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Notícias

22
nov
2005
(GERAL)
Genética alia-se ao manejo florestal
O sistema de manejo florestal a partir da exploração de impacto reduzido ganhou um valioso suporte com o projeto Dendrogene - Conservação Genética em Florestas na Amazônia, elaborado por pesquisadores da Embrapa Amazônia Oriental e detentor do prêmio Super Ecologia 2004, com resultado divulgado este mês pela revista Superinteressante.

O projeto Dendrogene tem à frente de uma equipe de pesquisadores o engenheiro florestal Milton Kanashiro, doutor em Genética e Melhoramento pela Universidade Estadual da Carolina do Norte (EUA). Ele explica que, mesmo com o manejo sendo feito dentro dos padrões hoje sugeridos pelos órgãos ambientais, muitas espécies vegetais podem desaparecer, isto porque a classificação ainda é generalizada. “O projeto Dendrogene prevê a elaboração de mapas computadorizados identificando cada espécie, para que o operador selecione e haja maior controle na exploração. É preciso que o inventário seja bem feito. Os planos de manejo podem e devem ter esse cuidado”, observa Milton.

Demanda

A procura por cursos sobre manejo florestal vem crescendo consideravelmente no Estado do Pará. Os dados são do Instituto Floresta Tropical, que mantém um centro de treinamento em manejo sustentável e exploração de impacto reduzido em Cauaxi, Ulianópolis, sudeste do Estado.

A equipe do IFT responsável pela atuação em campo destaca que tanto empresas como escolas técnicas têm se dirigido ao local à procura dos cursos. Para o engenheiro florestal Evaristo Terezo, consultor da Associação das Indústrias Madeireiras do Estado do Pará - Aimex, o projeto Dendrogene muito tem a acrescentar no caminho do manejo sustentável. Ele destaca que a preservação de espécies é de fundamental importância para a sustentabilidade da indústria madeireira.

Planejamento reduz impacto da extração de madeira

O tema manejo sustentável começou a ganhar espaço na Amazônia há sete anos, quando o Instituto Floresta Tropical instalou o primeiro centro específico para programa de treinamento em manejo florestal sustentável e exploração de impacto reduzido. No local, engenheiros, técnicos, operários florestais e os próprios madeireiros recebem orientações teóricas e práticas de como fazer o manejo.

O pesquisador da Embrapa Natalino Silva explica que o planejamento para um bom manejo inicia com a preparação da área de onde as árvores serão colhidas. Em seguida, faz-se um inventário 100%, onde todas as árvores são localizadas e medidas. Em um mapa, destaca-se as árvores que se quer extrair e determina-se por onde a máquina vai passar. Assim, conclui o pesquisador, diminui-se consideravelmente o impacto da extração da madeira.

Em uma operação não planejada, o impacto é duas vezes maior. Hoje, o grande problema, porém, como avalia a diretoria da Aimex, está centralizado na retenção dos planos de manejo pelo Ibama. Mais de 400 planos estão protocolados no órgão à espera de liberação, o que poderá prejudicar a cadeia produtiva da madeira.

Fonte: Amazônia.org.br – 20/07/2004

Fonte:

Jooble Neuvoo

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