores, aliando a redução no custo de vida.


Existe um módulo básico, que pode ser transportado facilmente de caminhão, com dimensões de três metros de altura, três de largura e 2,40 metros de profundidade. “Neste caso, é para facilitar a logística, para a adaptação ao veículo de transporte. Por isso, há uma largura padrão para o módulo”, explica o diretor da Cometa.

Em seu site, a empresa informa que os módulos são compostos de estrutura wood frame, isolamento termo acústico, revestimentos, assoalho, portas, janelas, cobertura e as conexões para as redes elétrica e hidráulica. O projeto contempla a possibilidade de expansão com outros módulos.


A empresa Módulo Sequência, de São Paulo, também foi uma das que apostou na construção modular para residências, oferecendo as chamadas “mini casas”. As unidades são fabricadas com painel SIP, montadas conforme a demanda do cliente e entregues no local desejado. Os tamanhos dos módulos são variados, podendo ter diferentes tipos de acabamento.


Cada uma das “mini casas” é entregue já com toda a estrutura para o morador usufruir a residência. Nas redes sociais da empresa, a notícia sobre a entrega de um módulo como este gera bastante curiosidade por parte dos clientes e possíveis compradores, que querem saber sobre preços, estrutura e outras informações sobre este tipo de residência.

Exemplos no exterior

Lá fora, as tiny houses deixaram de ser uma tendência e já são adotadas principalmente por quem opta por um estilo de vida mais minimalista, ou seja: viver com menos, de forma simples e com liberdade. A escolha faz parte tanto de solteiros e casais, mas também de pequenas famílias.


Existem diferentes tipos de arquitetura para as tiny houses. Apesar do tamanho, quem decide morar em uma residência como esta não precisa se adaptar a um determinado padrão. Parte das mini casas é construída como um trailer, facilitando o transporte e a instalação conforme a necessidade do morador no momento.


As tiny houses ainda abrigam várias possibilidades de design interno, que levam mais facilidade ao dia a dia dos moradores. Artigos internacionais revelam os segredos para otimizar os espaços, como camas em deck superior, embutidas ou que são montadas em sistemas de roldanas, podendo ser puxadas apenas quando o morador quer. Assim, o ambiente se torna multiuso: em determinado momento do dia é uma sala; em outro, se transforma em um quarto.


Nos Estados Unidos, onde existe um movimento mais consolidado das tiny houses, uma grande gama de empresas especializadas oferta os modelos das residências e as soluções internas para os interessados neste estilo de moradia. Muitos adeptos desta filosofia também relatam suas rotinas em vídeos no Youtube, blogs e nas redes sociais.


Por Joyce Carvalho para o Portal Madeira e Construção

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