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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Atestados nacionais já disponíveis.
Bureau Veritas emitirá primeiro documento para a Inpacel, do grupo International Paper. As empresas brasileiras que utilizam como matéria-prima a madeira de florestas cultivadas já poderão ostentar a certificação nacional, que atesta o manejo sustentável dos recursos naturais. O Bureau Veritas Quality Internacional (BVQI), organismo de certificação do Grupo Bureau Veritas, foi credenciado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) para emitir a Certificação de Florestas, o CERFLOR.
Ainda neste mês, será oficializada a emissão do primeiro certificado para a Inpacel, empresa de papel e celulose do Grupo International Paper e detentora das marcas Chamex e Chamequinho.
O processo de certificação foi desenvolvido com a liderança do Inmetro, que discutiu com entidades ligadas ao setor madeireiro, como a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa) e a Sociedade Brasileira de Silvicultura (SBS), o modelo de certificação que seria adotado para o Cerflor.
Uma vez definido o modelo, em setembro de 2002, o Inmetro publicou regras para o credenciamento de empresas que estariam dispostas a trabalhar para fornecer a certificação para as empresas.
O Cerflor foi desenvolvido com base em cinco normas, que no futuro devem ser ampliadas e passarão a abordar também o manejo das florestas nativas.
As normas abrangem o cumprimento amplo da legislação (ambiental, florestal, trabalhista, previdenciária, fiscal e tributária); o uso racional dos recursos florestais a médio e longo prazo; o respeito à diversidade biológica nas áreas de manejo; o cuidado com as águas, solo e ar; e o desenvolvimento ambiental, econômico e social das regiões onde há o cultivo de florestas. "A certificação do manejo florestal engloba aspectos sociais e ambientais em sintonia com as propostas do atual governo, que é incentivar o desenvolvimento sustentável das comunidades no entorno das áreas de floresta plantada", explica Sergio Carvalho, gerente do BVQI. Ele cita como exemplo uma das normas para a certificação, que concede a essas comunidades a garantia de que as empresas empregarão trabalhadores da região onde as florestas são cultivadas.
Pressão externa
Segundo Carvalho, a certificação agregou um valor expressivo para as empresas que exportam produtos derivados de madeira - celulose e papel, carvão vegetal, móveis, madeiras serradas e compensados, entre outros, pois existe uma pressão dos clientes no exterior quanto à origem da madeira utilizada nos produtos. "Hoje quem compra quer ter a certeza de que a madeira é procedente de áreas de manejo sustentável.
Por causa dessa pressão do mercado é que foi desenvolvida a certificação brasileira, seguindo as normas do Sistema Brasileiro de Certificação". Ele explica que está em fase de elaboração o selo do Cerflor, que, afixado aos produtos, atestará a certificação. "Nossa meta, para um futuro próximo, é que 70% da madeira utilizada pelas indústrias seja proveniente de florestas corretamente manejadas", diz. O selo deve entrar em vigor ainda neste ano.
A Inpacel, localizada em Arapoti (PR), investiu R$ 250 mil para obter a certificação, e deve continuar investindo em torno de R$ 80 mil por ano para efeito de manutenção.
De acordo com Rodrigo Gabriel Silva, coordenador de planejamento florestal da empresa, ainda não é possível traçar uma estimativa numérica da influência que a certificação terá sobre as vendas e sobre as ações da empresa no mercado. A Inpacel mantém uma área total de florestas plantadas de aproximadamente 50 mil hectares, divididos em pinus (49%), reserva legal e preservação permanente (30%), eucalipto (10%), espécies diversas (9%) e araucária (2%). Segundo ele, as florestas produzem cerca de 1 milhão m3 de madeira por ano.
Investimento
De 1999 até hoje, a empresa já investiu US$1,2 milhão em tecnologia de plantio e colheita. Isso fez com que a produção anual de papel da Inpacel, que era de 160 mil toneladas/ano em 1998, aumentou para 190 mil ton/ano em 2001, sendo que 30% dessa produção foi destinada à exportação.
Além do papel, a Inpacel comercializa a madeira em pé para empresas da própria região, como serrarias, indústria moveleira e outras empresas de celulose e papel. São produzidos ainda 30 mil m3/ano de madeira serrada, que é vendida no interior do Paraná e exportada para os EUA e Ásia. "Com o Cerflor, poderemos oferecer nossa madeira e produtos por um preço diferenciado no mercado externo". Segundo ele, além do benefício econômico, a certificação traz vantagens sociais para a comunidade no entorno das florestas, como programas de saúde e educação ambiental. "Anualmente doamos 600 mil mudas de árvores a agricultores da região, e, com o Cerflor, devemos ampliar ainda mais esses programas".
