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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Tecnologia pode reduzir desmatamento na Amazônia Legal
O Brasil está diante de um grande desafio: conciliar a expansão da agropecuária com a preservação da Amazônia Legal. De acordo com dados oficiais, 65 milhões de hectares de florestas já foram desmatados e, se mantidas as tendências dos últimos cinco anos, a área destrída da região pode passar dos quase 13% em 2003, para próximo de 22% em 2020.
Segundo a Embrapa, recuperar e reincorporar áreas degradas ao sistema produtivo é um excelente caminho para conciliar desenvolvimento com conservação dos recursos naturais. A disseminação de tecnologias já disponíveis pode contribuir para evitar o desmatamento de até 75 milhões de hectares de vegetação nativa nos próximos 15 anos. “O Brasil tem um eficiente sistema de monitoramento dos desmatamentos e queimadas na Amazônia Legal, mas falta criar um sistema de monitoramento do uso das áreas desmatadas”, alerta o engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Acre, Judson Valentim.
Ele foi o palestrante do Seminário Pecuária e Desmatamento na Amazônia Legal: tendências atuais e cenários alternativos, realizado hoje, na sede da Embrapa, em Brasília, para debater tendências emergentes e os cenários futuros da atividade pecuária na região. A Embrapa está elaborando uma proposta de pesquisa interinstitucional para auxiliar na busca de soluções capazes de conter o avanço da pecuária e o crescente desmatamento da Amazônia, mas reconhece que o desafio é muito maior que a empresa.
“A idéia é integrar todas as organizações envolvidas na questão para tentar oferecer alternativas e um cenário melhor para o desenvolvimento de uma pecuária sustentável na Amazônia”, explicou Judson Valentim, ressaltando que essa transversalidade de ações envolverá vários ministérios e 15 das 40 unidades da Embrapa espalhadas pelo país.
Segundo o pesquisador, o primeiro desafio é ampliar o conhecimento cientifico sobre o potencial e as restrições dos recursos naturais da Amazônia - que ainda é muito pequeno - e disponibilizar as tecnologias já geradas aos milhares de produtores da região: “Precisamos buscar estratégias inovadoras para disponibilizar as informações para que os produtores possam migrar gradualmente dos tradicionais sistemas de pecuária extensiva para sistemas mais intensivos e sustentáveis”.
Para ele, os fatos têm mostrado que medidas restritivas e o isolamento não são capazes de conter a devastação da floresta. “As tendências sinalizam claramente para um forte crescimento da agropecuária na Amazônia que implicaria em desmatamentos acentuados e na incorporação de quase 100 milhões de hectares nos próximos 20 anos”. De acordo com Valentim, conhecer melhor a situação das áreas de pastagens, recuperar áreas degradas com o plantio de frutas nativas e implantar zonas de produção pecuária são algumas das ações incluídas na atuação estratégica da Embrapa. O técnico acredita que com aplicação de alternativas tecnológicas, como o plantio direto, por exemplo, seria possível aumentar a produtividade em áreas já desflorestadas. Ele explica que com 20% da área desmatada da Amazônia é possível produzir 50 milhões de toneladas de grãos, 60% podem abrigar 100 milhões de cabeças de gado e os 20% restantes dariam para assentar cerca de 900 mil pequenos agricultores em lotes de 20 mil hectares para cultivos perenes. Isso tudo sem desmatar sequer um hectare de terra. “É possível fortalecer a agropecuária na Amazônia aproveitando melhor as áreas desmatadas e sem a necessidade de avançar de forma tão acelerada nas florestas”, garante o pesquisador.
Fonte: Amazonia.org.br – 08/06/2004
Segundo a Embrapa, recuperar e reincorporar áreas degradas ao sistema produtivo é um excelente caminho para conciliar desenvolvimento com conservação dos recursos naturais. A disseminação de tecnologias já disponíveis pode contribuir para evitar o desmatamento de até 75 milhões de hectares de vegetação nativa nos próximos 15 anos. “O Brasil tem um eficiente sistema de monitoramento dos desmatamentos e queimadas na Amazônia Legal, mas falta criar um sistema de monitoramento do uso das áreas desmatadas”, alerta o engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Acre, Judson Valentim.
Ele foi o palestrante do Seminário Pecuária e Desmatamento na Amazônia Legal: tendências atuais e cenários alternativos, realizado hoje, na sede da Embrapa, em Brasília, para debater tendências emergentes e os cenários futuros da atividade pecuária na região. A Embrapa está elaborando uma proposta de pesquisa interinstitucional para auxiliar na busca de soluções capazes de conter o avanço da pecuária e o crescente desmatamento da Amazônia, mas reconhece que o desafio é muito maior que a empresa.
“A idéia é integrar todas as organizações envolvidas na questão para tentar oferecer alternativas e um cenário melhor para o desenvolvimento de uma pecuária sustentável na Amazônia”, explicou Judson Valentim, ressaltando que essa transversalidade de ações envolverá vários ministérios e 15 das 40 unidades da Embrapa espalhadas pelo país.
Segundo o pesquisador, o primeiro desafio é ampliar o conhecimento cientifico sobre o potencial e as restrições dos recursos naturais da Amazônia - que ainda é muito pequeno - e disponibilizar as tecnologias já geradas aos milhares de produtores da região: “Precisamos buscar estratégias inovadoras para disponibilizar as informações para que os produtores possam migrar gradualmente dos tradicionais sistemas de pecuária extensiva para sistemas mais intensivos e sustentáveis”.
Para ele, os fatos têm mostrado que medidas restritivas e o isolamento não são capazes de conter a devastação da floresta. “As tendências sinalizam claramente para um forte crescimento da agropecuária na Amazônia que implicaria em desmatamentos acentuados e na incorporação de quase 100 milhões de hectares nos próximos 20 anos”. De acordo com Valentim, conhecer melhor a situação das áreas de pastagens, recuperar áreas degradas com o plantio de frutas nativas e implantar zonas de produção pecuária são algumas das ações incluídas na atuação estratégica da Embrapa. O técnico acredita que com aplicação de alternativas tecnológicas, como o plantio direto, por exemplo, seria possível aumentar a produtividade em áreas já desflorestadas. Ele explica que com 20% da área desmatada da Amazônia é possível produzir 50 milhões de toneladas de grãos, 60% podem abrigar 100 milhões de cabeças de gado e os 20% restantes dariam para assentar cerca de 900 mil pequenos agricultores em lotes de 20 mil hectares para cultivos perenes. Isso tudo sem desmatar sequer um hectare de terra. “É possível fortalecer a agropecuária na Amazônia aproveitando melhor as áreas desmatadas e sem a necessidade de avançar de forma tão acelerada nas florestas”, garante o pesquisador.
Fonte: Amazonia.org.br – 08/06/2004
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