Andrea Vialli
Fonte: Gazeta
Ainda neste mês, será oficializada a emissão do primeiro certificado para a Inpacel, empresa de papel e celulose do Grupo International Paper e detentora das marcas Chamex e Chamequinho.
O processo de certificação foi desenvolvido com a liderança do Inmetro, que discutiu com entidades ligadas ao setor madeireiro, como a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa) e a Sociedade Brasileira de Silvicultura (SBS), o modelo de certificação que seria adotado para o Cerflor.
Uma vez definido o modelo, em setembro de 2002, o Inmetro publicou regras para o credenciamento de empresas que estariam dispostas a trabalhar para fornecer a certificação para as empresas.
O Cerflor foi desenvolvido com base em cinco normas, que no futuro devem ser ampliadas e passarão a abordar também o manejo das florestas nativas.
As normas abrangem o cumprimento amplo da legislação (ambiental, florestal, trabalhista, previdenciária, fiscal e tributária); o uso racional dos recursos florestais a médio e longo prazo; o respeito à diversidade biológica nas áreas de manejo; o cuidado com as águas, solo e ar; e o desenvolvimento ambiental, econômico e social das regiões onde há o cultivo de florestas. "A certificação do manejo florestal engloba aspectos sociais e ambientais em sintonia com as propostas do atual governo, que é incentivar o desenvolvimento sustentável das comunidades no entorno das áreas de floresta plantada", explica Sergio Carvalho, gerente do BVQI. Ele cita como exemplo uma das normas para a certificação, que concede a essas comunidades a garantia de que as empresas empregarão trabalhadores da região onde as florestas são cultivadas.
Pressão externa
Segundo Carvalho, a certificação agregou um valor expressivo para as empresas que exportam produtos derivados de madeira - celulose e papel, carvão vegetal, móveis, madeiras serradas e compensados, entre outros, pois existe uma pressão dos clientes no exterior quanto à origem da madeira utilizada nos produtos. "Hoje quem compra quer ter a certeza de que a madeira é procedente de áreas de manejo sustentável.
Por causa dessa pressão do mercado é que foi desenvolvida a certificação brasileira, seguindo as normas do Sistema Brasileiro de Certificação". Ele explica que está em fase de elaboração o selo do Cerflor, que, afixado aos produtos, atestará a certificação. "Nossa meta, para um futuro próximo, é que 70% da madeira utilizada pelas indústrias seja proveniente de florestas corretamente manejadas", diz. O selo deve entrar em vigor ainda neste ano.
A Inpacel, localizada em Arapoti (PR), investiu R$ 250 mil para obter a certificação, e deve continuar investindo em torno de R$ 80 mil por ano para efeito de manutenção.
De acordo com Rodrigo Gabriel Silva, coordenador de planejamento florestal da empresa, ainda não é possível traçar uma estimativa numérica da influência que a certificação terá sobre as vendas e sobre as ações da empresa no mercado. A Inpacel mantém uma área total de florestas plantadas de aproximadamente 50 mil hectares, divididos em pinus (49%), reserva legal e preservação permanente (30%), eucalipto (10%), espécies diversas (9%) e araucária (2%). Segundo ele, as florestas produzem cerca de 1 milhão m3 de madeira por ano.
Investimento
De 1999 até hoje, a empresa já investiu US$1,2 milhão em tecnologia de plantio e colheita. Isso fez com que a produção anual de papel da Inpacel, que era de 160 mil toneladas/ano em 1998, aumentou para 190 mil ton/ano em 2001, sendo que 30% dessa produção foi destinada à exportação.
Além do papel, a Inpacel comercializa a madeira em pé para empresas da própria região, como serrarias, indústria moveleira e outras empresas de celulose e papel. São produzidos ainda 30 mil m3/ano de madeira serrada, que é vendida no interior do Paraná e exportada para os EUA e Ásia. "Com o Cerflor, poderemos oferecer nossa madeira e produtos por um preço diferenciado no mercado externo". Segundo ele, além do benefício econômico, a certificação traz vantagens sociais para a comunidade no entorno das florestas, como programas de saúde e educação ambiental. "Anualmente doamos 600 mil mudas de árvores a agricultores da região, e, com o Cerflor, devemos ampliar ainda mais esses programas".
Andrea Vialli
Fonte: Gazeta
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